VW Parati – conheça seus problemas

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A VW Parati foi uma perua que a marca alemã emplacou no Brasil entre 1982 e 2012, tendo sido produzida por 30 anos, ganhando nesse tempo, duas gerações com três atualizações, com duas delas consideradas como gerações.

Uma das mais famosas peruas do mercado nacional, a VW Parati foi um carro robusto e confiável, apesar de simples e pouco ergonômico, que foi vendida apenas com duas portas por 15 anos.

Derivada do Gol, a Parati teve motores 1.6 e 1.8 (veja também Parati Track & Field G3 e G4: anos e detalhes), das linhas MD e AP, além do ex-CHT, chamado AE com 1.6 litro. Teve ainda versão GTI com motor 2.0 16V de até 146 cavalos, além de 2.0 8V.

Nos fim dos anos 90, ganhou novos motores da família EA111 com destaque para o 1.0 16V e o 1.0 16V Turbo de 112 cavalos. Ela morreu aos 30 anos junto aos motores com os quais nasceu…

Os proprietários das gerações da VW Parati da primeira geração, a quadrada, reclamam bastante do nível de ruído elevado e acabamento que faz muito barulho.

Na segunda geração, que compreende os modelos G2, G3 e G4, o acabamento ainda é criticado, mesmo assim como defeitos relacionados com correia dentada, turbina, baixa qualidade dos materiais, entre outros.

Problemas na suspensão na quadrada

A VW Parati G1, conhecida popularmente como quadrada, era um projeto simples, mas que tem alguns defeitos e problemas que os donos apontam.

Apesar da fama de robusta e confiável, a perua clássica da Volkswagen tem relatos que apontam para defeitos na suspensão, em especial nas torres dos amortecedores, o que gerava também desconforto.

Existem relatos de donos que reclamam que a Parati batia muito a suspensão sem ter motivo para isso, como sobrepeso ou passagem por depressões grandes ou lombadas exageradas.

Vários reclamam da dureza do conjunto, o que incomoda bastante em viagens longas ou no dia a dia de trabalho.

Muitos donos também dizem que o nível de ruído do motor é elevado, o que prejudica muito o conforto interno. A falta de isolamento acústico adequado é apontado por alguns como o motivo.

Outra fonte de ruído quase unanime é o painel, que produz muito ruído e vibração quando o carro passa em pisos irregulares.

Nos modelos da VW Parati G1 com carburador eletrônico, alguns donos reclamam de falhas no funcionamento e dificuldade em ajustar o dispositivo de alimentação, o que deixa o carro fraco e com alto consumo.

Isso acontece nas últimas unidades dessa geração, como numa Parati GLS 95, que o dono diz apresentar tal problema. Outros falam em dificuldades na partida.

Parati G2, G3 e G4 – acabamento e materiais

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Já nas gerações G2, G3 e G4, que em realidade são o mesmo carro com duas atualizações de estilo, alguns donos de VW Parati também reclamam do acabamento, que gera ruídos e até desprendimento de algumas partes.

Outros, nesse caso, apontam a baixa qualidade dos materiais, especialmente no modelo G4, que foi simplificado nas mudanças feitas pela marca em seu fim de vida.

Nesse caso, um defeito apontado por muitos donos é o painel de instrumentos pequeno demais, inspirado no Fox de 2003, que é de difícil leitura para muitos dos donos da G4.

Nas gerações G3 e G4, a VW Parati apresenta um defeito nos bicos de injeção, segundo alguns proprietários, que relatam falhas no funcionamento dos motores AP-1600 e AP-1800, obrigando a limpeza de bicos com certa frequência.

Um deles chega a dizer que é necessária a limpeza dos bicos a cada 5 mil km, indicando uma possível falha no filtro de combustível ou qualidade dos próprios injetores, fora a questão do combustível.

Ainda na parte do motor, vários relatos falam de VW Parati G2, G3 e G4 com problemas na partida. O motivo seria o motor de arranque, que fica arranhando.

Um proprietário chegou a dizer que precisava dar partida várias vezes para o carro pegar, sempre com o dispositivo fazendo ruído de engrenagem.

Outros disseram que o automático do motor de partida não retorna, ficando preso ao volante, queimando assim o dispositivo que gira o propulsor.

Algumas trocas e consertos são relatadas na internet. O problema geralmente ocorre nos motores AP.

Também relatam que o esticador de correia desses motores apresentam defeito bem antes do prazo de vida útil, gerando enorme ruído e colocando o motor fora de ponto.

1.0 16V Turbo

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A VW Parati com motor 1.0 16V Turbo é criticada por alguns donos que tiveram dor de cabeça com o turbocompressor. Alguns relatam que o dispositivo possui entrada de óleo no rotor e que o motor o queima junto com a gasolina.

Isso gera não só fumaça excessiva, mas detona também o catalisador e ainda por isso acelera a formação de depósitos de carbono na câmara.

Aliás, a carbonização excessiva também é outro problema apontado por donos de VW Parati com esse motor. Ainda em relação ao turbo, um proprietário trocou duas vezes a turbina em sua Parati G3 1.0 16V Turbo.

A luz do óleo que acende também é a causa de mais reclamações, sendo que um proprietário da Parati 16V Turbo chegoua retificar o mesmo motor duas vezes.

Mais defeitos e problemas

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Outros donos de VW Parati G2/G3/G4 reclamam que a suspensão é fraca, necessitando de troca de buchas e pivôs, além de substituição de rolamentos das rodas traseiras, que segundo um deles, se desgastam com pouco tempo de uso.

Alguns dizem que, além da dureza excessiva do conjunto, a suspensão facilmente bate no fim do curso, gerando ruídos e desconforto.

Além disso, outros se queixam de freios que endurecem e perdem eficiência, necessitando de troca de discos e pastilhas, bem como de vistoria regular.

Um deles disse que o carro, mesmo pouco rodado, apresentava endurecimento do pedal de freio e, após algumas bombadas, ficava muito baixo, retornando novamente ao problema anterior.

Já nas demais partes da VW Parati G2/G3/G4, alguns donos falam que o porta-luvas faz muito barulho e abre sozinho durante a condução, especialmente no modelo G4. Alguns conseguiram consertar a tampa do porta-luvas.

A entrada de água pela tampa do bagageiro é relatada por donos dos três modelos, sendo um defeito que nenhum deles explicou como ocorre e nem mesmo se teve solução.

Problemas com alarme, que ativa na chave, mas pode ser aberto sem disparar com uma cópia precisa, são apontados por outros donos da VW Parati.

Em termos de recall, a VW chamou os donos de Parati em 97 para a troca de um parafuso na coluna de direção, que poderia se romper e provocar a perda de controle do veículo. O motivo era a dureza excessiva da peça.

A VW convocou os proprietários de Parati 2002 no mesmo ano, devido ao cavalete/pinça de freios, que poderia ser substituído após análise.

O motivo era a possível formação de gases devido ao processo de cromação dos pistões de freio, que poderiam contaminar o fluído do sistema e comprometer sua eficiência em parar o veículo.

A Parati teve três unidades de 2009 a 2011 recolhidas por serem de “pré-série”, não podendo rodar por motivos legais, foram todas recompradas no começo de 2019.

Além disso, em anos recentes o modelo seguiu apresentando alguns defeitos relatados por seus donos na internet. Entre eles, temos reclamações referentes a peças com defeito e serviços ruins na concessionária.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X