Parece que o apoio intenso de Elon Musk a Donald Trump nas eleições não foi por acaso, e o bilionário já começa a colher os frutos dessa aliança.
Segundo o The New York Times, Musk está buscando posicionar funcionários da SpaceX, sua empresa de exploração espacial, em cargos estratégicos no Departamento de Defesa dos Estados Unidos, uma das principais agências governamentais a contratar serviços da SpaceX.
Antes mesmo de Trump reassumir a presidência, Musk teria solicitado que o então presidente eleito contratasse empregados de sua empresa para ocupar altos cargos no governo, incluindo posições no próprio Departamento de Defesa.
De acordo com fontes próximas ao assunto, a ideia seria preencher a administração com pessoas de sua confiança, facilitando ainda mais os negócios bilionários que Musk mantém com o governo federal.
Essa movimentação reforça o quanto o magnata investiu em Trump, com Musk contribuindo com mais de US$ 100 milhões na campanha e usando sua plataforma social, a X, para impulsionar conteúdos a favor do candidato.
Curiosamente, embora Trump frequentemente critique veículos elétricos, sua postura mudou consideravelmente em relação à Tesla, elogiando Musk abertamente durante a campanha, motivado pelo apoio financeiro.
Em agosto, Trump chegou a afirmar: “Eu sou a favor dos carros elétricos. Tenho que ser, porque Elon me apoiou fortemente”.
Apesar de Musk ser visto por muitos como alguém que diminuiria o gasto público, a realidade é que suas empresas, incluindo a Tesla, dependem consideravelmente de incentivos governamentais.
Além dos contratos com a SpaceX, Tesla também conta com uma receita significativa proveniente da venda de créditos de carbono para outras montadoras, um sistema que favorece a lucratividade da empresa.
No terceiro trimestre deste ano, a Tesla registrou um lucro de US$ 2,17 bilhões, dos quais US$ 739 milhões vieram da venda de créditos de carbono para montadoras menos ecológicas.
Desde 2018, cerca de 25% do lucro operacional da Tesla tem origem nessa prática, conforme reportado pela Barron’s.
Para muitos, essa aliança de Musk com o governo representa um possível conflito de interesse e gera preocupações sobre o impacto nas políticas públicas e na ética dentro do governo.
A sensação geral é de indignação, com críticos apontando que Musk, ao investir milhões na campanha de Trump, estaria garantindo sua própria influência política em detrimento dos interesses coletivos.
Para mais detalhes, o artigo completo está disponível no The New York Times.
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