Carro da semana, opinião de dono: Kia Picanto 2012

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Comprei meu Kia Picanto no meio de julho de 2012, na troca do meu Honda Fit 1.4 LXL 2007 (que foi meu terceiro carro, antes tive um C4 Hatch 1.6 16V GLX 2012 e um Renault Clio 1.0 16V 2011).

Escolhi o Picanto porque foi o carro que mais me agradou devido aos seus mimos e por ser o lugar que melhor avaliaram o Fit.

Os concorrentes dele na minha escolha eram o Fiat Uno Sporting 1.4 8V e o Chery S18 1.3 16V, todos de motorização superior e preço inferior, porém a diferença ficou bem menor com a boa avaliação que tive na Kia Desing (concessionária que adquiri o veículo).

A entrega foi super rápida, consegui o Picanto na cor que queria (branco), a vendedora foi atenciosa, fiz test drive no manual e no automático antes da compra e decidi pelo manual por medo do consumo do automático (já que tivemos um picanto do modelo anterior aqui em casa, automático e no nos últimos seis meses com ele o consumo foi horrível e a Kia não descobria o “problema”).

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Pontos Fortes

Design: Todos curtiram o Picanto, todos olham pra você na rua, o teto solar impressiona, o visual compacto e charmoso causa boa impressão, aqui no Brasil a Kia tem um posicionamento premium então as pessoas imaginam que o carro é até mais caro do que o absurdo que custa. E todos babam no espelho do motorista com seis luzes de LED. É um compacto que apesar de tudo te dá algum status.

Acabamento: Interessante acabamento, simpático por dentro, apesar de ser em plástico rígico, os apliques em prata fosco causam boa impressão.

Estabilidade: Ainda que a suspensão esteja menos dura que a versão anterior, o carro é muito estável, faz curvas muito bem e torna a direção super divertida.

Direção elétrica: Leve nas manobras, regular em alta velocidade, deixa o carro bem gostoso de dirigir.

Espaço interno: Por incrível que pareça, não é ruim, tudo bem que tenho 1,70 de altura, mas já viajei com 4 pessoas e bagagens e o carrinho aguentou bem, na frente o espaço é bem legal.

Equipamentos (na versão top): Seis airbags te dão segurança e o teto solar é divertido (tinha preconceito com esse item, mas depois de tê-lo sentirei falta se meu próximo carro não tiver). O farol de led e a lanterna de led são um charme a parte, as pessoas se impressionam.

Pontos Fracos

Consumo: Não gosto do consumo do Picanto, sendo um carro super leve como é e tendo o motor 1.0 mais moderno do mercado deveria apresentar um consumo espetacular, mas não é o que acontece. Consigo médias de 7,5 até 10,5 km/l com etanol na cidade, na maioria das vezes fica em 8,5/9,0.

Acho ruim demais, levando-se em conta o Clio que eu tinha, com um motor de concepção mais antiga, conseguia 10km/l sempre. Na estrada, o consumo agrada 11,5/12,0km/l com etanol, acho interessante, isso viajando na Dutra/AyrtonSenna sempre mantendo 110/120 km/h. Com gasolina, o motor responde mal e marca 10/12,5km/l na cidade, não utilizo esse combustível.

Durabilidade: Meu volante de couro começou a descascar nessa viagem que fiz agora no fim do ano pro litoral paulista, estou indignado, vou numa concessionária reclamar, é inadmissível num carro com menos de 1 ano e menos de 20.000km.

Os bancos ficaram com manchas horrorosas o que me obrigou a por bancos de couro em novembro para melhorar o aspecto, ao reclamar na Kia que fiz a revisão dos 10.000km o atendente disse que era item de desgaste e que a mancha podia ter sido ocasionada por mal uso, no que eu respondi grosseiramente “mal uso esse que o Clio que custava metade do preço aguentava”.

Revisões não tabeladas: As revisões na Kia não são tabeladas, paguei menos de 400 reais na de 10.000km, não achei muito caro, mas poderia ser mais barato, o valor entre as CSSs não varia muito.

Desempenho: Levando-se em conta a experiência com o Picanto (veja uma entrevista com dono de Kia Picanto), decidi que será meu ultimo carro 1.0, no Clio ainda valia a pena pelo consumo, mas no Picanto não. O carro as vezes é lento para responder, obrigando fazer reduções de marchas, sentia o Clio mais rápido mesmo tendo um motor com menos cavalos.

Detalhes que incomodam: Acho um absurdo num carro que custou 44.800 não tem um pedacinho de tecido nas portas para os apoios dos braços, não ter função bluetooth no rádio, função um toque só no motorista, e o mais chato: os vidros elétricos e o teto solar não fecham na chave.

Defeito apresentado: Bateria descarregou DO NADA (!), numa parada para encher pneu no posto de gasolina, voltei para casa de reboque, revoltado com a pane e no dia seguinte tive que chamar o seguro para dar uma carga rápida, ao levar na Kia disseram que tudo estava em perfeito estado e o problema nunca mais se repetiu.

Conclusão

É um carro pra quem não liga de gastar em combustível, pra quem quer ser diferente dos demais e ter um conforto um pouco acima da categoria.

É um bom carro, sem dúvidas, nunca me deixou na mão.

Mas os defeitinhos acima me incomodam bastante, já estou pensando em troca-lo por um automatizado/automático que seja um pouquinho mais potente, se eu conseguir uns 7/8km/l com etanol como conseguia facilmente no C4 hatch já me dou por satisfeito, ainda mais sem ter o trabalho de passar marchas.

Por Luccas Villela da Silveira

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.