29 milhões de dólares: Mary Barra, CEO da GM, recebeu em 2024, 300 vezes mais do que o funcionário médio da empresa

mary barra gm (2)
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Mary Barra, CEO da General Motors, não é conhecida por cortar caminho.

Em uma indústria dominada historicamente por homens, ela subiu à liderança de uma das maiores montadoras do planeta com base em resultados concretos. E, ao que tudo indica, inteligência continua sendo sua principal vantagem competitiva.

Barra, de 63 anos, teve um 2024 financeiramente excelente.

Seu pacote de remuneração anual chegou a US$ 29,5 milhões — um aumento de 6% em relação a 2023, segundo dados divulgados pela GM à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Enquanto isso, o salário médio dos funcionários da empresa foi de US$ 95.111, o que significa que Barra ganhou cerca de 310 vezes mais do que o trabalhador médio da montadora.

mary barra gm (1)
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A justificativa para o aumento? Simples: desempenho.

Segundo a GM, Barra atingiu metas estratégicas e ajudou a empresa a bater recordes de lucro, o que rendeu à executiva o topo do ranking entre as CEOs das Três Grandes de Detroit. Ela superou Jim Farley, da Ford, e Carlos Tavares, que deixou a Stellantis no fim de 2024.

Detalhamento do salário milionário

Do total recebido por Barra, US$ 2,1 milhões correspondem ao salário fixo, inalterado desde 2017.

O grosso veio dos US$ 19,5 milhões em ações ligadas ao desempenho financeiro da empresa, US$ 6,6 milhões em bônus por metas atingidas e outros US$ 1,2 milhão em benefícios como planos de previdência, seguros e veículos da empresa.

Em carta enviada aos acionistas, Wesley Bush, presidente do Comitê de Remuneração da GM, destacou que o modelo de remuneração foi decisivo para o desempenho histórico da empresa.

“Nossa execução disciplinada no negócio de combustão interna, somada aos investimentos estratégicos em veículos elétricos e software, está dando resultado”, escreveu. Ele ainda celebrou o aumento de 50% no valor das ações da GM em 2024.

Ainda assim, Bush fez questão de advertir: “Não há espaço para complacência. Como nossa CEO costuma dizer, não confunda progresso com vitória.”

Enquanto isso, em outras montadoras…

Nem todos os CEOs da indústria automotiva tiveram um ano tão generoso. Jim Farley, da Ford, viu sua remuneração cair 6%, totalizando US$ 24,8 milhões.

O motivo? A marca falhou em cumprir metas relacionadas à qualidade, sendo novamente afetada por um número elevado de recalls — apesar de uma leve melhora em relação a anos anteriores.

Já Carlos Tavares, que comandou a Stellantis até dezembro, também teve um recuo considerável. Saiu com US$ 24 milhões no bolso — um valor ainda alto, mas bem abaixo dos US$ 39,5 milhões recebidos em 2023.

Mesmo com um lucro de US$ 5,8 bilhões no ano, a Stellantis fechou o segundo semestre com prejuízo de US$ 133 milhões, o que gerou insatisfação entre investidores.

Esses contrastes evidenciam que o cenário automotivo está mais competitivo do que nunca, e que o sucesso — ou o fracasso — não passa despercebido, especialmente quando se trata da remuneração dos principais executivos.

No caso de Mary Barra, o mercado parece ter aprovado sua liderança. Pelo menos por enquanto, ser “a mais esperta da sala” continua rendendo bem.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.