O HR-V é o SUV da Honda que compete com T-Cross, Creta, Renegade e até Compass, dependendo da versão.
Tem bom acabamento, visual moderno e que foge um pouco da mesmice do mercado, além de motorização turbo.
A versão Advance se posiciona logo abaixo da de topo (Touring) e avaliamos uma unidade dela para você.
Partindo de R$ 188.500,00, a versão Advance vem de série com:
Direção elétrica progressiva, câmbio CVT, rodas de liga 17”, freios ABS com EBD, assistente de frenagem de emergência, controle de tração e estabilidade, 6 airbags, câmera de ré, alerta de pressão dos pneus, assistente para redução de ponto cego, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, ajuste automático dos faróis, lanternas em LED, DRL em LED, faróis de neblina em LED, chave presencial, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisor fotocrômico, ar-condicionado digital dual-zone, partida no botão, bancos em couro preto ou cinza claro, multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay, painel digital de 7”, volante multifuncional, carregador por indução, sensor de chuva e mais.
Motor 1.5 turbo é potente
O motor 1.5 turbo aplicado no HR-V rende 177 cv de potência e 24,5 kgfm de torque, sempre aliado ao câmbio CVT que simula 7 velocidades.
Com esse conjunto, o SUV faz o 0 a 100 km/h em cerca de 8,9s, com velocidade máxima na casa dos 200 km/h.
Seu rival T-Cross acelera de 0 a 100 km/h em 8,6s, com velocidade máxima de 202 km/h.
Seu outro rival, Compass, com motor 1.3 turbo, faz o 0 a 100 km/h na casa dos 9s, tendo a velocidade máxima de 205 km/h.
O consumo do HR-V no etanol é de 7,9 km/l na cidade e 8,8 km/l na rodovia, enquanto na gasolina faz 11,3 km/l e 12,6 km/l , respectivamente.
O Corolla Cross faz 8,2 km/l na cidade e 9,0 km/l na rodovia, no etanol, enquanto na gasolina faz 11,7 km/l e 13,0 km/l.
O T-Cross no etanol faz 8,1 km/l na cidade e 10,1 km/l na rodovia, enquanto na gasolina são 11,6 km/l e 14,3 km/l.
O Compass é o pior da lista, com consumo de 7,2 km/l na cidade e 8,7 km/l na rodovia (com etanol), enquanto na gasolina são 10,1 km/l e 12,0 km/l.
Visual é acertado e moderno
A Honda costuma acertar no visual de seus carros, muitas vezes modernos e ao mesmo tempo sóbrios, não foi diferente com o HR-V.
A dianteira apresenta uma grade superior bem vazada, com perfil quadriculado e acabamento preto brilhante, terminando em duas “pontas” nas laterais e em um friso cromado na porção superior.
O emblema da Honda fica abrigado nela, com fundo preto e linhas cromadas.
Os faróis são achatados e ultrapassam os limites do para-choque, saltando suavemente para cima, na altura do capô.
Na porção inferior do para-choque, um acabamento preto brilhante é aplicado e, na grade inferior, uma linha cromada com um detalhe que remete a um pulso cardíaco pode ser notado, algo que passa despercebido muitas vezes, mas é interessante.
Indo para a lateral, as rodas se mostram bem sóbrias, conservadoras demais, eu confesso, com pintura grafite, pneus borrachudos e desenho simples, poderiam eventualmente ser um pouco mais arrojadas.
Os contornos da caixa de roda, assim como a porção inferior da lateral, são acabados em plástico preto fosco, tendência no mercado que particularmente me desagrada um pouco.
A lateral tem um desenho bem limpo e fluído, com poucos vincos, apenas um mais marcante que liga as lanternas aos faróis.
As maçanetas das portas traseiras são aplicadas na coluna, algo que deixa a lateral ainda mais fluída, um apelo estético interessante e acertado da montadora.
O teto cai pouco entre a coluna “A“ e a “C”, deixando a finalização da carroceria para a tampa do porta-malas.
Maçanetas e retrovisores são pintados na cor do veículo.
Na traseira, as famosas lanternas, que foram o grande destaque da época do lançamento, são unidas de um lado ao outro.
Predominantemente cinza, apenas com a porção superior vermelha, tem um design muito acertado, que merecidamente foi reconhecido.
No meio da lanterna fica o logo da Honda, similar ao da dianteira, apenas um pouco menor.
Um aerofólio finaliza o teto.
Na tampa do porta-malas fica apenas o emblema “HR-V” e “Turbo”, sem poluir muito a traseira.
Na porção inferior, o para-choque é construído em plástico preto e dele nota-se a saída de escape dupla e cromada, que combina com o conjunto.
Acabamento bom, mas muito aquém do ZR-V
A faixa de preço superior da versão Advance incita comparações com o ZR-V, que é mais caro e não tem versão turbo.
É nítida a diferença de acabamento entre eles, mas comparado ao resto do mercado, o HR-V não faz feio.
A forração de portas recebe couro e material macio em boa parte, com friso e maçanetas cromados, tem desenho bonito e simples.
Os bancos tem visual agradável, recobertos por couro, com desenho sóbrio.
O volante é totalmente circular, com botões multifuncionais e acabamentos em preto brilhante.
Recebe acabamento em couro com costuras escuras, além do raio central com acabamento fosco.
O cluster é digital, mantendo apenas o ponteiro do velocímetro analógico, conceito aplicado em diversos carros da Honda.
O painel tem desenho liso, bem agradável, apenas com o botão do pisca alerta na região central.
Na porção superior, tem os difusores de ar em um rebaixo, que simula uma continuidade entre eles, recebendo um friso.
A multimídia acaba quebrando esse desenho liso e fluido do painel, se destacando na porção superior, apesar de não ser feia e ter bom acabamento, estraga a fluidez do conjunto.
Os acionamentos do ar-condicionado têm acabamento em preto brilhante e botões rotativos com friso cromado.
O console central tem um acabamento interessante que o liga ao painel, com um friso prateado, conta ainda com acabamento preto brilhante e carregador por indução.
A manopla de câmbio tem desenho simples.
No banco de trás, a qualidade do acabamento é mantida.
O espaço para as pernas é bom e a altura do teto também.
O porta-malas é amplo e certamente atende bem para viagens e o dia-a-dia.
Vende relativamente bem
Considerando seus rivais sendo T-Cross, Creta, Tracker, Compass e Renegade, o HR-V é o menos vendido entre eles, mas ainda assim se sai relativamente bem.
No acumulado entre janeiro e julho de 2024, emplacou 26.585 unidades, que lhe garantiram a décima posição dentre todos os SUVs do mercado.
O líder continua sendo o T-Cross, com 39.703 unidades emplacadas.
Seguindo, vêm Creta e Tracker, com 37.812 e 35.256 unidades, respectivamente.
Renegade, Compass e Fastback ficam na sexta, sétima e oitava posição, respectivamente.
Corolla Cross na nona posição emplacou 26.691 unidades, quase empatando com o HR-V.
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