Carro da semana, opinião de dono: Clio 1.0 16v 2010/2011

clio-2010-leitor-1

Olá pessoal,

Como entusiasta do meio automotivo e leitor do NA, pensei em passar um pouco da minha opinião e experiência sobre o carro que atualmente tenho dirigido: Renault Clio 1.0 16 válvulas ano 2010, modelo 2011.

Pois bem, inicialmente acho válido citar que da categoria, hatches populares, já passaram pela garagem de casa Fiat Palio Fire, Fiat Mille Fire e GM Celta VHC. Já dirigi um VW Gol G4 de seguradora e confesso que nunca dirigi um Chery QQ ou “novo” Ford Ka. Já experimentei só o “velho” Ford Ka de um grande amigo meu.

Não é a mais vasta experiência possível, mas com certeza tenho uma boa noção do que é oferecido nessa categoria.

De outras categorias, já dirigi Fiat Tempra 2.0 8V, Renault Symbol 1.6 16V, Peugeot 206 1.4, GM Cobalt 2.2, Volvo C30 2.0, Nissan X-terra V6, Ford Escape 2.5, Ford E-250 V6 e um Nissan 370Z. Talvez eu tenha esquecido algum, mas além do Clio, as vezes uso o Toyota Corolla 1.8 VVT-i do meu pai também.

Logo que peguei o carro na concessionária, dia 02 de setembro, uma surpresa negativa com o desleixo da entrega. Foi tudo muito bem explicado, funcionamento dos itens de série e opcionais, mas faltava o básico: apresentarem um carro 0km.

Explico: após tirar o carro e abastecer, notei que a despeito de trazer uma boa pintura “sem cascas de laranja”, ao contrário da maioria dos concorrentes, o carro trazia pequenos defeitos de fábrica no capô e porta do motorista.

Tratavam-se de pontos pretos que contrastavam com a pintura prata. Até aí “tudo bem”, problemas de fabricação de fácil constatação e solução, mas o sangue subiu mesmo quando vi um ralado na curva da porta, como de quem abre a porta no concreto e um minúsculo arranhado no para-choque traseiro.

clio-2010-leitor-2

Como era o modelo que eu queria, 2p, completo e ainda não tinha sido emplacado, resolvi não encarar uma longa espera por outro igual, mas exigi a substituição da porta e capô.

Resultado: depois de largar o carro na porta da concessionária e brigar um pouco, atenderam meu pedido recolheram o carro. Como extrapolaram o prazo, exigi também um carro pra rodar enquanto o meu ficava pronto. Cederam me então um Symbol Privilege 1.6 16V.

Após 03 dias, tudo trocado e meu carro estava pronto. Nunca mais voltei a essa concessionária.

Passado tal contratempo me permiti curtir o carro e comecei avaliar de forma crítica os pontos que mais chamaram atenção, positiva e negativamente. Sintam-se à vontade para discordar ou me corrigir se eu postar algo errado.

Farei algumas referências à concorrência para facilitar na ilustração do que é o Clio, mas o objetivo, obviamente, não é fazer um comparativo.

Embora sejam sempre bem-vindos, não vou colocar muitos números, porque eles estão disponíveis em qualquer busca no internet. O foco mesmo é passar minha experiência e impressão do carro.

Espaço:

Ao contrário do que sugere externamente numa olhada superficial, internamente o Clio é um dos mais espaçosos da categoria, principalmente na largura.

O carro tem até um porte avantajado em relação aos concorrentes tupiniquins, o que se deve à herança da concorrência no velho mundo, onde fez bastante sucesso (claro que bem mais recheado), sobretudo no Reino Unido, ao concorrer com carros “ligeiramente” modernos, tais como 206, Corsa Mk2 e finados Polo 6n e 9n.

O Clio, ao contrário destes, não se destaca no entre-eixos e altura o que, em contrapartida, favorece no comportamento do carro.

Consequentemente, quando o assunto é espaço no banco traseiro, para as pernas ele não é um exemplo, apesar de ganhar de todos seus concorrentes daqui.

O faz por muito pouco, é verdade, o Gol, vice nessa medida, é só 1 cm menor, por exemplo. O porta-malas é dos menores da categoria, mas tem tamanho razoável para a proposta de carro urbano, são 255 litros.

