
A Audi está planejando um movimento ainda mais ousado para o mercado de luxo, elevando a marca para um patamar mais prestigiado com substituições ainda mais sofisticadas para o sedã A8 e os SUVs Q7 e Q8, que atualmente ocupam o topo da linha.
O conceito Grandsphere, revelado em 2021, já indicava que a próxima geração do A8 poderia entrar no território das marcas de alto luxo.
Além disso, a possibilidade de um SUV ainda maior e mais requintado foi sugerida pelo conceito Urbansphere, apresentado em 2022.
Agora, a montadora do Grupo Volkswagen está estruturando sua estratégia para ser vista como uma marca ainda mais sofisticada e exclusiva.

“Nós estamos dando um passo à frente em termos de premium, aumentando o prestígio, a atratividade e a percepção da marca.
Estamos mais interessados na qualidade do negócio do que na quantidade”, afirmou Jose Miguel Aparicio, novo chefe da Audi no Reino Unido, em entrevista a Auto Express.
Segundo Aparicio, a chegada de novos modelos em segmentos superiores, como o novo A6 (com versões a combustão e elétrica), além dos SUVs Q6 e-tron e Q5, elevará o público-alvo da marca.

“Estamos aumentando significativamente o centro de gravidade em termos de preço, pois estamos mais presentes nesses setores. O número de clientes nos segmentos C e D que queremos atingir está crescendo”, explicou.
“Isso significa um aumento significativo nos preços, e para fazer isso com sucesso, precisamos criar desejo e atração pela marca. A inovação do produto é essencial, mas também precisamos oferecer uma experiência premium ao cliente. Estamos falando de uma evolução, subindo um degrau”, acrescentou.
Para Aparicio, há espaço dentro do Grupo Volkswagen para que a Audi eleve sua imagem sem interferir diretamente no território de marcas como Bentley e Porsche. “O luxo é coberto por Bentley e Porsche, mas o mercado premium tem muitos segmentos e diferentes formas de oferecer valor ao cliente”, disse.

“Não é uma mudança radical, é uma evolução que precisa ser acompanhada por ajustes na experiência do consumidor. Isso é algo que precisamos desenvolver com nossos parceiros de varejo.”
A transição para os veículos elétricos oferece às marcas uma nova oportunidade de redefinir sua imagem, mas também traz desafios. Aparicio reconhece que essa mudança exige que a Audi continue a justificar seu status premium.
“Uma nova era está começando e as regras estão mudando, então não podemos assumir que quem foi premium no passado será automaticamente o vencedor no futuro. Precisamos conquistar esse status”, afirmou.

“É fundamental garantir que temos valor na nossa linha de produtos e que a experiência do cliente nos assegure esse posicionamento no mundo dos veículos elétricos.”
Com essa estratégia, os conceitos Grandsphere e Urbansphere podem se tornar realidade, mas é provável que esses modelos só cheguem às ruas no final da década.


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