Na próxima semana, o governo federal anunciará o IPI Verde, um novo sistema de tributação dos automóveis que recompensará, com imposto menor, veículos mais limpos e penalizará os mais poluidores.

Todavia, no programa do IPI Verde, também será apresentado o programa do “Carro Sustentável”, cuja vigência será até pelo menos o final de 2026.

O chamado Carro Sustentável dará isenção de IPI para carros de menor valor, mas obviamente a regra terá suas exigências para o automóvel ser beneficiado.

Segundo fontes ouvidas pelo Valor, os carros terão de ter potência abaixo de 90 cavalos e serão abastecidos igualmente por gasolina e etanol, ou seja, flex.

O incentivo será válido tanto para pessoa física quanto jurídica, bem como para locadoras e frotistas. Nesses casos, o carro terá de atender a alguns critérios, como eficiência energética, combustível e reciclabilidade, entre outros.

Não se falou em cilindrada, mas o que se sabe agora é que somente o motor 1.0 litro de aspiração natural atende aos requisitos, uma vez que, ao se falar em bicombustíveis, excluem-se elétricos.

A ideia é mesmo mover o produto nacional tradicional para fazer a indústria local mover na direção de volumes mais consideráveis e permitir que o consumidor tenha acesso mais fácil (ou menos difícil) ao carro.

Hoje, os motores 1.0 MPI da VW, Firefly 1.0 da Stellantis, CSS Prime 1.0 da GM, Kappa 1.0 MPi da Hyundai e Horse 1.0 da Renault atendem aos requisitos.

Nesse caso, modelos como Polo, Tera, Mobi, Argo, Cronos, C3, Basalt, 208, Onix, Onix Plus, HB20, HB20S e Kwid seriam beneficiados com o programa do “Carro Sustentável”.

Outro ponto interessante e que nos remete ao termo “SUV popular” que cunhamos há algum tempo, é que os VW Tera e Citroën Basalt se encaixam nesse perfil que seria beneficiado pela redução de IPI.

Assim, veremos outros aparecerem nesta lista? Estamos falando apenas de um ano e meio de redução tributária, mas o governo federal pode prorrogar nos “45 do segundo tempo” de dezembro de 2026. Vamos ver…