Carro (moto) da semana, opinião de dono: Yamaha MT-09 2015

yamaha mt 09 2015

Olá pessoal do NA, sou Bruno Fabrício, e venho aqui para dar uma opinião e dizer como é a Yamaha MT-09 modelo 2015 para o dia a dia e viagens depois de nove meses de uso.

A MT-09 é minha primeira moto, a MT foi a que mais me chamou atenção, quando comprei a mesma foi a primeira moto, até então meu costume era com as 150 da auto escola.

Posso dizer que como primeira moto é muito boa, apesar da cultura em nosso país dizer que temos que começar pelas pequenas e depois ir subindo e isso para mim não foi aplicado, já parti logo para uma 850 pelo dinheiro que dei de entrada.

Financiamento foi relativamente fácil, dei R$ 15.000 de entrada e financiei R$ 20.900 em 48 parcelas de R$ 698,54 pelo banco Pan, para alguns é relativamente alta a parcela porém ao comparar a mesma entrada em uma XJ6 na mesma concessionária o valor da parcela cairia apenas R$ 100.

Seguro, esse realmente no Brasil é impraticável, e devido a crise atual do Brasil ficaram ainda mais caro, no mês de janeiro quando peguei a moto fiz a cotação, o valor mínimo era de R$ 4.600, com franquia de mais de 50% desse valor.

Achei caro e continuei cotando porem os valor sempre são altos chegando a absurdos R$ 14.000 pela Porto Seguro, ou seja, moto x pessoa assalariada x financiamento x gasto mensal da moto = impraticável, decidi por colocar o rastreador da Positron e até o momento me satisfez e não tive nenhum problema.

Manutenção é periódica, você só paga o óleo e o filtro, já fiz três trocas, uma aos 1.000 km, outra em 2.000 km porque não gostei do óleo mineral que vem original e mandei colocar o semi sintético.

Agora troquei nos 3.600 km, na moto vai 2,7 litros que ficam em um valor de R$ 92 na concessionária da minha cidade, além do filtro que custa em média R$ 70, atualmente a moto está com 4.200 km rodados e não tive nenhum problema.

A Yamaha MT-09 no dia a dia é muito boa porém muito brava, é preciso ter a mão leve e paciência pois a moto levanta fácil e também pode sair de lado em uma arrancada muito fácil também.

No dia a dia e até em viagens uso a moto no modo B, ainda ficam disponíveis o STD e o modo A, depois de acostumar com o modo B você parte para o outro nível, que é o modo STD onde a moto vira outra, respostas mais rápidas e também o consumo aumenta um pouco.

O modo A é para poucos e para quem quer voar na estrada, as retomadas são muito ágeis e tem que acostumar com os trancos da aceleração. Os freios ABS são outra maravilha na moto, muito bom, freia rápido e eficiente, não trava a roda e ainda você sente a ação do mesmo quando precisa.

Dentro da cidade você precisa domar ela e ter cautela as vezes é bom evitar alguns corredores pelo tamanho do guidão, outro ponto forte de se usar ela no dia a dia é o peso da moto, muito leve em movimento ela é muito ágil nas curvas e manobras.

Para viagens, fiz poucas viagens porém já dá para ter uma noção, na rodovia não é necessário voltar marcha para fazer uma ultrapassagem se você está de 6° é só puxar o cabo e ser feliz.

O modo de pilotagem é confortável mas para o garupa nem tanto, é necessário fazer pelo menos uma parada no percurso para que o garupa estique as pernas e não sofra tanto, devido a suspensão esportiva ser mais dura e o motor ser 3 cilindros as vezes dá um formigamento na mão porem é costume após algumas viagens você já não sofre mais com isso.

Existe uma certa vibração após os 6.000 giros, depois que acostuma você não liga mais, o barulho do escape original você não escuta muito na rodovia e se torna uma viagem agradável sem ruído e apenas o barulho do vento abafando ao fundo o som dos 3 cilindros trabalhando.

Por se tratar de uma moto naked é sofrível viajar muito tempo com velocidades acima dos 150 km/h manter uma velocidade média de 120 – 140 km/h é confortável e dá para suportar o vento no peito.

A velocidade máxima a que consegui suportar no peito foi de 215 km/h sem bolha e só de jaqueta mas não é possível ficar mais do que 1 a 2 minutos nessa velocidade pois além de cansar muito se torna perigoso perder o controle da direção devido ao atrito do vento com os braços, a moto te leva onde quiser e você vai se sentir feliz em viajar para onde der na cabeça com agilidade.

O consumo é relativo de pessoa para pessoa, na cidade minha média é de no máximo 13 km/l mas as vezes não passa de 11,7 km/l já na estrada o consumo é de 16 km/l usando gasolina aditivada Shell V-Power.

A cidade onde moro é pequena e percorro cerca de 11 km por dia, que é do trabalho para casa e casa trabalho, algumas saídas para passear dentro da cidade, o tanque de 14 litros sempre abastecido aos domingos consome cerca de 10 litros por semana apenas andando na cidade na rodovia já fiz uma média de 300 km com um tanque.

Tudo isso usando o modo de potência B, o consumo aumenta um pouco nos outros modos cerca de 10% a 15%, o modo ECO funciona nos três modos mas se desliga após os 129 km/h e ai o consumo mais alto começa independente do modo.

Pontos positivos: Ágil na cidade e na estrada, dá para usar no dia a dia para ir e voltar do trabalho, três modos de potência que ajudam na economia, peso muito bom para manobrar e pilotar, painel minimalista mas completo com trip 1 e 2 ale de consumo por litro, ou a cada 100 km, pilotagem fácil e confortável, por onde passa chama a atenção muito difícil de enjoar.

Contras: Carter muito baixo e bujão do escape também, nem todo corredor é acessível para ela, tanque só de 14 litros, vibra um pouco após os 6.000 giros, viagens longas o garupa vai sofrer um pouco devido a posição, toda embreagem de Yamaha tem um ruído chato, após os 140km/h se torna desconfortável sem bolha.

Preços:
Relação: em média R$ 1.100 sem mão de obra.
Óleo: R$ 22 o litro
Pastilhas frontais: R$ 150 cada
Pneus: Kit Michelin 180/55 traseiro e 120 frontal média de R$ 1.200 os dois
Até 10.000 km não paga mão de obra nas revisões obrigatórias.

Recomendada trocar o óleo a cada 1.500 km a moto esquenta bastante sendo usada na cidade na média de 40 – 60km/h.

Acessórios: Protetor de moto Yamaha R$ 1.500, protetores laterais radiador original Yamaha R$ 500 o par, protetor de corrente original Yamaha R$ 500, suporte + bolsas originais Yamaha R$ 2.900, escape Akrapovic Titanium importado R$ 4.500, na concessionária o valor é de R$ 8.999.

Por Bruno Fabricio

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.