A decisão de trazer de volta o lendário motor Hemi V8 para a picape Ram 1500 teve um impacto imediato e surpreendente.
Em apenas 24 horas após o anúncio oficial, a marca recebeu mais de 10 mil pedidos, sinal claro de que o público não havia esquecido — nem perdoado — a ausência do motor por um ano.
O retorno foi liderado por Tim Kuniskis, CEO da Ram, que admitiu publicamente que retirar o Hemi foi um erro estratégico.
Ele reconheceu que a decisão afastou uma parte leal da base de clientes da marca, especialmente os entusiastas de motores V8, chamados por ele de "contadores de cilindros".
Com a ameaça de perder consumidores para Ford e General Motors, a Ram decidiu agir rápido.
O motor de 5,7 litros volta como opção de 1.200 dólares nos modelos equipados da linha Ram 1500. Ele entrega 395 cavalos e aproximadamente 56,6 kgfm de torque, superando o motor V6 de entrada, mas ficando atrás do Hurricane 3.0 turbo, que atinge 420 cavalos e 63,8 kgfm.
Mesmo assim, a conexão emocional com o Hemi parece ter falado mais alto.
Para se ter uma ideia do impacto, no segundo trimestre a marca vendeu pouco mais de 51 mil unidades de suas picapes leves. Ou seja, só em um único dia, a nova Ram com motor Hemi garantiu quase 20% desse volume trimestral.
Apesar do entusiasmo inicial, Kuniskis alertou que os primeiros meses da reintrodução do motor devem enfrentar desafios na produção, pois a demanda superou as expectativas e o ritmo de fabricação ainda está sendo ajustado.
A iniciativa foi batizada internamente como Programa F15 e reflete uma mudança na postura da empresa, que agora parece mais aberta a ouvir seus clientes e reconhecer quando algo não funciona.
O retorno do Hemi não é apenas uma resposta comercial, mas também um gesto simbólico de reconexão com a alma da marca e com os apaixonados por desempenho e tradição.
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