Carro da semana, opinião do dono: Ford Fusion 2.5 2011

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Olá amigos do NA. Sou proprietário de um Ford Fusion SEL 2.5, ano 2011/2011.

Quando pensei em trocar meu Golf 2008, a ideia era adquirir um sedan, já que viajo com frequência, portanto necessito de um porta-malas e espaço interno de tamanhos generosos. Não sou pai de família. Sou solteiro e tenho 25 anos, mas costumo viajar com namorada e amigos.

Apesar de haver muitos modelos de sedans disponíveis no mercado hoje em dia, a decisão não foi muito difícil, já que optei por excluir a maioria dos modelos por questões distintas. O Corolla caro e tiozão demais, o Civic logo mudará de “geração”, o Pallas que não me agrada por ter manutenção cara e desvalorização alta e os demais não me atraíam.

Sobrou então o Cerato. Fui à concessionária Kia aqui de Sorocaba-SP e dei uma olhada na versão topo de linha, completinha. Só faltava o couro. Muito bonito, porém me assustei com o preço das revisões.

Nesse tempo, fui informado de que a concessionária de Itapetininga-SP estava oferecendo o modelo com preços bastante atrativos para Pessoa Jurídica e resolvi confirmar.

Acreditem ou não, acabei comprando um Ford Fusion 0km, 2011/2011 por R$ 70.900,00. Como era o último dia com esse preço, tive que correr no banco dar o sinal e na correria, encomendei sem o teto solar.

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O Fusion é fantástico. Nessa faixa de preço, jamais encontraria algo parecido. Confortável, muito bem equipado, seguro e potente, ainda mais pra quem andava de Golf manco 1.6.

Quanto à cor, não tive dúvidas para escolher. Branco. Não somente por ser tão desejada ultimamente, mas também por ser perolizada e muito bonita. Também precisava de características que o tornasse mais “jovem”. Em seguida, resolvi mandar pintar as rodas de grafite fosco, pois para muita gente, Fusion também é carro de tiozão.

A direção é muito leve por ser elétrica e torna a vida mais fácil na hora de fazer baliza, já que essa barca de 4,83 metros de comprimento, não entra em qualquer vaga.

Durante a noite, com todas as luzes do console e painel acesas, o cockpit do Fusion parece de um desses jatinhos. Muitas luzes, muitos botões. Até o enorme e belo volante de quatro raios possui uma grande quantidade de botões. Oito no total.

De volume, para selecionar mídia, seek, setup, selecionar informações e resetar computador de bordo, ativação e desativação do piloto automático e ajuste de velocidade do mesmo.

O computador de bordo, apesar de ter um aspecto antiquado, com pontinhos verdes, é muito completo. Indica o nível de pressão dos pneus, vida útil do óleo, troca idiomas, configura ações do veículo como ativar e desativar o “Auto lock”, “Auto unlock” e o “Rear Park Aid” que reduz o volume do som automaticamente quando o sensor traseiro é acionado, tempo que o carro rodou com um tanque, além de autonomia, Trip A e B, consumo, etc. É muito completo mesmo.

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O som é surpreendente. São 12 alto falantes de 390W, da marca Sony que transformam o carro, com os 4 vidros fechados, numa balada. E essa sensação se torna muito mais evidente, por conta do chamativo porta-copos oferece iluminação com 7 cores diferentes e mais 4 pontos de leds, que iluminam os pés do motorista, passageiro carona, e os outros dois que sentarem nas duas extremidades de trás do veículo.

Alguns deslizes são de praxe na maioria dos veículos e com o Fusion isso não fugiu à regra. A começar pelas lanternas. Lanterna, pisca e freio dividem o mesmo espaço e são muito pouco eficientes caso o carro esteja contra o sol.

Fica muito pouco visível e quem está atrás muitas vezes não percebe que o pisca foi acionado. Como aconteceu comigo recentemente, por muito pouco não ocorreu um acidente.