Já o porta-luvas é muito espaçoso, mas não tem luz, assim como todos da categoria.

clio-2010-leitor-3

Acabamento:

É notável a diferença de qualidade do acabamento do Clio em relação ao da concorrência.

Muito plástico duro como em todos populares, mas não arranham de forma alguma, tem bons arremates e diferentes padronagens, ao contrário de todos os outros populares que já tive oportunidade de ver/dirigir.

Quase não há parafusos aparentes e os botões são de leve acionamento e embora a porta de plástico não seja tão atraente como a do Palio, que é de tecido, é mais resistente e prática, pois não esgarça com o tempo e é de fácil limpeza.

Por falar em tecido, tanto a padronagem quanto a qualidade daquele que foi aplicado nos bancos pela Renault são surpreendentes para um popular.

Apesar do pouco tempo com carro, já dá pra notar uma diferença gritante em relação ao Celta que é o pior que já experimentei, exemplo de falta de gosto e resistência.

O modelo que tive, 07/08, tinha uma padronagem que lembrava aqueles antigos sofás das Casas Bahia, cheio de estampas coloridas, simplesmente abominável e o pior: com pouco mais de 2 anos de uso já estava esgarçando e desfiando.

O do Clio, conforme se observa nas fotos, é mais sóbrio e uniforme. Quase um xadrez em tons de cinza. Diante disso, tenho até protelado, a perder de vista, o couro.

A falta de tapeceiro que se disponha fazer algo “mais elaborado”, no padrão dos RS europeus também tem me impedido.

Aliás, com relação a cores do interior, acho que a Renault foi bem feliz nas escolhas, com exceção do assoalho do carro.

Em geral o carro é claro, o que ajuda na noção de espaço e o painel bicolor, com a parte inferior mais clara e superior mais escura, detalhe que também não se vê na categoria.

A mancada do assoalho é que ele é preto. Não chega destoar, mas qualquer cisco fica visível, acaba pedindo uma aspirada com mais frequência.

clio-2010-leitor-4

Todas as colunas tem revestimento honesto, quase não se vê lata dentro carro. Fica claro que o carro era de um segmento acima e, graças a má aceitação do Twingo por aqui, foi reposicionado.

Há alguns resquícios curiosos disso como pinça na caixa de fusíveis para a troca.

Único ponto que tem decepcionado é a chave: está com a parte metálica bem descascada e os botões do alarme original, estufados.

Já ouvi relatos de que se apertá-lo com a unha, com o passar dos anos, pode até rasgar, mas acredito que seja solucionável em garantia. Ideal seria que a Renault usasse material mais resistente.

Falta cobertura completa no porta-malas, já que só há carpete no assoalho e atrás dos bancos. Falta também aquela cobertura da torre da suspensão, mas pelo menos há uma luz para iluminar o compartimento na versão completa.

Com exceção da iluminação, que é muito funcional, são detalhes, a propósito, nivelados ao baixo nível da maior parte da concorrência. Há até mais carpete do que de “costume”.

Desempenho:

Confesso que no início, apesar de achar bem esperto, senti um pouco de falta de fôlego na cidade quando comparado ao Celta. Claro que “tal diferença” está intimamente ligada à curtíssima relação de marchas do carro da GM.

Todavia, no final das contas, o escalonamento delas no Clio me pareceu mais racional e versátil, privilegia economia na cidade e libera mais na estrada.

Consequentemente, o Renault trabalha em regime de rotação mais baixo na estrada, cerca de 800 rpm a menos e tem excelentes retomadas.

A propósito, parece que o maior torque da categoria faz uma diferença nas retomadas. Apesar de muitos poderem querer ridicularizar pelo fato de ser irrelevante numericamente, vale lembrar o carro pesa só 935kg, modelo completo e com tanque cheio.

clio-2010-leitor-5

A velocidade final é boa para um 1.0, 172km/h de painel com pneu 15’ 195/50 e como a estrutura do carro é muito boa e o motor não é áspero, a sensação de segurança e robustez em tal velocidade é surpreendente.

Parece que o baixo peso não influencia, e o carro se mantem bem firme em tais condições, mérito também da suspensão afinadíssima.

Enfim, dos carros da categoria que dirigi, tenho esse motor, aliado ao câmbio, como o melhor conjunto.

