A Hyundai voltará a usar botões físicos no interior de seus modelos, pois seus clientes se mostram “estressados e irritados” com comandos em telas

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Os carros e SUVs modernos da Hyundai, falando aqui dos modelos vendidos lá fora, têm se destacado pelo interior bem projetado, com materiais de qualidade e alta tecnologia, principalmente considerando suas faixas de preço.

O Hyundai Santa Fe 2024 é um excelente exemplo dessa evolução, oferecendo recursos como carregadores de celular sem fio duplos e até uma bandeja com luz ultravioleta para higienizar itens pessoais, como celular e chaves.

No entanto, uma coisa que os clientes americanos não encontrarão nos modelos recentes da marca são os controles de tela sensível ao toque para funções simples, como ajuste do clima.

Isso acontece por uma razão clara: esse tipo de interface irrita o público dos EUA.

Segundo o Korea JoonAng Daily , um executivo da Hyundai explicou recentemente que a montadora chegou a experimentar o uso de uma tela sensível ao toque para todas as funções – navegação, mídia e controle de clima.

No entanto, os grupos focais (grupos de pesquisa) mostraram que os consumidores americanos preferem botões e botões giratórios para ajustes rápidos.

Diferente dos controles físicos, as telas sensíveis ao toque costumam exigir mais atenção, já que algumas funções ficam escondidas em submenus, o que torna o uso no trânsito algo frustrante, e até mesmo perigoso.

O Vice-Presidente da Hyundai , Ha Hak-soo, comentou sobre a experiência: “Quando testamos com nosso grupo de foco, percebemos que as pessoas se estressam e ficam incomodadas quando precisam ajustar algo rapidamente e não conseguem.”

A popularidade dos grandes painéis de toque, como os introduzidos pela Tesla, influenciou várias montadoras, incluindo a própria Hyundai. Contudo, a marca coreana parece ter percebido que o encanto inicial pode não justificar os problemas de usabilidade.

A Hyundai não está sozinha nessa abordagem. Marcas como Aston Martin também têm métricas internas para avaliar o nível de irritação causado pelos controles internos.

Batizado informalmente como “piss-off factor”, esse critério define que, se um controle gera insatisfação nos designers durante o uso, ele deve ser descartado.

Para o diretor de design da Aston Martin, Miles Nurnberger, controles de volume ou temperatura que exigem múltiplos toques na tela digital perdem a experiência do cliente, tornando o uso do veículo menos intuitivo e mais frustrante.

Essa preferência pelo controle físico é um sentimento compartilhado por muitos consumidores e especialistas, que valorizam a rapidez e a facilidade de um botão ou botão giratório.

Além disso, há uma sensação tátil única que um botão de qualidade oferece, algo impossível de replicar em uma tela sensível ao toque.

Assim, o compromisso da Hyundai em oferecer controles físicos reflete a compreensão da marca sobre o que realmente importa para seus clientes – uma direção mais segura e menos estressante.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.