Na hora de comprar um carro novo, muita coisa passa pela cabeça do consumidor: desempenho, consumo, espaço, tecnologia, preço...
Mas um dos fatores mais importantes — e muitas vezes ignorado — é a confiabilidade. Afinal, o carro não serve apenas para te levar até o destino, mas também para te trazer de volta.
A Consumer Reports, famosa publicação americana, analisou milhares de relatos de proprietários para montar um ranking atualizado das montadoras com os veículos mais problemáticos da atualidade.
O resultado? Algumas marcas consagradas estão decepcionando, e os consumidores precisam ficar atentos.
Durante décadas, “engenharia alemã” foi sinônimo de qualidade e robustez. A Volkswagen, marca do “carro do povo”, sempre se destacou por modelos duráveis como o Golf e o Jetta.
Mas a realidade mudou: hoje, a VW amarga a 18ª posição entre as 22 marcas avaliadas — ou seja, está entre as cinco piores do ranking.
Curiosamente, a Audi — que também pertence ao Grupo VW — aparece em 7º lugar. Ou seja, dá para fazer melhor. O problema parece estar na execução dos modelos mais acessíveis.
O povo merece preço justo, mas sem abrir mão de confiabilidade.
Já a Jeep construiu sua reputação como símbolo de resistência. De campos de batalha à selva urbana, seus carros sempre prometeram chegar a qualquer lugar.
Mas segundo a Consumer Reports, o que não se pode garantir é que eles voltem.
A marca ocupa o 19º lugar no ranking de confiabilidade e, pior ainda, aparece como a penúltima colocada (25º de 26) entre os carros usados.
Em queda de vendas desde 2018, a Jeep precisa urgentemente recuperar a confiança de seus clientes — e parar de depender apenas da mística dos “sete slots” na grade frontal.
A GMC adora se vender como a marca da força bruta. Suas picapes e SUVs são enormes, parrudos e cheios de marketing agressivo.
Mas na prática, o consumidor tem outra experiência: 20º lugar na confiabilidade, com destaque negativo para a Canyon, que mais quebra do que sobe montanhas.
A força visual não basta quando a parte mecânica deixa a desejar. A marca precisa mostrar que sabe fazer mais do que carros bonitos nas propagandas de TV.
A Cadillac já foi a referência máxima em luxo americano. Hoje, tenta equilibrar tradição com modernidade e se reinventar com modelos como o elétrico Celestiq, que custa surrealmente US$ 350 mil. Só que nem todo esse luxo se traduz em confiança.
A marca é a penúltima colocada no ranking geral de confiabilidade, com o SUV elétrico Lyriq sendo duramente criticado.
Ironia: entre os modelos usados, a Cadillac ainda vai bem (10º lugar), o que mostra que o problema é recente — e grave.
A startup Rivian começou bem: seus SUVs e picapes elétricas R1S e R1T impressionaram críticos e motoristas. A marca recebeu nota máxima em satisfação dos donos.
Mas, quando o assunto é confiabilidade, o tombo é feio: último lugar no ranking da Consumer Reports.
Para piorar, a frota de vans entregues para a Amazon — também feitas pela Rivian — vem sofrendo com incêndios.
Uma startup pode até errar no começo, mas se quiser sobreviver, precisa corrigir rápido. Ou vai queimar não só suas baterias, mas também a confiança do mercado.
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