Omega Fittipaldi volta ao Brasil com motor V6 potente

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A General Motors quer tirar a fama de veículo de “bonachão” do Omega, seu sedã mais requintado. E, depois de ausente do mercado nacional por um semestre, o três volumes australiano volta à cena com uma estratégia de marketing mais bem urdida. Só que de dentro para fora.

O Omega passa agora a ser chamado de Omega Fittipaldi e tem a assinatura do piloto bicampeão da Fórmula 1, que completa 40 anos de carreira. E o modelo agora ressurge com motor recalibrado V6 3.6 , capaz de alcançar os 292 cv de potência – lá fora fica nos 280 cv – e 36,7 kgfm aos 2.900 giros.

A unidade de força, com 40 cv a mais, trabalha em conjunto com uma transmissão automática de seis velocidades.

Como o Omega não se vale de um visual esportivo, a saída encontrada pela marca norte-americana, que oferece o sedã por R$ 128.600, foi trabalhar o modelo mais no que mais toca o consumidor: a parte interna. O habitáculo passou por algumas modificações. Entre elas, revestimento de couro bege e painel bicolor, que tentam conferir ainda mais luxo ao topo de linha da Chevrolet.

Do lado de fora, os incrementos foram bastante simples. E quase imperceptíveis. A grade frontal ganhou uma nova entrada de ar e os faróis agora contam com máscara negra. Na lateral, as rodas de 17 polegadas chegam com novo design e a inscrição “Fittipaldi” da versão aparece junto à porta. Na traseira, a tampa do porta-malas recebeu um discreto spoiler.

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Apesar de ser um sedã grande e imponente– com 4,89 metros de comprimento e 2,91 m de entre-eixos –, o Omega Fittipaldi tem concorrentes do mesmo tamanho no Brasil apenas em segmentos premium. E para competir de maneira “justa”, acaba sendo uma alternativa a versões top de modelos médio-grandes, como Toyota Camry, Honda Accord, disponíveis a partir de R$ 144.500 e R$ 131 mil, ambos com motores V6, além do Volkswagen Passat 2.0 TSI, que custa R$ 119.763. Neste cenário, a Chevrolet espera comercializar 100 unidades mensais do Omega.

Para influenciar nos emplacamentos, a marca recorre a uma lista interessante de equipamentos de conforto e de segurança.

O Omega oferece airbags frontais, laterais e do tipo cortina, freios com ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência, câmara de ré, controles eletrônicos de estabilidade e de tração e encostos de cabeça ativos na parte de segurança.

Além deles, estão lá ar-condicionado automático com dual zone e saídas traseiras, direção hidráulica, computador de bordo, trio elétrico, bancos de couro, ajuste de altura e de profundidade do volante, acendimento automático dos faróis, controle de cruzeiro.

O diferencial são itens como a tela touch screen de 6,5 polegadas e o sistema de telefonia Bluetooth com comandos no volante. Uma combinação de tecnologia e conforto que pode fazer a diferença a favor do sedã mais luxuoso da GM no Brasil.

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Ponto a ponto

Desempenho – Os 292 cv do motor 3.6 V6 garantem um desempenho impressionante ao Omega Fittipaldi. Tanto que a unidade de força responde às mínimas pisadas no acelerador e o câmbio automático de seis velocidades otimiza a performance.

O zero a 100 km/h é feito em 6,8 segundos, enquanto a máxima é de 235 km/h, de acordo com a GM. As retomadas são eficientes graças ao câmbio bem escalonado e o torque máximo disponível logo aos 2.900 giros. Nota 9.

Estabilidade – O sedã grande de 1.758 kg se vale dos controles de estabilidade e de tração que claramente entram em ação ao ir mais agressivo nas curvas sinuosas. Aos 160 km/h, o Omega não demonstra qualquer sinal de flutuação.

Em situações de frenagem, ABS e EBD ajudam a manter o carro nas mãos do motorista. A carroceria torce bem pouco nas curvas. Além disso, a suspensão independente na frente e atrás com barras estabilizadoras e bem calibrada contribui para uma boa estabilidade. Nota 9.

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Interatividade – O Omega Fittipaldi chega ao mercado brasileiro com um display com tela de 6,5 polegadas touch screen, onde é possível controlar muitas funções do veículo como o sistema de ar, som e Bluetooth.

A tela mostra ainda a câmera do sensor traseiro de estacionamento, em ótima definição. A ergonomia dos comandos, todos ao alcance das mãos, é perfeita. A visualização do painel também é simples e clara.

Os ajustes elétricos do bancos do condutor e as regulagens de altura e profundidade da coluna de direção ajudam o motorista a encontrar a posição ideal de dirigir. Nota 8.

Consumo – A Chevrolet não anuncia o consumo do Omega Fittipaldi, mas os dados oficiais da Holden, braço australiano da GM, que produz o Omega, indica média de 9,8 km/l, enquanto o computador de bordo anotou 6,6 km/l. Nota 7.

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Tecnologia – O modelo usa uma plataforma de 2007 e o motor do Omega acabou de passar por modificações, ganhou 40 cv de potência e 1,0 kgfm. Também recebeu novos equipamentos de entretenimento como tela touch screen e câmera de estacionamento. Vem de série com itens interessantes de segurança como ABS, EBD, controle de estabilidade e seis airbags. Nota 8.

