A Bugatti acaba de dar um passo ainda mais ousado em direção ao luxo extremo. Nesta semana, a marca francesa revelou o nome de seu próximo supercarro: Solitaire.

E não se trata de apenas mais um modelo exclusivo com edição limitada — estamos falando de uma peça única, literalmente.

O Solitaire é o primeiro carro de um novo programa da montadora que prevê a produção de veículos one-of-one, ou seja, únicos no mundo, feitos sob medida para cada comprador.

O anúncio marca um retorno simbólico às origens da marca, que na década de 1930 já se destacava por criar modelos sob encomenda para nobres e magnatas.

O icônico Type 57 SC Atlantic, concebido por Jean Bugatti, é talvez o melhor exemplo dessa era em que o automóvel se confundia com arte — um tempo em que um carro era esculpido, não montado.

Ainda não há indícios de que a linha atual da Bugatti será descontinuada.

O que se observa, na verdade, é uma mudança estratégica: manter os modelos de produção artesanal, mas apostar alto em criações verdadeiramente exclusivas, personalizadas até o último detalhe, como forma de atender a um público que já não se impressiona com “edições limitadas”.

A escolha de voltar ao estilo coachbuilt, em que o veículo é projetado sob medida fora das exigências de produção em série, não é aleatória.

Em um cenário global onde a concentração de riqueza atinge níveis históricos, o mercado para carros únicos e absurdamente caros parece mais promissor do que nunca.

Em outras palavras, talvez seja mais fácil vender um Bugatti de US$ 5 milhões do que dez modelos de US$ 500 mil.

Até agora, a única imagem divulgada do Solitaire é um teaser enigmático que pouco revela, mas já alimenta a curiosidade sobre o que está por vir.

A Bugatti descreve o carro como uma “celebração da elegância e da graça”, um manifesto de design e sofisticação que, mesmo soando pomposo, está perfeitamente alinhado com o DNA da marca.

Os detalhes completos sobre o Solitaire serão revelados oficialmente na próxima quinta-feira, dia 7 de agosto.