Effa M100 – Defeitos e Problemas

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A Effa é uma representante de marcas chinesas pouco conhecida, mais ou menos como o grupo Caoa, porém com muito menos prestígio.

No portfólio da montadora já esteve o M100, um dos primeiros veículos importados para o Brasil pela marca.

Se você está, por qualquer motivo que seja, pensando em comprar um M100, recomendo fortemente que leia nosso texto de hoje, elencamos os maiores problemas do modelo.

O Effa M100 chegou ao Brasil em 2007, um dos primeiros carros chineses vendidos no Brasil (há quem diga que foi de fato o primeiro) e foi um verdadeiro desastre.

A começar pela ficha técnica, um motor 1.0 de 47 cv e 6,8 kgfm de torque, o motor é da Suzuki e é até que robusto, mas seus números são medonhos para um carro de 900 kg.

A aceleração de 0 a 100 km/h (se você tiver coragem de atingir essa velocidade) é feita em 24s e a velocidade máxima é de 140 km/h.

Incrivelmente tinha versões com ar-condicionado e direção elétrica, mas nem isso salvou o modelo do seu destino certo: o fracasso.

Veja abaixo os motivos que levam o M100 a ser um dos piores carros vendidos no Brasil nos últimos anos:

Desempenho muito ruim

Um carro relativamente moderno demorar mais de 24s para atingir os 100 km/h não é algo aceitável.

É impossível realizar uma ultrapassagem ou até utilizar algumas rodovias, além de atrapalhar o trânsito caso o proprietário seja teimoso e resolva andar numa via de única faixa.

Estabilidade péssima

Se você for corajoso o suficiente de encarar a estrada com o M100, vai perceber logo de cara que ele não foi feito para andar rápido.

O carro não passa segurança alguma em “alta velocidade”, sendo extremamente instável, repare que “alta velocidade” está entre aspas, pois o problema é sentido a meros 60 km/h.

Consumo não é baixo

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Com um desempenho pífio desses, o mínimo que se espera é que o consumo seja baixo, não é bem por aí.

As médias ficam na casa dos 10 km/l na cidade e 14 km/l na estrada, e detalhe, sempre na gasolina.

Péssima estrutura de concessionárias na época do lançamento

Quando chegou ao Brasil, praticamente não existiam concessionárias para atender os veículos vendidos, e as poucas que tinham eram destreinadas.

Atualmente pode ser que tenha melhorado, mas à época do lançamento isso colocou mais um prego no caixão do modelo.

Câmbio barulhento

O câmbio costuma raspar ao trocar as marchas e isso não parece relacionado a nenhum defeito, ele é assim mesmo.

Defeitos diversos

Relatos de peças se quebrando já nos primeiros anos (ou meses) de uso não faltam, dentre elas estão componentes da suspensão, trambulador, rolamento da roda, cabo de acionamento do câmbio, caixa de direção e por aí vai…

Boa sorte pra vender

Se mesmo depois de ver os defeitos acima ainda resolver comprar um, fique sabendo que vai ser um casamento longo, queira você ou não.

O carro não é bem visto no mercado e o valor de venda é irrisório, provavelmente nenhum estabelecimento vai aceitar ele na troca.

Conclusão

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Recentemente fizemos um texto sobre o Lifan 530, nele dissemos que era um dos piores carros avaliados dos últimos tempos, ledo engano da minha parte.

O Effa M100 consegue ser pior em praticamente tudo, e não encontrei um argumento favorável à compra do carro (nem o baixíssimo preço, na casa dos R$ 10.000,00).

Um carro fraco, que bebe relativamente bem, de uma montadora sem força no Brasil, que teve péssima assistência técnica na época da estreia e com diversos relatos de problemas.

A estabilidade e o baixo desempenho são quase proibitivos ao uso rodoviário e são pouquíssimos condutores que nunca utilizam a rodovia.

Digamos ainda que você seja um condutor que nunca utiliza uma rodovia, existem opções mais confiáveis e com mais desempenho na mesma faixa, como um Ford Ka de primeira geração, ou um Celta, por exemplo.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.