A tão aguardada chegada da picape elétrica da Ram ao mercado continua sendo adiada, frustrando as expectativas de consumidores e entusiastas.
A promessa inicial, feita ainda em 2021, era de que a marca lançaria um modelo totalmente elétrico em 2024.
Mas a realidade é bem diferente: após sucessivos atrasos, a Stellantis confirmou ao Crain’s Detroit Business que o Ram 1500 REV só chegará às lojas no verão de 2027, como modelo 2028.
A justificativa oficial para o novo adiamento é a “queda na demanda dos consumidores por picapes elétricas de meia tonelada”.
No entanto, o histórico da Ram com esse projeto mostra que as dificuldades vão além da simples desaceleração do mercado.
O modelo Ram 1500 REV foi apresentado em fevereiro de 2023 com visual de produção e expectativa de lançamento já para o ano seguinte. Nada disso se concretizou.
Ao longo de 2024, a Stellantis foi empurrando o cronograma para 2025, depois para 2026, e agora a nova previsão aponta para meados de 2027.
O curioso é que até mesmo o Ramcharger, versão com extensor de autonomia a gasolina que deveria chegar antes, também foi adiado para o primeiro trimestre de 2026.
A empresa afirma que o adiamento do Ramcharger se deve à necessidade de ampliar o período de validação da qualidade, mas o cenário geral indica uma dificuldade maior da marca em entregar esses produtos conforme anunciado.
Além dos atrasos, há também uma redução nas promessas.
Documentos vazados no início de 2025 indicaram que a Ram teria cancelado a versão de longo alcance do 1500 REV, que prometia 500 milhas de autonomia.
Com isso, restaria apenas a configuração padrão, com alcance estimado de 350 milhas (cerca de 560 km).
A situação lembra outros casos emblemáticos de promessas infladas no segmento de picapes elétricas, onde atrasos e cortes de especificações têm sido frequentes.
O Cybertruck, da Tesla, passou por uma trajetória semelhante, com longos períodos de espera e especificações revisadas para baixo.
Enquanto isso, a Stellantis segue priorizando versões tradicionais de combustão e híbridas em seus lançamentos mais imediatos.
O cenário deixa claro que, ao menos por enquanto, a aposta total em veículos elétricos no segmento de picapes grandes ainda enfrenta obstáculos técnicos, econômicos e de mercado.
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