Geralmente as vans são utilizadas para o transporte de passageiros em serviços de fretamento ou executivo, além de encomendas e pequenas cargas na versão furgão. Porém, há espaço para mais opções aí e esta pode parecer um tanto estranha no mercado brasileiro, mas não é bem assim na Alemanha.
Lá, a Fiat lançou sua van Talento em uma versão esportiva de nome sugestivo: Sportivo. O modelo atual, lançado em 2016, é derivado da Renault Trafic, diferente da anterior, que existiu de 1981 a 1993 sobre o chassi da Ducato. O comercial leve da marca italiana chega com uma proposta mais radical, algo que poucos podem imaginar.
As mudanças no veículo não são meramente estéticas. A Fiat Talento Sportivo é uma van com suspensão rebaixada e recalibrada para ser mais firme e permitir uma condução, digamos, esportiva… Visualmente, o modelo vem com enormes faróis escurecidos, bem como detalhes em preto fosco nos para-choques, rodas de liga leve aro 17 polegadas, maçanetas e outras partes da carroceria. Na frente, há também um friso vermelho e os vidros são escurecidos.
Com oito lugares, a Fiat Talento Sportivo pode ter a terceira fileira removida para ampliar o compartimento de carga. O modelo vem ainda com direção assistida, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, travamento central das portas, sensor de estacionamento, computador de bordo, sistema de áudio com Bluetooth e controle de cruzeiro.
O veículo dispõe de freios ABS com EDB, assistente de frenagem de emergência, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, entre outros. Na mecânica, a Fiat Talento Sportivo utiliza o motor diesel 1.6 EcoJet Twin-Turbo com Start&Stop, entregando 125 cavalos e 32,6 kgfm ou 145 cavalos e 34,5 kgfm. Os consumos são de 17,9 km/litro no primeiro e 16,9 km/litro no segundo, emitindo 145 g/km e 152 g/km de CO2, respectivamente. Os preços começam em 33.530 euros.
Nascido em 1981, o Fiat Talento é um intermediário entre o maior Ducato e o menor Doblò. Originalmente ele era uma versão curta do Ducato, mas com o fim de 1993, o Scudo surgiu como uma alternativa. Este, por sua vez, teve duas gerações, que cobriram exatamente a lacuna deixada pelo Talento inicialmente. Esse modelo era derivado de um projeto da Sevel em parceria com Peugeot e Citroën, que na segunda geração gerou até o Toyota ProAce.
Com o fim do Scudo, o Fiat Talento voltou, mas ao contrário do que se esperava, ele não é um derivado da Sevel, visto que Peugeot (Expert/Traveler) e Citroën SpaceTourer/Jumpy passaram a usar plataforma EMP2 e se uniram com a Toyota, que manteve o ProAce. Assim, a Fiat fechou com a Renault.
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