Carro da semana, opinião de dono: Suzuki Jimny

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Um carro que é fabricado há 40 anos merece minha atenção. Foi assim que já de olho no modelo desde que a Suzuki voltou ao Brasil, decidi que compraria o Suzuki Jimny. Escolhi o modelo HR e pimba. Paguei a vista. Cor branca me pareceu perfeito.

Sabia que pagaria um preço pela escolha. Afinal já no teste drive percebi que espaço interno não é o forte da pequena carroçaria, mas me agradou a tocada. O motor é ágil e a direção leve. Também não pude deixar de notar o acabamento espartano. Plásticos duros por todos os lados. Não importa, o Jimny estava acima disto tudo, pensei.

Bom, pra fazer uma historia longa ficar menor, 8 mil quilômetros depois aqui vai o que penso sobre minha decisão:

Tocada

O Jimny surpreende. Na cidade tem uma dirigibilidade incrível. Seu motor 1.3 é bravo.

Sobe de giro rápido. A direção ajuda e fica fácil por o carro em qualquer espaço. Feeling de elétrica ate.

Pula um pouco no asfalto irregular da cidade, mas isso não incomoda. O consumo aqui esta por volta de 11 por litro de gasolina (ele não é flex) com ar sempre ligado.

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Na estrada

Na estrada o pequeno modelo é mais surpreendente ainda. Pode se manter 120 por hora sem dificuldade. Motor girando por volta de 4 mil giros. Ponto de torque máximo. A estabilidade é melhor do que se pode imaginar de um off road. Os bons pneus mantem o carro na trajetória, mesmo em curvas.

Não balança embora seja meio mole de suspensão quando parado. Os freios com BAS são eficientes, mas não tão seguros quanto aqui um ABS com EBD poderia ser. A falta de um airbag constrange. O consumo na estrada, se mantidos os 120 por hora, ficam por volta de 13,5. Menos velocidade e espere por volta de 15 por litro.

Posição de dirigir

A posição de dirigir é um pouco reta demais. Não tem ajuste milimétrico de banco e altura.

Falta também ajuste de direção. Mas não é grave. Peso quase noventa e tenho 1,75 m e consigo me sentir bem dentro dele. Triste mesmo é o acabamento interno.

Como disse antes, os plásticos vão começando a ranger ate virarem som dentro do habitáculo.

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Painel e laterais são os mais ruidosos. O som também é desapontador.

Um Clarion que nem mesmo disco gravado toca. Entrada pra auxiliar esqueça. MP3 nem pensar. Só mesmo e com imprecisão, CDs originais. As pequenas caixas, duas apenas, vibram com o excesso de graves. Enfim.

O pior som que jamais tinha visto instalado em um veículo. Melhor a Suzuki não oferecer este pesadelo sonoro. Como em carro offroad não se pode pedir muito, mas pelo preço, cerca de 55 mil reais, poderia oferecer um pouco mais de conforto. Os bancos não são bons/macios demais.

O som é uma vergonha. Os plásticos lisos mostram material barato. Ponto para o atendimento da revenda, que apesar de ter uma revisão um tanto salgada, quase 600 reais na primeira, faz muito bem seu serviço.

O Jimny é um bom carro, mas tem lá seus pecados. O mais grave é a batedeira interna. Machuca.

Por Flávio Ciro

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.