A ausência de iluminação no porta luvas também é algo que incomoda. Não entendo com um carro tão cheio de frescuras e luzes, pode cometer o pecado de não oferecer iluminação no porta luvas. Complica bastante no dia-a-dia à noite, sendo preciso muitas vezes iluminar com um celular.

Outro deslize é a falta de capa no motor, que se mostra completamente exposto. Visualmente passa uma sensação de desleixo, de bagunça, já que o motor não possui beleza estética. A pintura do Fusion é muito bonita e chamativa, mas o que me incomoda um pouco é a diferença de tom entre a carroceria e as peças plásticas como para-choques dianteiro e traseiro e tampa do tanque de combustível.

Os retrovisores, com aquecimento, são da mesma cor do veículo, mas não se salvam de uma boa crítica. Não permitem rebatimento. Essa é uma critica que vem sendo feita desde o antigo Fusion e parece que a Ford não deu muita atenção a essa mancada. Depois de um contato espelho com espelho na rua, a peça sai por completo, não tem jeito. Falo por experiência própria.

Um detalhe no acabamento chama a atenção. O forro do teto quando se encontra com o para-brisas, tem um acabamento questionável. Parece que foi cortado nas coxas, com as fibras do tecido um pouco desfiadas. Nisso o Golf dá de 10 a 0.

As peças são muito bem encaixadas no geral e quase não se vê plástico rígido no habitáculo do Fusion. Na porta, muita peça de espuma e couro (sintético, ok) e plástico somente na parte inferior, na região dos falantes.

O porta objetos sob o descansa braços é bem grande e também iluminado por Led. Dentro deste porta objetos uma entrada auxiliar. Fiquei decepcionado quando descobri que não possui entrada para iPod, disponível somente a versão V6.

Os bancos em couro são muito confortáveis. Tanto pra quem senta na frente, quanto pra quem senta atrás e até mesmo no meio, onde há no encosto outro descansa braços com dois porta copos. Aliás, pra quem senta atrás a vida também é uma maravilha.

Além dos bancos macios e confortáveis, muito espaço para as pernas e ombros (principalmente se forem 2 adultos e uma criança), além de encosto de cabeça para os 3 ocupantes e cinto de segurança de 3 pontos.

A partir do Fusion 2011, o qual adquiri, os bancos do motorista e passageiro passaram a contar com todos os ajustes elétricos. O motorista inclusive com ajuste lombar elétrico. Anteriormente era manual.

As lentes dos retrovisores também passaram a contar com uma outra lente menor, em formato convexo, que aumenta o campo de visão do motorista. No início parecia um item inútil, mas hoje sei como é importante.

O motor de 173 cv é potente, empurra muito bem os 1520 kg aproximados do Fusion e casa muito bem com o câmbio de 6 velocidades, que, apesar de parecer entregar somente o necessário, sem aletas atrás do volante, nem trocas sequenciais no câmbio, é muito gentil com os ocupantes, já que troca as marchas numa leveza impressionante, inclusive quando se é exigido muito do pedal de acelerador.

Há também opção “L” de freio a motor, que reduz sempre uma marcha quando a intenção é poupar um pouco os freios e segurar o carro dessa forma. Há também um Hill Holder que pode ser acionado através de um botão na manopla do câmbio, também auxilia o veículo em declives.

Geralmente o computador de bordo oscila entre 12L e 13L/ 100Km, aproximadamente 8,3km, 7,7/L em perímetro urbano. Porém, já entrei várias vezes no Fusion do meu pai e lá o computador de bordo acusava 10Km/L em perímetro urbano também, então julgo por esses fatos, índices bem satisfatórios de consumo, ainda mais levando em consideração a topografia de Sorocaba (subida e descida na cidade toda), peso do veículo e potência do motor.

Sem grilos, sem barulhos de peças batendo ou amortecedor com “nhec nhec”. Tudo bem que o carro é novo, com 6 meses de vida, mas já está com 11 mil km rodados e o silêncio dentro da cabine ainda é pleno. A acústica do Fusion impressiona e isso eu testei antes mesmo de tirar o carro da concessionária.

