Carro da semana, opinião de dono: Honda Civic LXL 2012

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Meu nome é Luciano, tenho 22 anos, sou leitor diário do site, sempre observo com carinho a matéria “Carro da semana, opinião do dono”, através do qual já me utilizei para tirar dúvidas referentes à alguns veículos.

Ffinalmente, resolvi escrever sobre o meu carro, no intento de passar mais algumas informações relativas ao Civic LXL 2012 MT, e meu corriqueiro convívio com o mesmo.

Gostaria de frisar que o carro pertence à minha mãe, mas que volta e meia acabo andando com o carro. Enviei, antes desse, um relato sobre o meu carro, um Focus Titanium MT, o qual o site achou melhor não publicar, pelo menos, por enquanto.

Antes de adquiri-lo tive, nesta ordem: Honda Fit LX 2004 (meu primeiro carro do qual também gostava muito), Renault Logan Expression 1.6 8v 2009, Chevrolet Vectra Elegance 2.0 8v 2007, e por último, Renault Megane Dynamique 1.6 16v 2008.

Já dirigi também uma infinidade de outros carros, como Audi A4 2004, Citroen C5 2012, Dodge Journey 2.7 V6, entre outros, que não me recordo.

Temos em casa, além do Civic da minha mãe e do meu Focus, e um Peugeot 307 Presence Pack 1.6 16v 2010, que pertence ao meu pai, que poderá ser objeto de futura análise.

Fiz questão de detalhar esse histórico, pois, sendo um apaixonado por carros, sempre que tenho oportunidade de dirigir qualquer um, procuro analisar cada ponto do carro, e vou me utilizar, neste momento de algumas comparações, para descrever o Civic, tirado da concessionária em julho de 2012 (praticamente há um ano atrás).

Inicialmente estávamos em busca de um carro pra mim, e não para a minha mãe, mas fiquei cismado que queria um Focus e como não encontrei no valor que tínhamos estipulado, um que me agradasse, dei preferência de escolhia para a minha mãe.

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Fui, então, juntamente com meu pai, a uma concessionária Honda aqui de Curitiba, pois pesquisamos e vimos que lá tinham dois New Civics, um 2009 AT e um 2010 MT, que era o que tínhamos intenção de comprar (respeitando o valor que tínhamos disponível.

Chegando lá, o vendedor nos mostrou os dois carros (já conhecíamos o New Civic, mas nunca andei em um) e por fim, perguntou: “Vocês não tem intenção de conhecer o modelo novo?”

Resolvemos ver o carro (que nos agradou ainda mais que os outros) e ouvir as propostas que o vendedor tinha para nos oferecer. Depois de diversos cálculos, ajusta aqui, ajusta ali, chegamos à melhor condição que tinham para nos oferecer.

Fomos embora almoçar, fizemos diversas contas, em casa, e à tarde, voltamos para fechar negócio. Compramos o carro sem fazer test-drive, nem nada, já tínhamos tido 2 Civics comprados 0 km (1999 e 2002), e sempre fomos fãs do carro, sabíamos que não tinha como errar.

Depois de uma semana, eu fui buscar o carro, pois meus pais estavam viajando se fiquei uma semana usando ele. No dia da entrega, passei pela entrega técnica, que foi muito eficiente, explicando todos os detalhes, de forma clara e sucinta.

Com relação aos equipamentos o carro não é lá tão equipado. Tem o trivial e mais alguns itens bacanas, como o i-MID, a câmera de ré, etc.

Uma coisa que decepcionou bastante foi a chave que não é tipo canivete, num carro desse preço é vergonhoso (solucionaram no 2014). Pelo menos, fora isso, tudo funciona de forma relativamente simples, e sem muita dificuldade, nem problemas.

A qualidade do som é boa, na época achei ótimo. Ele tem entradas auxiliar e USB, que ficam no console central, abaixo do excelente descansa-braço (corrediço, muito pratico).

Ele vem com alto-falantes nas 4 portas e são de boa qualidade. Não se comparam, no entanto, aos do Focus, em qualidade.

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Tem um porta-luvas razoavelmente espaçoso e iluminado. Um console central interessante, com um porta-trecos que se transforma em porta-copos, e um porta-trecos grande, abaixo do painel.

