Toyota Yaris Sedan XS 2025: Interior de qualidade com motor robusto, mas design já merece uma atualização

 

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A Toyota marca presença no mercado de sedans compactos com o Yaris, que rivaliza com Onix Plus, Virtus, City e Versa.

O modelo tem apenas opção com motorização aspirada, se posicionado de forma mais conservadora que Onix e Virtus, por exemplo.

A versão XS é a intermediária e avaliamos uma na concessionária. A unidade avaliada contém alguns itens opcionais que não vêm de série, como soleiras, frisos e sensores de estacionamento.

Os detalhes você confere abaixo:

A Versão XS parte de R$ 115.490,00 e vem de série com:

7 airbags, controle eletrônico de estabilidade e de tração, luzes de rodagem diurna (DRL), assistente de subida, TSS (Toyota Safety Sense) com sistema de pré-colisão e alerta de evasão de faixa, rodas de liga leve 15″, aerofólio traseiro, acabamento interno do volante e das portas em couro e dos bancos, parte em couro, parte em tecido, central multimídia 7″ com 4 alto-falantes, 2 tweeters, conexão Android Auto e Apple CarPlay, Smart Entry, sistema de destravamento das portas por sensores nas chaves e mais.

Desempenho mediano com motor robusto

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O Yaris é equipado com o motor 1.5 Dual VVT-i, que rende 110 cv e 14,9 kgfm de torque no etanol, enquanto na gasolina são 105 cv e 14,3 kgfm de torque.

A transmissão é do tipo CVT com modo semi-sequencial de 7 velocidades.

Com esse conjunto, o Yaris acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 12s, enquanto sua velocidade máxima é de pouco mais de 170 km/h.

Os números são aceitáveis dependendo da preferência do usuário, porém ficam bem aquém de seus rivais turbo.

Tanto a transmissão quanto a motorização são conhecidos por sua robustez e confiabilidade.

O Onix Plus faz o 0 a 100 km/h em cerca de 10,4s e tem velocidade máxima limitada a 187 km/h.

Já o Virtus TSI tem o 0 a 100 km/h próximo dos 10,5s e velocidade máxima de 201 km/h.

O City, mesmo não sendo turbo, também anda melhor, de 0 a 100 km/h em cerca de 10,5s, com velocidade máxima de 186 km/h.

Falando de consumo, o Yaris, no etanol, faz 9,2 km/l na cidade e 10,6 km/l na rodovia.

Na gasolina, faz 12,7 km/l e 14,9 km/l respectivamente.

O Honda City tem números de consumo muito parecidos com o Yaris.

O Onix Plus, com motor turbo e câmbio automático, faz, no etanol, 8,6 km/l na cidade e 11,1 km/l na rodovia.

Na gasolina, são 12,1 km/l na cidade e 15,8 km/l na rodovia.

O Virtus tem números de consumo parecidos com os do Onix Plus.

Design merece atualização

Perante os rivais, o Yaris demonstra mais sinais de cansaço, com design defasado em relação à concorrência.

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Visto de frente, a porção central do para-choque é inteiramente acabada em preto, se unindo à grade inferior, dando um certo aspecto de agressividade (mesmo que pouco).

O conjunto lembra um pouco o Corolla de geração anterior, somado aos faróis com desenho pontiagudo, voltados para o logo da Toyota.

A grade superior é bem simples, com linhas horizontais, termina em um detalhe prata que abriga o logo da Toyota, de fundo preto e linhas cromadas.

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Nas extremidades do para-choque, um rebaixo abriga os faróis de neblina, que têm um acabamento preto. O conjunto traz uma ligeira esportividade para a dianteira.

O capô tem vincos que seguem em direção ao acabamento no meio da grade superior e uma dobra em direção ao meio dos faróis.

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As rodas de aro 15” não chamam a atenção, seja pela cor ou pelo desenho, mas de qualquer forma combinam com a proposta conservadora do modelo.

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O teto tem uma caída suave, que continua até o porta-malas, quase sem mudar sua angulação até o final da carroceria.

As lanternas são grandes, se estendem (e bastante) em direção à lateral.

A maior parte da área delas é vermelha, mas a porção inferior transparente.

Na tampa do porta-malas, o logo da Toyota, o modelo “Yaris” e a versão “XS” estão presentes nos emblemas cromados.

O para-choque é totalmente pintado na cor do veículo.

Interior de qualidade, com desenho sóbrio

Obviamente, não se trata do interior de um carro de luxo, ele ainda é um carro de “entrada”, apesar do preço.

A qualidade dos materiais utilizados na construção é nitidamente melhor que boa parte dos seus rivais nas versões intermediárias.

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Na forração de portas, boa parte recoberta por materiais de toque macio, tem um design liso, sem muitas texturas aplicadas.

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O volante tem um design sóbrio, sem apelo esportivo algum, totalmente circular, com comandos multifuncionais e costuras aparentes no aro e na capa do airbag.

O cluster é analógico e possui apenas um mostrador digital, tem aros cromados e um design diferenciado, com mostradores parcialmente sobrepostos, foge um pouco da mesmice que está tomando conta dos clusters digitais.

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A multimídia fica encaixada no painel, sendo mais funcional que estética, passa batido no conjunto e não chama tanto atenção como de alguns modelos.

Nas unidades 2024/2025, a multimídia foi substituída por uma versão mais nova, mas conceitualmente não houve alteração no conjunto.

O ar-condicionado digital traz um pouco mais de sofisticação para o sedan.

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O console central, assim com a manopla do câmbio, são bem simples e com um desenho ultrapassado, parecem ter vindo de um projeto de algumas décadas.

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Os bancos têm uma mescla de tecido e couro, interessante pois traz conforto e sofisticação para o conjunto.

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O espaço para as pernas no banco de trás é bom.

Vende mais que City e Versa, menos que Onix e Virtus

A categoria de sedans compactos é bem disputada, pelo menos da segunda colocação para baixo.

O líder Onix Plus reina absoluto no segmento, no acumulado até julho de 2024, emplacou 34.771 unidades.

O segundo colocado, Virtus, emplacou quase metade, 17.982 unidades.

O Yaris está na terceira colocação, tendo emplacado 12.063 unidades.

City em quarto com 7.901 e Versa em quinto com 7.277 completam o ranking.

O mercado gosta do Yaris, basta ver que é o que tem o visual mais cansado, menor desempenho e só ganha de alguns modelos no quesito acabamento e robustez.

Se a Toyota acertar a mão na nova geração do modelo, arrisco dizer que podemos ter uma reviravolta no segmento.

Porém, como a montadora costuma ser comedida em suas apostas, provavelmente não haverá versão turbo, motorização que caiu na graça dos brasileiros.

Sem essa opção, provavelmente não será capaz de brigar com Onix e Virtus, mantendo a competição restrita à medalha de bronze.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.