Liguei, a pedido do vendedor, o som bem alto, com o grave sendo exigido e do lado de fora a única coisa que se ouvia eram as batidas mais fortes da música e os espelhos tremendo. Do lado de dentro, não se ouve a vida externa, buzinaços e todo aquele caos da cidade, ainda mais com um sonzinho ligado.

É você num mundo à parte, sem exageros. Graças à sexta marcha, nas estradas a sensação é a mesma. O conta giros está sempre baixo (andando dentro dos limites máximos das vias), o que também contribui muito para o baixo consumo (por volta dos 12,5km/L e até 13).

No console central existe uma telinha, também com grafismo antiquado, mas igualmente completo, como no computador de bordo. Indica a temperatura do ar condicionado digital (de duas zonas), bússola, temperatura externa e funções do som, como mídia selecionada (Rádio, CD ou Auxiliar), nome da música, da estação de rádio e outros ajustes, além do aviso de RPA (Rear Park Aid) ativado.

Outro fato que me agradou muito no Fusion foi o tamanho do porta malas. Além do espaço interno generoso, (2,73m de entre eixos), o porta malas de 530 litros aceita um mundo de bagagens. Já fiz 3 viagens com ele, coube tudo e ainda sobrou espaço para mais. Viajando sempre em 4 pessoas.

Os bancos traseiros são bipartidos (2/3 e 1/3) e podem ser rebatidos por uma alça dentro do porta malas, que também possui um outro mecanismo que já vinha do modelo antigo: a abertura da tampa do porta malas pelo lado de dentro.

A segurança que você sente dentro de um Fusion também é outro ponto forte. Além de ABS nas 4 rodas com EBD, são 6 airbags, controle de tração e estabilidade e um sensor de presença no banco do carona, que ativa o airbag do passageiro automaticamente, quando este é detectado pelo sensor.

Isso elimina aquele sistema manual de desligamento e ligamento do airbag do passageiro por meio de chave, na lateral do painel, do lado direito. Este mesmo sensor, “obriga” o passageiro, assim como o motorista, a colocar os cintos, por meio de um apito incômodo e contínuo.

A suspensão é independente tipo Multilink e isso faz do Fusion, muito bom de fazer curvas e transmite bastante confiança e segurança também, porém sempre com muito conforto e silêncio interno. O carro é uma seda e aceita muito bem os pisos irregulares e esburacados das nossas cidades.

As rodas são de 17” e os pneus da marca Michelin, isso permanece inalterado, desde a versão antiga, assim como a lateral do veículo.

Os faróis são eficientes, mas muita gente, acostumada com carros sem as lentes elípticas, pode estranhar e até mesmo achar a potência das lâmpadas deficiente. Aliás, faróis de cima e de neblina possuem as lentes elípticas, que agregadas ao design dianteiro, ponto forte do desenho da carroceria do Fusion, transmitem sensação de robustez e sofisticação.

Por fim, já passei pela primeira revisão. Nada além do básico a ser trocado. Somente óleo, filtro de óleo e filtro de combustível mais a mão-de-obra. Tudo por 230 reais. Fiquei muito contente com o preço e meu bolso também. Atendimento campeão.

O seguro, mesmo em nome de pessoa jurídica, sem condutor principal, tem um valor um tanto quanto indigesto: R$ 3.909 reais, com 0% de bônus pela seguradora Allianz. Esse preço alto é compensando por uma franquia reduzida bastante aceitável, por volta dos R$ 1.073,00.

Todas essas questões que destaquei, entre pontos negativos e positivos me fazem pensar a cada dia que, por R$ 70.900,00, jamais encontraria um outro modelo equivalente e que me agradasse tanto. Não me arrependo nem um pouco e compraria novamente caso voltasse no tempo.

José O. Neto

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.