Conforto – A suspensão bem calibrada é um parceiro para o motorista e os ocupantes. Apesar de ter um acerto mais firme, absorve bem as irregularidades do asfalto. No habitáculo, o espaço para cabeças e pernas é muito bom e o isolamento acústico se mostra eficiente até em velocidades altas. Nota 9.

Habitabilidade – O vão para portas se mostra bom na frente e atrás, facilitando o acessos dos passageiros. Há uma quantidade interessante de porta-copos e de porta-objetos. O porta-malas oferece 495 litros, possibilitando carregar inúmeras malas e apetrechos. A iluminação é boa, com várias luzes de leituras espalhadas. Nota 8.

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Acabamento – O Omega Fittipaldi oferece um interior caprichado, com materiais que aparentam boa qualidade e aplicações que imitam madeira no painel de duplo cockpit. O habitáculo com revestimento em couro bege nos bancos e portas transmite sensação de requinte aos passageiros. Os encaixes e fechamentos se mostram precisos e não há sinais de rebarbas. Nota 8.

Design – O Omega não perdeu a aura classuda com a versão Fittipaldi. O visual é o mesmo de 2008, com certa dose de arrojo. Para 2011, a Chevrolet incrementou o visual com minúsculas modificações na grade dianteira e faróis com máscara negra. A tampa da mala recebeu ainda um pequeno spoiler. Nada extremamente ousado, apenas uma “maquiagem”. Nota 7.

Custo/benefício – O Omega Fittipaldi é um sedã grande bem equipado, com um motor competente e uma transmissão eficiente.

Chega por R$ 128.600 e tenta ser uma alternativa ás versões topo de linha dos sedãs médio-grandes (leia também sobre os sedãs automáticos mais baratos do Brasil), como, Honda Accord e Toyota Camry que brigam na mesma faixa de preço, mas são menores e menos equipados que o modelo da Chevrolet. Nota 7.

Total – O Chevrolet Omega Fittipaldi somou 80 pontos em 100 possíveis.

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Primeiras impressões

Grandão bem disposto

Indaiatuba/SP – O local escolhido para acelerar o sedã foi o Campo de Provas de Cruz Alta, da General Motors em Indaiatuba, interior de São Paulo. Em um circuito um pouco limitado, foi possível ter um ideia do vigor da unidade de força 3.6 litros, que reage ao menor estímulo do pedal do acelerador, tirando da inércia as quase 2 toneladas do Omega sem cerimônia.

Na faixa dos 3 mil giros, o torque máximo de 36,7 kgfm já está disponível para que o condutor possa abusar completamente da unidade motriz. Quando se está a 140 km/h em sexta marcha, o conta-giros marca 4 mil rpm e o motor parece sobrar quando o condutor quer ainda mais velocidade.

A máxima alcançada no circuito foi de 160 km/h, mas a Chevrolet fala em 235 km/h, limitados eletronicamente. O zero a 100 km/h é cumprido em bons 6,8 segundos, de acordo com a fabricante.

Apesar de não ser possível manter uma velocidade de cruzeiro elevada, as curvas sinuosas do circuito serviram pelo menos para colocar o sedã importado da Austrália em seu limite. Com o pedal do acelerador no fundo, entrando nos “S” do campo de provas, o Omega comprovou ter um bom comportamento dinâmico.

Mesmo ao soltar a traseira em alguns trechos em velocidades exageradas, a trajetória era logo consertada graças aos dispositivos de segurança, como o controle eletrônico de estabilidade. Ainda é possível controlar as marchas através do comando sequencial na alavanca de câmbio, o que torna o passeio ainda mais divertido.

A caixa de marchas de seis velocidades, aliás, é uma grata surpresa. Combina perfeitamente com o motor V6 e não deixa buracos entre as passagens de marcha. O conforto é garantido pela suspensão independente muito bem acertada, com McPherson na frente, multilink atrás e barras estabilizadoras nos dois eixos, capaz de absorver bem as variações de asfalto da pista.

O bem estar dos passageiros também foi pensado. E pode ser percebido no requinte do habitáculo, todo revestido em couro bege, com painel bicolor. Ao mesmo tempo, há espaço de sobra para quatro passageiros, já que um ocupante na parte do meio do banco de trás sofreria com o túnel da transmissão.

Ficha técnica

Chevrolet Omega Fittipaldi V6 3.6

Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.564 cm³, seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica de combustível multiponto e acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio automático com seis velocidades à frente e uma a ré e opção de mudanças manuais sequenciais na manopla. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração.

Potência máxima: 292 cv a 6.200 rpm.

Torque máximo: 36,7 kgfm a 2.900 rpm.

Diâmetro e curso: 94,0 mm X 85,6 mm. Taxa de compressão: 11,3:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente, com braços múltiplos, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS e EBD de série na versão.

Pneus: 225/55 R17 em rodas de liga leve.

Carroceria: Sedã grande em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,84 metros de comprimento, 1,89 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,91 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e do tipo cortina de série na versão.

Peso: 1.758 kg em ordem de marcha, com 408 kg de carga útil.

Capacidade do porta-malas: 496 litros.

Tanque de combustível: 71 litros.

Produção: Austrália

Lançamento mundial: 2007. Lançamento no Brasil: 2008.

Por Karina Craveiro – Auto Press

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.