A Ford quer continuar cortando custos e o novo alvo são os revendedores. Jim Farley, que já havia comentado sobre como os revendedores poderiam apresentar os futuros carros elétricos da marca, ampliou o assunto.
O plano de Farley é que as revendas se livrem dos estoques de carros e sejam centros de atendimento aos clientes donos de modelos elétricos da Ford.
Farley quer reduzir os descontos dados pelos revendedores, concentrando as vendas online e assim não cortam preços para lucrar mais.
O CEO da Ford indicou que as vendas de carros elétricos seriam inteiramente online e sem descontos, enquanto os revendedores apenas atenderiam o pós-venda desses carros que eles não venderiam mais.
A venda direta agora parece o sonho dos fabricantes de veículos, seguindo os passos da Tesla. Recentemente, a Mercedes-Benz anunciou que 25% de suas vendas serão online, ou seja, sem descontos.
Ela também quer cortar revendedores com o objetivo de controlar os preços praticados e aumentar a lucratividade.
Por ora, Farley fala em “meta” e não em plano definitivo para converter os lojistas em prestadores de serviços.
Ele disse: “Temos que ir para o preço não negociado. Temos que ir para 100% online. Não há estoque… 100% de coleta e entrega remota.”
A aposta da Ford é que a infraestrutura atual da rede manterá a marca próxima dos clientes, ainda que estes sejam impedidos de comprar seus carros nesses locais.
Com distribuição direta, as revendas seriam espaços para exibição dos produtos e centros de pós-vendas estratégicos, algo que a Tesla teve que construir para dar suporte a seus carros elétricos.
A presença de uma rede de apoio também aumenta a confiança no pós-venda da marca, que continuaria a ser visível nos locais tradicionais.
Para reduzir ainda mais os custos, Farley cortará os gastos com publicidade da Ford, estimados hoje em US$ 3 bilhões. Bom, nesse caso, sabemos bem quem assumirá a tarefa e ainda gratuitamente…
[Fonte: Jalopnik]