Carro da semana, opinião de dono: Chevrolet Cruze LT 2012

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Meu nome é Guilherme, tenho 30 anos e moro em São Paulo. Acompanho o Notícias Automotivas há alguns anos e gosto bastante do trabalho de vocês.

Gostaria de passar aos demais, que também acompanham o NA, minha experiência com o Chevrolet Cruze.

Apenas para dar um certo contexto, sempre gostei de sedans. Meu carro anterior era um Civic LXS mecânico 2008.

No ano passado, decidi que estava na hora de trocar de carro, principalmente por dois motivos: (I) estava na hora de trocar pneus, pastilhas de freio e embreagem do Civic, que se aproximava dos 60 mil Km e (II) queria um carro automático, pois estava cansado do anda-e-para de SP.

Testei quase todos os sedans médios disponíveis no mercado. Apenas deixei de fora o Corolla por ser um projeto muito antigo e mais caro que os demais, mesmo que acabe entregando menos.

Após pesar os prós e contras de todos eles, concluí que o Cruze era a melhor compra.

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Isso por alguns motivos: (I) na versão básica, era o único a disponibilizar de série controles de tração e estabilidade, (II) o câmbio automático tinha seis marchas, (III) não era o mais caro, (IV) tinha 4 airbags… Enfim, o melhor custo-benefício.

Por falar em custo-benefício, creio que todas as versões de entrada ou intermediária de qualquer carro sempre são as melhores.

Bom, vamos ao Cruze. Logo no primeiro final de semana que peguei o carro viajei para Araçatuba, uns 1.100 Km entre ida e volta. Foi uma ótima oportunidade de avaliar vários aspectos. Nessa viagem notei que o carro era econômico.

Com gasolina, fiz uma média de 13 km/l (hoje em dia, com o motor amaciado, em situação semelhante ele faz 14 km/l).

No álcool (me recuso a chamar de etanol), faz 10 km/l. Notei também que o controle de cruzeiro, que mesmo não sendo adaptativo, é muito bom, mantendo a velocidade sem oscilações.

O Cruze se mostrou muito silencioso em velocidade de cruzeiro, o que mostra um bom isolamento acústico. Fiquei com uma boa primeira impressão.

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Essa boa impressão inicial se mantém até hoje, mas após ter rodado quase 30 mil km, aprendi muito mais sobre o carro. A começar pela “tocada” dele, que é mais voltada para o conforto do que para esportividade, principalmente se comparada com o Civic.

Muito disso está relacionado à suspensão traseira, que não é Multilink, mas sim semi-independente, por barra de torção. A carroceria rola um pouco nas curvas fechadas. Nada que assuste, mas um Civic ou um Focus são mais “na mão”.

O carro é pesado, mas o motor casa muito bem com o câmbio e o conjunto funciona bem.

Aliás, um dos pontos altos do Cruze, sem dúvida, é o câmbio automático de seis marchas. Pelo número de marchas, proporciona giros baixos em velocidade de cruzeiro (2.600 rpm a 120 km/h), ajudando no consumo e silêncio.

Além disso, sempre encontra a marcha certa para manter torque o suficiente e faz trocas muito suaves. Interessante é o recurso que usa um inclinômetro para segurar uma marcha mais baixa em descidas, que ajuda a economizar os freios.

Em relação ao interior, o carro tem um bom acabamento e vários itens de conforto. O espaço interno é apenas adequado (até 4 adultos vão bem). O porta-malas também é só adequado (450 l).

Apesar do carro ser confortável, os bancos poderiam ser um pouco mais macios. Não que sejam duros, mas em viagens muito longas cansam um pouco.

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E tem a questão inexplicável do ar-condicionado: ao ligar apenas a ventilação, sem a climatização, as vezes o sistema começa a gelar, de forma que se faz necessário ligar e desligar no botão para parar. Já reclamei na revisão dos 10 mil e 20 mil Km, mas ninguém faz ideia do que acontece.

Por sorte essa situação não acontece com o ar-condicionado ligado (ele não fica desligando com o sistema ligado) então, apesar de chato, não chega a ser um problema grave.

Outra coisa que não agrada é a rede de concessionárias, ainda mais se comparada com a rede da Honda (que é a melhor que já vi).

A não ser que se leve impresso do site da GM o que deve ser feito em cada revisão, as concessionárias tentam empurrar um monte de coisas desnecessárias. Atendo-se apenas ao que aos itens que a GM manda, os preços são razoáveis.

(Observação do NA: No relato do leitor, o comportamento das concessionárias usadas por ele é exatamente o mesmo das que usamos em nossa Avaliação 365 do Onix… não conseguem encontrar causas para problemas e sempre querem cobrar muito acima do preço de tabela das revisões.)

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Já que estou falando de aspectos negativos, cito também o consumo urbano. Se o Cruze é econômico na estrada, na cidade a situação é diferente. Tanto faz se no tanque tem álcool ou gasolina, ele faz de 4,5 a 6 km/l, dependendo do trânsito.

No mais, desde que peguei o carro até hoje, notei outros aspectos positivos e negativos. Para resumir, os principais aspectos do Cruze são:

Pontos positivos

– Câmbio automático,

– Consumo rodoviário,

– Equipamentos de segurança,

– Desempenho satisfatório,

– Seguro barato.

Pontos negativos

– Inconsistência do ar-condicionado,

– Suspensão traseira por barra de torção,

– Consumo urbano,

– Rede de concessionárias.

Por Guilherme Moreno

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.