Dezenas de Corvettes perfeitos estão sendo cortados em pedaços pela GM

corvette cortado (1)
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Nem todo carro novo e funcional tem um final feliz — pelo menos não dentro da General Motors.

Um exemplo intrigante é o do Corvette C8, um superesportivo completo e em perfeito funcionamento que acabou partido ao meio, não por acidente ou defeito, mas por decisão da própria montadora.

No mundo automotivo, essa prática é mais comum do que parece. Diversas unidades são fabricadas com a certeza de que nunca verão as ruas.

Elas servem a propósitos específicos: testes de qualidade, desenvolvimento interno ou exibição. E uma vez que cumprem seu papel, o destino é a destruição.

corvette cortado (2)
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Brandon Woodley, responsável por executar esse tipo de tarefa ingrata, revelou como tudo acontece. Segundo ele, com apenas uma serra do tipo Sawsall — ferramenta comum em garagens — é possível dividir um Corvette ao meio em cerca de três minutos.

Pode parecer surreal, mas esse é o protocolo. Não há marteladas simbólicas, nem corte de cabos: a ordem é cortar literalmente o carro inteiro.

Esses Corvettes, em muitos casos, sequer recebem um número de chassi (VIN), tornando impossível qualquer emplacamento ou circulação legal.

Mesmo quando têm, como no caso das unidades afetadas por tornados que atingiram a fábrica de Bowling Green, no Kentucky, em 2021, a GM se encarrega de inutilizar o registro, impossibilitando a reconstrução legal.

corvette cortado (3)
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Isso significa que, mesmo que alguém comprasse as duas metades, nunca poderia legalmente transformá-las em um carro funcional novamente.

O caso recente foi documentado com imagens e relatos que mostram a real dimensão da prática. Embora pareça desperdício, trata-se de um procedimento controlado e justificado, pelo menos sob a ótica da indústria.

Os veículos podem ter sofrido danos mínimos ou sequer apresentarem problemas, mas uma vez usados para fins internos ou afetados por desastres naturais, tornam-se “impróprios” para o consumidor final.

O impacto visual e emocional de ver um Corvette em perfeitas condições ser destruído assim, com uma simples ferramenta de corte, levanta reflexões. Seriam esses carros transformáveis em arte, mobiliário ou até trailers?

As sugestões do público não demoraram a surgir: churrasqueiras, trailers estilizados e esculturas automotivas foram algumas das ideias propostas para dar um novo propósito às peças.

Enquanto isso, a GM segue protocolos rígidos e se recusa a permitir que esses veículos ganhem as ruas, mesmo após testes bem-sucedidos.

Para os apaixonados por carros, especialmente os fãs da Chevrolet, é um processo doloroso de assistir, mas que revela a complexidade por trás da fabricação de um carro de alto desempenho — e o que se perde para que os modelos finais cheguem impecáveis aos clientes.

Esse é o preço de manter o controle de qualidade e a integridade legal dos modelos que chegam às concessionárias.

Mas fica no ar uma pergunta inevitável: será que não existe um destino melhor para carros que, embora sem futuro legal, ainda têm muita vida para oferecer?



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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.