Você gosta de dirigir, mesmo que não seja obrigado a isso? Pois é, acredite, os ratos também... Uma pesquisa sobre os efeitos neurológicos sobre motoristas no dia a dia revelou que camundongos gostaram da experiência de controlar pequenos veículos.

Kelly Lambert, neurocientista da Universidade de Richmond, submeteu ratos de laboratório a atividades como dirigir pequenos veículos elétricos, por exemplo, mas também a estímulos como recompensas.

Tanto para recompensa física quanto emocional, respectivamente comida especial e felicidade, os ratos gostaram da experiência de ter o controle sobre um veículo robotizado.

O experimento envolveu o embarque do rato em uma pequena caixa de cereal com rodas, onde havia um fio que acionava o motor elétrico desse pequeno veículo improvisado.

Os roedores foram estimulados a fazer isso, entrar e acelerar. Todavia, mesmo sem estímulos, após alguma frequência, os ratos retornaram aos carrinhos e continuaram a dirigir, mesmo sem recompensas.

Lambert contou: “Os três ratos treinados para dirigir correram ansiosamente para o lado da gaiola, pulando como meu cachorro faz quando perguntado se ele quer dar uma volta.”

Feito pelo departamento de robótica da universidade, o Rat Car II recebeu evolução para que os ratos mais inteligentes possam ter mais atribuições a bordo dos carrinhos.

Eles receberam fiação e pneus à prova de ratos, bem como alavancas de direção ergonômicas, ficando "semelhantes a uma versão roedora do Cybertruck da Tesla", disse Lambert.

A pesquisadora fala da neuroplasticidade para apoiar a decisão do experimento, sendo essa a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar continuamente em resposta às experiências da vida.

Cheios de dopamina, os ratos embarcaram no carrinho e imediatamente aceleraram. Foram apresentadas três rotas e dois roedores optaram pelo caminho mais longo.

Lambert finalizou: “Essa resposta sugere que os ratos gostam tanto da jornada quanto do destino recompensador”. No vídeo abaixo:

https://youtu.be/1by4qHbTZ74