Uma política de longa data na Califórnia, que permite aos veículos elétricos entrar nas faixas de alta ocupação sem precisar de passageiros adicionais, está prestes a chegar ao fim em 30 de setembro de 2025, a menos que seja prorrogada.

Originalmente criada em 1998 para incentivar o uso de veículos limpos, a lei tem ganhado cada vez mais relevância, mas agora enfrenta ameaças em meio a uma onda de revisões nos incentivos para EVs.

Imagine a cena: a icônica ponte Golden Gate, símbolo de inovação e progresso, enquanto os números do Departamento de Veículos Motorizados (DMV) mostram que em 2024 foram emitidos 194.486 adesivos de Veículos com Ar Limpo, um aumento de 52% em relação a 2023.

Embora essa política tenha sido um incentivo valioso para a adoção de EVs, a popularidade crescente resultou em congestionamento nas faixas de caronas, desviando seu propósito original de aliviar o tráfego.

Nesse contexto, o deputado republicano Greg Wallis propôs estender o programa até 1º de janeiro de 2027, mas essa prorrogação depende de aprovação federal.

Os defensores do acesso às faixas de carona argumentam que ele ainda é um atrativo importante para a compra de veículos elétricos, especialmente agora que o ritmo de crescimento das vendas de EVs tem desacelerado. Grupos como a CALSTART, que lutam por um transporte mais limpo, acreditam que manter essa política é crucial para sustentar o ímpeto dos EVs na Califórnia.

Por outro lado, críticos apontam que essa medida acaba minando o objetivo principal das faixas de alta ocupação, que é reduzir o congestionamento.

Como alternativa, alguns sugerem a cobrança de pedágios para EVs nessas vias.

Em meio a esse debate, a política dos incentivos para veículos elétricos enfrenta um cenário político incerto, com discussões que vão desde a possível eliminação do crédito tributário federal de US$ 7.500 até a revogação da isenção que permite à Califórnia estabelecer padrões de emissão mais rigorosos.

Contudo, John Swanton, especialista do CARB, acredita que a perda do acesso às HOV terá impacto limitado, já que poucos compradores optam por EVs apenas por esse benefício.