Há 80 anos, o fogo da Segunda Guerra Mundial ainda não havia apagado, mas um pequeno veículo militar surgiu em sua primeira versão civil, já vislumbrando os tempos de “paz” que viriam após o grande conflito.
No âmbito civil, este veterano da Segunda Guerra ganharia também fora do campo de batalha e o Jeep CJ-2A se tornaria o primeiro modelo do jipe militar a ser oferecido aos consumidores comuns nos EUA.
Tendo sido feito para a guerra, o Jeep CJ-2A foi também um guerreiro em muitos lugares dentro e fora dos teatros militares. Com sua grande capacidade de ir a lugares remotos, o pequeno ajudou a desbravar territórios imensos como o Brasil, por exemplo.
O Jeep foi o pioneiro a exibir a icônica grade com sete fendas, um elemento de design que atravessou décadas e ainda define a identidade visual da marca, que se tornou popular por aqui entre os anos 50 e 70.
O próprio termo em português “jipe” existe porque o apelido dado por militares pegou tanto que virou a Jeep que conhecemos hoje.
Sua importância histórica é enorme e ele acabou dando origem à família CJ (Civilian Jeep / Jeep Civil), que seguiu até a década de 1980, cuja tradição continua viva até hoje nos modelos Wrangler, Gladiator e Renegade.
O espírito de liberdade e capacidade off-road que o CJ-2A ajudou a definir continua presente nos produtos da marca, todos com referência ao pai de todos eles.
Voltado ao trabalho no campo e na construção civil, o CJ-2A destacou-se por sua impressionante versatilidade, tendo acessórios como guincho, tomadas de força, assentos adicionais, cortador de grama, limpadores de para-brisa a vácuo e até aquecedor.
Até hoje, mesmo sem a marca Jeep de fato, este modelo continua a ser reproduzido e adaptado para usos comerciais e particulares pelo mundo.
Com 215 mil unidades fabricadas, o CJ-2A tinha o visual característico do Jeep pioneiro, o Willys MB, mas trazia inovações marcantes e detalhes únicos que o diferenciavam.
Ainda assim, componentes como a caixa de transferência Spicer 18 e os eixos flutuantes como Dana 25 na dianteira e Dana 23–2 na traseira tornaram-se uma referência em durabilidade e desempenho off-road, sendo adotados em diversos modelos da Jeep.
A partir do CJ-2A, o Jeep acabou evoluindo para o CJ-3A em 1949, sendo o segundo membro da linhagem, que trouxe melhorias estruturais como para-brisas de peça única e eixo traseiro reforçado, mantendo o motor original, de quatro cilindros com cabeçote em L.
Ele foi seguido pelo CJ-3B em 1953, que passou a ser montado no Brasil, em São Bernardo do Campo, pela Willys-Overland do Brasil.
Depois surgiu o CJ-5, fabricado de 1957 a 1982, e o CJ-6, introduzido em 1956 e produzido até 1975, ambos com eixos mais robustos, freios maiores e bitola mais larga.
A grande virada veio em 1961, com o lançamento do CJ-7, o primeiro Jeep a oferecer transmissão automática, teto rígido moldado e portas de aço como opcionais.
Com um entre-eixos maior e visual mais moderno, o CJ-7 foi um marco da Jeep. Já os atuais Wrangler e Gladiator mantêm viva a essência do CJ-2A, oferecendo robustez e extrema capacidade off-road.
Ao longo de quatro décadas, mais de 1,5 milhão de veículos CJ foram “alistados”, formando assim um enorme exército que preservou não somente o design clássico que marcou gerações, mas também a essência da Jeep.
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!