Hyundai Veloster – Defeitos e Problemas

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A Hyundai trouxe para o Brasil o Veloster, um carro com design arrojado e inovador, que tinha cara de esportivo e logo agradou aos entusiastas.

Ele, já no seu lançamento, se envolveu em polêmicas devido ao seu fraco desempenho, mas de qualquer forma é um carro que agrada visualmente e tem diversos opcionais, fazendo com que tenha alguma procura no mercado de usados. Nosso texto de hoje vai listar os principais problemas no modelo, bem como as principais reclamações.

O Veloster estreou no Brasil em 2011 e já de cara impressionou com seu design agressivo e agradável ao mesmo tempo, não demorou para ser sucesso de vendas e conquistar uma fatia do mercado, mas assim como foi rápida a sua ascensão, foi igualmente rápido seu declínio por um motivo específico: seu (baixo) desempenho.

O carro vinha recheado de itens como teclas no volante, faróis de neblina, direção elétrica, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, 6 airbags, freios ABS, rodas de liga 17″ e faróis em xenônio.

É possível encontrar unidades com chave presencial, ar-condicionado digital, controle de estabilidade, central multimídia de 7”, bancos em couro, teto-solar elétrico panorâmico e rodas 18”.

Abaixo estão os principais problemas e reclamações do modelo:

Desempenho fraco para a proposta

Infelizmente o Veloster foi vendido como um carro esportivo e para essa proposta o conjunto era muito fraco, talvez se o carro tivesse uma proposta mais conservadora isso não seria um problema.

Fato é que o motor era o 1.6 com 140cv anunciado e 17 kgfm de torque, que deveria entregar aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 10s e ter velocidade máxima na faixa dos 200 km/h, números que seriam aceitáveis para o carro, porém o que foi encontrado na prática foram números bem inferiores, aceleração de 0 a 100 km/h em 12s e velocidade máxima de pouco mais de 190 km/h.

O tema rendeu inclusive processos para a Hyundai, pois diversos compradores alegaram que o motor não tinha a potência declarada no momento da compra, independente disso ser verdade ou não, a realidade é que o carro deixa a desejar no quesito desempenho.

Volante descascando

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Alguns proprietários relatam que o acabamento do aro do volante estraga com facilidade, mesmo tomando os devidos cuidados, talvez isso já não seja um problema hoje, pois boa parte dos volantes já podem ter sido reformados, então verifique se a reforma apresenta um bom acabamento e uma qualidade satisfatória.

Bucha da coluna de direção tem vida curta

A bucha da coluna de direção perde sua função, trazendo folga na coluna que pode incomodar e até ser relativamente perigoso pois numa condução mais forte pode se movimentar e fazer o motorista perder o controle do veículo. Existem relatos de troca por uma mais reforçada que inibe o problema. Tente puxar o volante em todas as direções e verifique se apresenta alguma folga.

Não tem câmbio manual

Nem preciso detalhar muito essa né? Um carro com proposta esportiva sem a opção de câmbio manual é frustrante.

Câmbio automático com problemas

Os principais problemas encontrados nesse câmbio, apesar de não serem muito frequentes, são trancos nas arrancadas e trocas de marcha e marchas sendo retidas, necessitando em alguns casos de reparo mecânico ou reset eletrônico do módulo. Verifique atentamente, as trocas de marcha devem ser suaves.

Peças de acabamento e lataria difíceis de achar

O Veloster teve vida muito curta no mercado brasileiro, e conforme o tempo vai passando, as peças vão ficando mais escassas, como a motorização é compartilhada não sofre esse problema, porém o mesmo não vale para lataria e acabamento, que vem ficando cada vez mais caras e raras de achar.

Um farol por exemplo já está custando mais de R$ 2.000,00.

Custo x benefício duvidoso

Atualmente um Veloster dificilmente é achado por menos de R$ 60.000,00 em boas condições, para um carro 2013 o preço é bem salgado.

Com esse valor é possível comprar seu irmão i30, por exemplo, ou um Citroen DS3, e por um pouquinho mais é possível comprar o Golf TSI, que tem proposta similar e desempenho bem melhor, se você busca exclusividade e não tem medo de arriscar, é possível até comprar uma Audi A3 2010, por exemplo, enfim, opções não faltam.

Seguro pode ser salgado

A média do seguro do Veloster é na faixa dos R$ 3.500,00, mas pode ser mais dependendo do seu perfil, na dúvida cote antes de fechar o negócio.

Cuidado com rodas e pneus

Seja com aro 17” ou 18”, os pneus e rodas sofrem com os buracos das ruas, em casos mais graves pode haver empenamento das rodas e rasgos no pneu.

Alguns donos fazem o reparo desses itens, porém o serviço só pode ser executado em determinadas condições, se realizados em rasgos muito grandes ou trincas na roda podem colocar em risco a vida dos ocupantes.

Dê uma boa olhada nas rodas e pneus em busca de remendos e soldas.

Conclusão

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O Veloster é um carro para um público seleto, pois seu grande trunfo é a estética, não aliando nenhuma outra grande característica que justifique seu preço elevado.

O carro não tem grandes problemas crônicos mecânicos ou elétricos, porém o seu valor torna uma escolha pouco racional.

Para aqueles que buscam desempenho, existem diversas opções melhores no mercado, por preço similar ou inferior, se você busca conforto também há, de fato a única justificativa para compra é seu design único, mas mesmo assim existem carros tão bonitos quanto ele custando igual ou menos, inclusive mais novos e eventualmente conservados.

De qualquer forma ele é um carro robusto e confiável, o grande problema é a revenda e o preconceito com o modelo que só tem cara de esportivo.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.