A transição para EVs não está acontecendo como o previsto, então as montadoras estão tendo que se virar

mercedes benz eqb 250 avaliação na (10)
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A indústria automotiva global se preparava para uma virada definitiva rumo à eletrificação total, mas o tempo passou, e essa transição simplesmente não aconteceu como o previsto.

Agora, grandes fabricantes como Mercedes-Benz, BMW e Volkswagen se veem obrigadas a segurar tecnologias que juravam abandonar: os motores a combustão e os híbridos voltaram com força à mesa de projetos.

A Mercedes-Benz, que até pouco tempo apostava em uma linha puramente elétrica, já admite que terá de oferecer versões a gasolina, híbridas e elétricas de seus próximos lançamentos.

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E ela não está sozinha: o grupo Volkswagen e a BMW enfrentam o mesmo dilema. As previsões otimistas de que os EVs conquistariam 25% do mercado e, a partir daí, explodiriam em vendas, não se confirmaram.

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Nos Estados Unidos, por exemplo, os números mal ultrapassam os 10%.

Sem essa massa crítica, todo o plano de transição fica comprometido. O consumidor ainda encontra muitas barreiras: preços altos, infraestrutura de recarga insuficiente, recargas lentas e problemas de desempenho em climas extremos.

Além disso, leis sancionadas nos EUA praticamente eliminaram os incentivos fiscais para elétricos, tornando-os ainda menos atraentes em mercados estratégicos como o norte-americano.

Diante disso, os executivos das montadoras perceberam que não podem mais bancar a aposta exclusiva nos EVs.

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Manter motores a combustão e híbridos se tornou uma necessidade prática — são tecnologias maduras, lucrativas e já amortizadas em termos de investimento. Ignorá-las em nome de uma revolução que não se concretizou seria um erro estratégico.

Além disso, as montadoras não podem mais contar com as startups elétricas para criar demanda e abrir caminho. Tesla, Lucid e Rivian enfrentam dificuldades crescentes, e o “efeito novidade” que antes movimentava o mercado está perdendo força.

O que resta, então, é diversificar: continuar desenvolvendo baterias e EVs, mas sem abandonar os motores que ainda pagam as contas.

Essa mudança de direção é visível nos novos planos de produto. Mercedes agora aposta em arquiteturas modulares que comportem qualquer tipo de propulsão.

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A meta é atender o consumidor como ele quiser — e não como a indústria gostaria que ele comprasse. No fim das contas, o cliente manda, e ele deixou claro que a revolução elétrica terá de esperar.

Enquanto isso, a aposta em híbridos ganha espaço. Combinando eficiência energética com autonomia e praticidade, eles ocupam o meio do caminho entre o velho e o novo — e parecem ser o único território viável para a indústria neste momento.

A era dos elétricos ainda pode chegar. Mas até lá, os motores que seriam aposentados seguem vivos, rodando firme nas ruas e salvando as finanças de marcas que já estavam prontas para desligá-los para sempre.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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