Além do grande espeço abaixo do descansa-braço. Nesse quesito ele supera o Focus, que como consolação tem porta-luvas refrigerado.

O que mais impressiona dentro dele, sem dúvida, é o painel, que cheio de luzes, deixa o carro parecendo uma espaçonave, principalmente à noite.

Dirigindo

Logo que sai da concessionária, notei que o carro era extremamente gostoso de guiar. Notei também que o motor do carro era excelente. Percebi também que o carro freava muito bem, apesar de soltar um pouquinho a traseira em frenagens muito fortes, à velocidades um pouco elevadas.

Já pude notar também, neste momento, sua tão elogiada estabilidade. Mas neste quesito ele perde para o Focus, que é mais estável, e mais macio, do que o Civic. Lembrando que ambos possuem as mesmas medidas de pneu (205/55R16).

O consumo é um ponto elogiável do carro, fazendo na casa de 9 à 9,5 km/l na cidade e entre 13 e 14 km/l, na estrada, sempre com gasolina. O motor é, sem dúvida o ponto alto do carro, pois além de ser tão econômico é muito potente e elástico, auxiliado pelo câmbio de curso curto e engates extremamente precisos, além de ser muito bem escalonado.

Uma coisa que gostei muito é que o corte de giros é somente em 6.750 rpm, ou seja dá pra fazer o carro “gritar”, mas mesmo assim, é preciso cuidado, pois devido à elasticidade do motor, o giro sobe muito rápido, e qualquer distração é motivo para “cruzar giro”.

Nesse ponto ele ganha do Focus, que anda quase junto, mas não é tão econômico. Vale ressaltar, que no quesito economia o Civic é ajudado pelo sistema ECON que “amansa” o motor, e mais alguns parâmetros do carro (a/c, por exemplo), para lhe conferir maior economia.

O isolamento acústico do carro é muito bom, não se ouve o barulho do motor, nem ruídos aerodinâmicos, em velocidades normais, e somado ao bom som, pode-se ficar isolado dentro do carro, se esta for a intenção.

Dirigi-lo na cidade é muito gostoso, não há a necessidade de trocar de marchas a todo o momento, o carro é macio, estável, e transmite muita segurança.

A sua posição de dirigir, para mim, é muito boa, o banco fica bem baixo, como eu gosto, e apoia muito bem o corpo. Mas é batido pelo Focus, quando se vai passar muito tempo dirigindo. Já viajamos algumas vezes com ele, o carro é bastante espaçoso, internamente, ninguém passa aperto, e tem também uma ótima ergonomia.

O porta-malas é apenas suficiente e é um pouco atrapalhado pelas alças da tampa do porta-malas, que tomam um pouco do espaço. O carro é ótimo na estrada, mesmo com muito peso não lhe falta potência, nem lhe prejudica a estabilidade, nem a frenagem.

Os faróis do carro iluminam muito bem (não há faróis, nem lanternas de neblina), mas o facho do farol é largo e de excelente alcance. Por dentro há duas luzes de leitura dianteiras, luzes no espelhos dos para-sóis, e uma luz de teto que fica bem no meio do carro e ilumina quase toda a cabine.

O i-MID deixa a cabine ainda mais futurista, centralizando a regulagem de várias funções do carro, além de hodômetro, computador de bordo, som, e por último, a câmera de ré. No inicio é difícil se acostumar com ela, mesmo tendo as indicações na tela, mas depois que se acostuma, ela ajuda muito.

Rede autorizada

A rede de concessionárias da Honda é sempre muito elogiado, e está entre os melhores pós-venda do Brasil. De fato, o trabalho é sempre muito elogiado.

O carro, até este momento, não teve qualquer problema que necessitasse atenção especial, portanto, dá pra falar apenas de revisões, foram feitas, até hoje a de 10.000 km e a de 20.000 km, nos dois casos o carro foi atendido em uma manhã de sábado, em curto tempo, tendo sido possível aguardar na própria loja, que tem um local de conforto, que, imagino eu, se presta exatamente pra isso.

