O CEO da Tesla, Elon Musk, tem um “sentimento muito ruim” em relação à economia global e já sinalizou para uma medida de impacto, cortar 10% do quadro de funcionários da montadora americana.
Há dois dias, Musk avisou os funcionários que estavam em home office para retornarem à fábrica ou saíssem da empresa.
Também ordenou um pé no freio em contratações, tendo enviado uma mensagem onde disse: “Pausem todas as contratações em todo o mundo”.
Pelo registrado junto ao governo americano em 2021, a Tesla emprega 100 mil pessoas em suas fábricas e empresas associadas.
Musk reforça o coro de líderes empresariais que vislumbram uma recessão global adiante, o que põe em alerta as expectativas das empresas quanto ao futuro próximo da economia.
A declaração de Musk derrubou as ações da Tesla e até da Nasdaq, mas o homem mais rico do mundo, já vinha avisando pelo Twitter há alguns dias que há risco de recessão.
Ainda que tenha acendido a luz de alerta no painel da Tesla, a montadora continua impulsionada com a alta demanda por carros elétricos em todo o mundo.
Em crescimento rápido, a Tesla já opera na Europa com sua Giga Berlim e amplia sua atuação na China com a planta de Xangai, que será expandida para atender a demanda enorme no país.
Para a Tesla, a vantagem nos EUA e até fora deles é que a empresa não está sofrendo com aumento dos estoques e nem com incentivos dados por revendedores, prejudicando os fabricantes tradicionais.
Ford e Mercedes-Benz já indicaram mudanças em sua relação com os revendedores, objetivando exatamente resolver estes problemas.
Na Tesla, o último revés foi a decisão de não atuar na Índia enquanto o país não autorizar a importação de carros com incentivos fiscais.
O governo não cedeu e um importante mercado está fora da programação da Tesla no momento.