Apesar das 16 válvulas, é bastante elástico e responde bem mesmo em baixas rotações, não é áspero e desenvolve macio em altas rotações o que é agradável na estrada e também ajuda na economia de combustível.

Talvez não seja o melhor 0 a 100km/h da categoria, mas está muito longe de decepcionar, até porque desempenho abrange muito mais que isso. Em resumo, em condições reais de uso, cidade e estrada, principalmente, ele não decepciona.

Comportamento dinâmico:

Sem dúvida a maior virtude do carro na minha opinião. O carro comunica muito com o asfalto e transmite tudo pra quem o dirige.

O acerto de suspensão dos é melhores que já experimentei, muito confortável na cidade extremamente estável na estrada e não mergulha ou perde trajetória nas frenagens mais bruscas.

Absolutamente competente. Perdi a conta de quantas vezes já peguei estrada com ele. O que vou dizer pode parecer exagero ou simples “curujisse”, principalmente por se tratar de um 1.0, mas é bem divertido na estrada.

Um carro pra quem gosta de sentir prazer em dirigir e não é só eu quem falo. Veja o que fala Arnaldo Keller:

Nas curvas é show. Mergulha nelas com vontade e as faz com equilíbrio, bem apoiado, com pouca tendência de sair com a frente, muito pouca. Um carro realmente entusiasmante, o que prova que não é necessário assim tanto motor para que um carro dê prazer a quem sabe guiar.”

clio-2010-leitor-6

O câmbio não é dos mais leves, a manopla trepida e até tem anel de engate, mas não chega a incomodar. De todo modo, é muito preciso e tem bom escalonamento de marchas.

Confesso que me deu dó em alterar a suspensão do carro, recentemente coloquei molas esportivas e, claro: perdi conforto e ganhei pouco em segurança, porque já era bem seguro e pouco em desempenho, porque diminui sutilmente o arrasto aerodinâmico.

De qualquer forma, as originais estão à postos. E já adianto àqueles que gostam de falar que qualquer modificação é um crime à engenharia que cada caso é um caso.

Em geral perde-se de um lado e ganha-se de outros. Se eu tivesse que ter um Palio, a primeira modificação que faria seria na suspensão imoralmente gelatinosa sem nenhum remorso.

Até quem eu não imaginava que iria gostar da suspensão mais dura, aprovou: meu pai. Nas palavras dele: “Ficou bom…tá justinho”.

Acho até estranho não notar muitos comentários com relação ao comportamento do Clio em avaliações da imprensa. É tão perceptível que até um leigo sente a diferença.

Não sei se falta oportunidade de testá-lo em tais condições ou se sobram outras coisas. Só um popular supera o Clio nesse quesito: Ford Ka.

Acertos de Richard Parry-Jones são reconhecidos como os melhores do mundo. Quem já andou de Focus também tem uma ideia.

A pena é que ele se aposentou e o novo Ka fatalmente perdeu um pouco em questão de comportamento, já que traz acerto em mais privilégio ao conforto.

clio-2010-leitor-7

Segurança:

Nesse quesito, há uma péssima “surpresa” e algumas boas preocupações por parte da Renault.

A péssima notícia é que, ao contrário da época de lançamento em que a montadora oferecia de série airbag, hoje peca em sequer oferecer a opção de bolsas infláveis e ABS.

Com relação aos outros itens mais baratos, peca pela falta do cinto três pontos e apoio de cabeça para o terceiro ocupante do banco traseiro. Infelizmente esses dois itens estão indisponíveis para todos os outros populares das grandes.

O Clio não é um expoente no EuroNcap, mas consegue lá suas 3 estrelas com tranquilidade, no modelo COM airbag.

Sei que pelo fato de não ter os itens acima, talvez leve só uma estrela, mas sinto muito mais confiança Clio que é um projeto europeu, cuja exigência em segurança, sobretudo por se tratar de hatch compacto(mercado dos mais concorridos por lá), que em modelos projetados para países “emergentes” como o nosso.

Há boas notícias porém, ao contrário de muitas montadoras, a Renault não economizou naquilo que a maioria economiza e manteve o repetidor de seta do Clio, item simples, menosprezado pelo brasileiro médio, como qualquer outro de segurança, mas que é relevante, principalmente nos grandes centros pelo grande volume de motociclistas.