O carro sofreu dois acidentes, e em ambas as vezes na parte traseira, e reparado na concessionária, foi apenas serviço de funilaria e pintura. Com relação à pintura não há qualquer problema à apontar.

Já com relação a funilaria, nas duas vezes o para-choque foi trocado, e nas duas vezes ele não ficou tão bem alinhado como deveria. Não ficou perfeito, mas próximo ao ideal. Com relação ao prazo, nas duas vezes o carro foi entregue dentro do prazo prometido, no entanto o prazo é sempre mais longo do que se espera.

Ponto a ponto

Desempenho/Consumo – O motor e o câmbio formam um conjunto esplendido. Com o ECON ligado às respostas são um pouco mais lentas, mas nada que prejudique. Já com ele desligado, o carro tem prontas respostas em qualquer situação, e mais, passando dos 4000 rpm, o carro é muito “nervoso”.

O carro parece ter mais de 140cv. Isso pode ser creditado tanto ao motor com seu comando variável de válvulas (i-VTEC), quanto ao câmbio muito bem escalonado. Com relação ao consumo, como já disse antes, é ótimo, mérito que se deve muito mais ao motor pois a relação de marchas do Focus, por exemplo, é um pouco mais longa e o consumo do Civic ainda é superior. Nota 9.

Estabilidade – O carro tem muita estabilidade, disso não se pode reclamar, mas ainda perde para o Focus, sua direção elétrica é bem direta, e leve em manobras, mas poderia ser um pouco mais pesada em velocidades elevadas.

Passando do limite, nas curvas o carro sai de frente, bastando diminuir a pressão no acelerador para que ele retorne à trajetória. O único senão vai para o freio que em velocidades mais altas, quando se freia mais forte, a traseira fica um pouco “leve”, acredito que ser o fato de, por ser sedã, ter um balanço traseiro maior, comparado ao Focus, por exemplo. Nota 8

Interatividade – Como já foi dito tudo no carro é bastante simples de usar, e com todos os demais sistemas do carro. Ainda assim, faltam alguns mimos, pelo valor do carro. Nota 8.

Conforto – O carro não é lá um primor em conforto, ele tem ótima estabilidade, mas fica claro que se paga por isso no conforto, pois o carro é um pouco mais duro do que o desejável. O banco é ótimo, grande, apoia bem o corpo e é bem baixo, como eu gosto.

No entanto, como eu já disse, em viagens mais longas, cansa mais do que o Focus, pela falta da regulagem lombar, o que faz o banco ter um “formato genérico” neste ponto. De qualquer forma, há regulagens para todos os gostos, sendo que ninguém passa desconforto, pois o carro, além de confortável, é muito espaçoso. Nota 8.

Tecnologia – É um carro moderno, com boa dose de tecnologia, e não fica devendo nada aos concorrentes. Fazem falta alguns mimos que agradam no dia-a-dia, mas o painel digital, cheio de luzes somado ao i-MID, faz boa figura, neste quesito. Nota 7.

Acabamento – O carro é bem acabado, como já foi dito, o painel impressiona muito, com relação aos materiais, ele não desagrada, mas poderia ter mais materiais emborrachados, de resto, os encaixes e arremates são muito bem feitos. As portas, assim como todo o interior do carro tem “desenhos” arredondados, ajudando na sensação de modernidade. Nota 7.

Segurança – Possui o trivial pelo valor que custa, ABS, duplo airbag, cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes. Tem também freios à disco nas quatro rodas. Frente aos concorrentes diretos, não fica devendo nada. Nota 7.

Design – O seu desenho exterior é belíssimo e transmite modernidade, muitos acham que o antigo era mais bonito, eu acho que o novo foi uma “atualização” muito bem sucedida. Gosto não se discute, mas dentre os sedãs médios disponíveis, é o mais bonito. Tem um desenho bastante agressivo, para um sedã, e isso é o que mais me agrada nele. Nota 9.

Considerações finais

Estamos muito satisfeitos com o carro, tem tudo o que se faz necessário em um carro da categoria.

O que mais nos agrada é a ausência de qualquer problema (coisa que não aconteceu, por exemplo, com meu Ford Focus).

O carro é muito espaçoso, econômico, potente e seguro. Sem contar que fizemos um ótimo negócio no carro.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.