Toyota Hilux – veja quais são seus problemas

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A Toyota Hilux é uma picape média bem vista no mercado nacional, sendo a mais vendida de seu segmento, tendo emplacado 45.893 unidades em 2021. No começo de 2022, ela continua sobrando, acumulando 5.470 nos dois primeiros meses e ficando à frente da rival Chevrolet S10.

Mas, apesar da fama, ela também tem seus problemas relatados por proprietários.

Numa pesquisa na internet, descobrimos alguns defeitos e problemas recorrentes à Toyota Hilux 2024, mas o que mais chamou a atenção foi a indignação dos clientes.

Apesar de que em outros carros também exista, no caso dessa picape, ficou nítida a decepção dos proprietários que relataram problemas, pois muitos deles não esperavam que um produto líder de mercado e com “status” tão elevado tivesse a quantidade de defeitos.

Alarme e infiltração

Vários relatos sobre problemas da Toyota Hilux são referentes ao sistema de alarme e travamento das portas. Num dos casos, o proprietário informou que após ser lavada, a picape apresentou defeito no aviso de porta aberta e impossibilitou o travamento das portas, seja por meio do controle remoto com alarme, seja por modo físico, com a chave.

Dessa forma, o painel fica aceso e indicando porta aberta, assim como a luz interna. Em outros casos, os donos conseguiram solucionar o problema na rede autorizada, mas a origem do problema acabou por acarretar outro, ainda mais grave.

Um deles diz que nem chuva a Hilux pode pegar, porque sempre dá problemas com alarme e travamento.

Mas num caso, a coisa foi bem pior. O concessionário, querendo resolver o problema de curto no sistema elétrico de travamento, acabou por vedar completamente as portas do veículo. Porém, a entrada de água não foi vedada na parte superior. Ou seja, as portas começaram a acumular água em seu interior, provocando um ruído de líquido se deslocando no interior do carro.

Além da água, alguns proprietários falam de entrada de poeira no habitáculo, algo que denota má vedação das portas e/ou janelas. Num caso, o proprietário menciona os vidros como acesso de água. Para um veículo que é utilizado em grande parte no fora de estrada, a vedação tem de ser primordial, especialmente a estanqueidade durante a travessia de áreas alagadas no meio rural.

Um dono de Hilux disse que observou uma linha saindo do material de vedação externa entre porta e batente, mas que ao puxa-la, todo o material simplesmente saiu na mão do proprietário. Ao recorrer ao concessionário, visto que o veículo também estava em garantia, a substituição do componente foi negada.

Outro dono também comenta que seu carro teve nove problemas, inclusive de travamento das portas, alarme e entrada de água e poeira. Em relato parecido ao do sistema elétrico, o mesmo apresentou pane elétrica em virtude do problema no travamento elétrico das portas.

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Problemas no câmbio

Tanto na nova geração, quanto na anterior, um problema relatado pelos donos de Toyota Hilux (veja aqui Toyota Hilux V6 diesel tem especificações do motor reveladas) é a não conversação entre câmbio e motor.

Um dos donos diz que a transmissão automática simplesmente trava numa marcha quando em redução e na retomada, o câmbio simplesmente não muda de velocidade, provocando alta rotação, ruído e consumo elevado, mesmo de diesel.

O desconforto é compartilhado por outros, inclusive em ultrapassagens, onde se produz muita rotação durante tempo demais ou lentidão extrema nesse momento importante. Na condução do dia a dia, é relatada a demora na mudança de marchas, o que incomoda muita gente.

Sobre o assunto, o consumo também é outro aspecto que pode estar relacionado com essa característica do câmbio.

Alto consumo

Embora o diesel seja um combustível muito eficiente, alguns relatam consumo além do esperado nesse caso, mas a vilã da história é a versão Flex da Hilux. O motor 2.7 Flex é considerado pelos donos como fraco e beberrão. Em alguns relatos, a indicação de consumo urbano começa em 4 a 6 km/litro. Claro, são números com etanol.

Porém, quando se abandona do derivado da cana por algo mais eficiente, que no caso é a gasolina, a coisa não muda muito, variando de 5 a 7 km/litro. Também é dito que o motor não impõe força suficiente para um desempenho bom, o que acaba sendo uma decepção após a compra.

Ainda em relação ao motor, os bicos injetores são outro problema da Toyota Hilux, no caso com motor diesel, pois alguns casos falam de troca dos dispositivos bem antes do esperado e com custo elevadíssimo!

Um proprietário fala em R$ 2 mil cada um, totalizando R$ 8 mil.

Vibração na direção e freios insuficientes

Outro detalhe que é fonte de reclamações da Toyota Hilux é o sistema de direção. Alguns donos relatam vibração no volante como se o carro estivesse com folga, tanto no sistema hidráulico quanto no novo, que tem assistência elétrica.

Em pisos irregulares, parte dos movimentos são reproduzidos na direção, o que incomoda quem está dirigindo.

Em busca de solução, alguns donos dizem que a marca relata ser uma característica do produto. O que chama atenção é que não são clientes de primeira viagem, sendo ex-donos de gerações anteriores do produto. Um deles diz que o modelo atual chega a ser inferior ao antigo.

Outra aspecto criticado é a capacidade de frenagem, que é tida como insuficiente para o porte do modelo. Em fórum de proprietários de picapes, o problema é tido como “crônico” na Toyota Hilux. O motivo estaria no empenamento dos discos de freio, ocasionando inclusive vibração no volante durante as frenagens.

Um relato fala de sete trocas de pastilhas e discos de freio ainda durante o período de garantia, nesse caso específico, o modelo era 2005/2006. A alegação da montadora é que o cliente fez uso indevido do produto, mas o mesmo já teria tido outras picapes e em nenhuma delas ocorreu o problema.

Outros casos com veículos bem mais novos também ocorreram.

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Barulhos e ruídos

Por fim, barulhos e ruídos. Alguns proprietários da Toyota Hilux reclamam de barulho excessivo na suspensão do veículo, especialmente nos feixes de molas do eixo traseiro. Em um caso, o dono levou a picape duas vezes (em revisões de 20 mil e 30 mil km) para verificação dos ruídos na suspensão traseira e foi dito que o problema seria solucionado com a troca dos feixes de molas.

Depois foi oferecido limpeza dos mesmos, mas com o aviso de que se sujarem novamente, outro serviço de custo considerável teria de ser feito. Alguns proprietários relatam ruídos também no eixo dianteiro.

Em muitos dos casos relatados, o maior problema para os clientes é tempo e dinheiro perdidos com o veículo parado na assistência autorizada, sem nenhum carro reserva e com dias e semanas sem outro veículo para continuar o trabalho.

A longa distância entre os clientes e a rede autorizada também é outro ponto que amplia os problemas de quem precisa do veículo, geralmente no meio rural ou em cidades pequenas, longe dos grandes centros.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X