Outro ponto extremamente indispensável, mas é incerto por aqui é regulagem de altura de cinto de série, assim como o bom dimensionamento dos freios, com discos razoavelmente grandes na dianteira e barras de proteção lateral.

Tudo presente no Clio. Vale citar que todos os quatro apoios de cabeça possuem regulagem de altura, os faróis são de dupla parábola e funcionam bem na estrada à noite.

Ainda no mérito dos itens de série, é um dos poucos, senão o único, que traz rodas de ferro aro 14 e pneus 175, embora tenham sido trocados por aro 15, 195/50 no caso. Por fim, traz como opcional pra quem opta pelas travas elétricas o travamento automático das portas a 6km/h.

Conforto:

O carro tem uma suspensão fantástica que absorve bem os impactos e não inclina muito quando exigida, que transmite confiança.

Os bancos, não são dos mais macios, mas tem excelente apoio, seguram muito quando exigidos, bem diferente do banco de praça de algumas versões do Gol.

Além disso, não cansam em viagens longas. A posição de dirigir é excelente pra quem gosta de dirigir, bem baixa e, embora pareça óbvio, mas não seja no segmento, volante e pedais estão alinhados.

Não há necessidade de ficar encolhido como ocorre no Celta até para quem viaja nos bancos da frente.

clio-2010-leitor-8

O carro é muito bem vedado acusticamente. Não dá nem para comparar com os outros populares nesse aspecto. O fato de o motor não ser áspero também ajuda um pouco.

O que realmente deixa muito a desejar é a posição dos comandos de acionamento dos vidros elétricos e do travamento central de portas e porta-malas.

Eles estão no console, próximo a coifa do câmbio. Economia porca de Renault, já que na Europa isso já foi solucionado há tempos. Na versão 04 portas já foi resolvido.

Consumo:

Avalio como bom o consumo do carro. Enfrento muito morro por aqui e pego trânsito relativamente pesado. Também ando por períodos curtos de tempo entre 12 e 15 minutos até o trabalho, o que prejudica um pouco a média.

Tento gastar pelo menos uns 15 minutos com o motor funcionado pra não caracterizar uso severo, mas as vezes, pela pressa e comodidade acabo rodando por menos tempo.

Nessas condições, com pneus sempre calibrados, o carro tem feito 11,5km/l na gasolina com 40% do tempo com ar ligado e raramente alcançando 4.000rpm, em geral troco marchas entre 2.200 e 3.500rpm.

Esse é consumo do na cidade e, no meu caso, na estrada também. Não tem jeito, sempre me empolgo nas rodovias com esse carro.

Pós-venda:

Tem se mostrado de razoável para bom. As revisões tem preço condizente com a categoria, R$ 130,00 a de 10.000km, por exemplo e, claro, sem obrigação de trocar um parafuso além do básico para manter a garantia de 3 anos, mas não há “empurroterapia”.

A tabela de preços está aqui: As vezes leva muito tempo, mas tudo que apresentou defeito foi trocado sem ônus e, em geral, os consultores são prestativos.

Parece, no entanto, que a contratação de funcionários não tem acompanhado de forma sustentável o crescimento do volume de vendas da montadora, o que as vezes causa transtorno com relação a atrasos na liberação de veículos ou peças muito requisitadas.

Noto também que o setor de peças é meio burocrático e lento para descobrir o código peças mais incomuns. Digo porque cogitei colocar alguns itens do Symbol que seriam plug and play no Clio e já percebi que demanda um pouco de sorte e paciência.

Quem for comprar 0km e não tiver a intenção de incrementar ou quiser peças simples, definitivamente, não terá esse problema.

Aqui em Belo Horizonte são 03 concessionárias, fora as da região metropolitana, mas acredito que seja assim só nas capitais o que prejudica um pouco a inserção da marca no mercado e a vida de quem não mora nos grandes centros.

clio-2010-leitor-9

Defeitos apresentados:

Vazamento superficial no câmbio aos 10.000km. Nem cheguei a notar, a própria concessionária me avisou e trocou todo o câmbio “prontamente”.

Aspas porque foi tudo desmontado e trocado, quase uma semana na concessionária, o que é totalmente aceitável para esse tipo de serviço.

