Chevrolet Meriva – confira detalhes dos seus problemas

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A Chevrolet Meriva chegou ao mercado nacional com duas opções de motores, sendo um 1.8 8V de 102 cavalos a 5.200 rpm com 16,8 kgfm a 2.800 rpm e outro 1.8 16V com 122 cavalos a 5.600 rpm e 17,3 kgfm a 3.600 rpm.

Com o tempo, apenas o 1.8 8V restou e este recebeu tecnologia flex e melhoramentos, o que elevou sua potência para 112 cavalos na gasolina e 114 cavalos no etanol, ambos a 5.600 rpm, enquanto o torque ficava em 17,7 kgfm a 2.800 rpm nos dois combustíveis.

Mais próximo do fim, a Chevrolet Meriva ganhou o motor Econo.Flex 1.4 8V de 99 cavalos na gasolina e 105 cavalos no etanol, obtidos a 6.000 rpm com 13,2/13,4 kgfm a 2.800 rpm, respectivamente com gasolina e álcool.

A Meriva nunca teve transmissão automática, embora a GM tivesse acesso à tecnologia. Diferente do passado, a marca apostou no automatizado Easytronic em 2008, mas com resultados nada bons.

Entre os defeitos e problemas, os donos de Meriva reclamam de barulhos na suspensão dianteira e também na traseira, problemas relacionados com o motor, ruídos de acabamento e, especialmente, do câmbio Easytronic.

Barulhos na suspensão

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Um dos itens que mais dos donos se queixam é da suspensão e não apenas dianteira, a traseira também é citada nos depoimentos.

Eles falam de barulhos no conjunto dianteiro e, em alguns casos, no traseiro também. Um dos donos falou que, com apenas 10 dias, já estava incomodado com ruídos vindos da dianteira.

Outros falam da baixa durabilidade de buchas da suspensão, especialmente na traseira, onde há um desgaste excessivo em alguns casos, obrigando a substituição do componentes, que geram barulho.

As bieletas do sistema de direção, assim como os pivôs também são relatados como motivo de troca em quilometragem baixa. Um dos donos disse que ao retirar o carro da revenda, teve que voltar no mesmo dia para substituição.

Outros apontaram trocas abaixo de 60.000 km. Também há relatos de quebra de coxim do motor abaixo de 100.000 km.

Ruídos também foram relatados no sistema de direção hidráulica, quando se gira de batente a batente.

Aceleração interrompida

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Outras reclamações são relativas ao acelerador eletrônico, que daria defeito durante a elevação da rotação. Um proprietário detalhou que ao chegar aos 3.000 rpm, a rotação cai.

Ele citou a apresentação de códigos P1500 e P1550 de erro no sistema eletrônico de aceleração. Alguns donos acabaram trocando diversos componentes sem solucionar o problema.

Um deles chegou a trocar pedais, TBI, velas, cabos, bobina, sensor MAP e até o chicote elétrico, mas sem resolver o defeito na Chevrolet Meriva (leia também sobre a Meriva Joy).

O problema geralmente ocorre no motor GM 1.8, inclusive com apontamentos similares em carros da Fiat. Outro dono disse que existe um kit de reparo do dispositivo de aceleração na rede Chevrolet e que este resolve o problema.

Problemas no motor

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Existem alguns defeitos e problemas relativos ao motor 1.8 da Chevrolet Meriva, relatados por proprietários do modelo.

Um dos mais comuns é a trinca da bobina de ignição do propulsor, que fica na extremidade oposta do motor, permitindo que haja fuga de corrente e, com isso, falhas no funcionamento do veículo.

Alguns donos chegaram a trocar velas e cabos pensando que o defeito era nestes componentes, mas tiveram que lidar com a bobina, tendo que substitui-la.

Outros donos falam que esse é um problema crônico desse propulsor da GM e que mesmo abaixo de 60.000 km, o defeito apareceu, quando não deveria existir.

Ainda assim, alguns apontaram falhas no funcionamento do motor em decorrência de velas e cabos com defeito, sendo a questão resolvida com a troca dos mesmos abaixo de 100.000 km.

Proprietários de algumas unidades da Meriva apontam também que outro defeito no sistema de ignição ocorre por conta dos conectores dos cabos de vela junto à bobina, que acabam se deteriorando por conta do calor.

No caso do sistema elétrico, alguns casos de panes elétricas da Meriva foram apontados pelos donos como sendo defeitos na caixa de fusíveis.

Esta, por sua posição próxima do para-brisa, estaria exposta à umidade e sujeira, comprometendo a durabilidade dos contatos dos fusíveis e sua possível falha, segundo alguns.

Um dos problemas decorrentes desse defeito é o desligamento do “eletro-ventilador” do radiador, que em alguns casos gerou elevação rápida da temperatura do motor.

Alguns donos chegaram a realizar a manutenção do próprio ventilador do motor, achando que o problema estava nele. Outro pensou ser o módulo da ECU, mas sem sucesso.

Ainda em relação ao sistema de arrefecimento, vazamento de água pela bomba d´água e tubulação plástica é outro defeito apontado por proprietários da Meriva.

Vazamentos de óleo pela tampa do comando de válvulas também aparecem registrados na internet.

No caso da transmissão manual de cinco marchas, alguns relatam ruídos nas trocas de marcha e alguns descobriam que há um desgaste excesso no pinhão, necessitando de abertura da caixa.

Outros falam também do ar condicionado com vazamento de gás pela tubulação de alumínio, que passa próximo do motor e sofre vibrações que acarretam em trincas no cano.

Câmbio Easytronic

Interior Chevrolet Meriva 2008–12

Na Chevrolet Meriva, um dos defeitos e problemas considerados crônicos é o câmbio automatizado Easytronic.

Disponível apenas no motor 1.8 Flex a partir de 2008, o dispositivo não durou muito por conta das reclamações, tendo sido usado também no Agile.

Vários donos reclamam da lentidão nas respostas e “burrice” na troca de marchas, inclusive fazendo-as em subidas, não reduzindo ou realizando isso em momento errado.

Fora o comportamento anormal, muitos falam em travamentos, impedindo o engate de marchas e imobilizando o veículo. Outros falam em impedimento de engate de algumas marchas, limitando a condução.

Alguns apontaram desgaste excessivo de platô e disco de embreagem com o sistema Easytronic, enquanto a maioria diz que a solução para o problema é uma atualização do software de controle do dispositivo.

Em Meriva Easytronic, poucos são os que não relatam problemas no sistema ou queixas em relação ao desempenho. Nunca houve um recall e o automatizado chegou a ganhar o apelido de “Easytranco”.

Este era outra das reclamações do automatizado, que apresentava trancos entre primeira e segunda marcha, causando incômodo nos donos e isso em carros bem novos, ainda na garantia.

Outros problemas

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Boa parte dos donos de Chevrolet Meriva reclamam de barulhos e ruídos internos, em especial no acabamento de portas e painel, bem como na tampa traseira, que salta em pisos irregulares, gerando desconforto.

Outros relatam que, com os vidros abertos pela metade, estes fazem barulhos como se estivessem soltos, dando a impressão de que vão cair.

Nos últimos anos, as reclamações se concentraram novamente no câmbio Easytronic, falta de peças de reposição ou atraso na entrega delas nas concessionárias, e até mesmo um caso onde o airbag não foi acionado numa colisão.

Fora isso, a Meriva teve um recall relacionado com o tanque de combustível que, por ser metálico, estaria sujeito a rompimento de soldas, ocasionando possível vazamento de combustível.

Foram chamados 2.861 proprietários para a substituição do reservatório, algo que se deu logo no começo das vendas da minivan no país.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X