Notava um ruído mais agudo do carro quando eu usava o ar-condicionado. Após longa espera, mais de 2 meses, chegou compressor e correia os quais já foram substituídos.

De resto um ruído aqui, outro ali, mas prontamente solucionados.

Em resumo: achei um pouco demais, mas como não perdi em nenhum momento qualquer funcionalidade do carro, bem com de seus equipamentos. Foi tudo solucionado, estou satisfeito.

Não lembro de valores exatos da cestas de peças de desgaste, mas pelo que recordo de ver nos murais das concessionarias, está bem na média do mercado. Nada de assustador, como muitos insistem em falar, muito pelo contrário.

Seguro:

É o mais barato da categoria. Em torno de R$ 1.200,00 no meu perfil que é dos piores: garagem só em casa, 23 anos de idade, menos de 5 anos completos de carteira em Belo Horizonte, ou seja, sem qualquer bônus, mas é um carro pouquíssimo visado para roubos. Acho que só o seguro do Ka fica próximo dessa faixa.

Design:

Atributo bem pessoal. Eu gosto bastante e, apesar de ter alguns traços antigos, o que não vejo como um problema, propriamente, até porque tem muita originalidade e personalidade.

Arrisco dizer que é dos mais bem resolvidos da categoria junto com o Pálio. No interior, uma rejuvenescida tomando-se por base o Mk2 Campus europeu seria mais que suficiente.

Mercado:

Ainda é um ponto fraco do carro, se é que dá para avaliar como defeito do modelo. Na realidade é um reflexo da falta de conhecimento por parte do consumidor médio.

As vezes, sobra preconceito por ser Renault e ilusão de que carro é investimento. Digo porque quando mais vende, menos desvaloriza, é um ponto dinâmico, mas atualmente a diferença já é discreta.

Após a campanha “você nunca pensou em ter um Clio, com 3 anos de garantia” as vendas quase triplicaram. Parece que tem bastante gente acordando.

Noto que o modelo vende mais no Sul do país, proporcionalmente falando, é claro. Com relação ao que o carro oferece em comparação ao que é oferecido pelos concorrentes, Clio se sobressai muito na minha opinião.

clio-2010-leitor-10

Resumo:

Não digo que é perfeito até porque nenhum carro é, sobretudo popular, mas sem dúvida é um carro que surpreende e muito, principalmente àqueles quem realmente gostam de dirigir e dão valor ao dinheiro.

A escolha sempre será questão de traçar as prioridades e necessidades. É um projeto antigo? Com toda certeza, mas qual de seus concorrentes é mais
moderno?

Sem dúvida alguma, se eu tiver que comprar outro carro 1.0 de entrada, entre as opções disponíveis hoje, com absoluta certeza será outro Clio. O modelo oferece uma construção acima da média da categoria, assim como acabamento, segurança e garantia (03 anos). Além disso, possui um excelente motor, bom pós-venda e seguro barato.

Na época da compra, cogitei um Corsa 1.4 0km também completo, mas apesar do motor mais forte e mais espaço, queria um carro mais prazeroso de guiar com o menor investimento possível.

Corsa não deixa de ser uma boa escolha em termos de Brasil, carro robusto e de projeto relativamente atual da Opel na Alemanha. Motor é áspero, mas responde bem.

Não cheguei a testar o novo Ka porque ví que acerto de suspensão mudou para privilegiar o conforto, ou seja, amoleceu, tem motor mais fraco e menos itens de segurança e o design do “novo” não desce.

Se a Ford mantivesse o antigo a preço mais acessível, seria minha escolha, mas o “novo”: remendo, mais mole, mais depenado, concorrente de Twingo a preço de Clio eu agradeço.

Tenho certeza que em matéria de diversão ao volante ele, o Ka, ainda deva ser referência, mas é muito caro pelo que oferece.

O Clio já me traz satisfação mais que suficiente nesse aspecto que, aliás, é de longe o mais tenho priorizado. Aproveitar essa qualidade dele é é sempre um prazer.

Feliz ou Infelizmente só tenho fotos mais atuais e não mais da época em que ele era original.

Abraço, Pedro.

google news2Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!

O que você achou disso?

Toque nas estrelas!

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.


Últimas Notícias



unnamed
Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X