
O cenário automotivo na China está mudando rapidamente, e os primeiros compradores de carros estão liderando essa transformação.
Uma nova pesquisa da Bloomberg Intelligence revelou que 47% dos chineses que pretendem comprar seu primeiro veículo nos próximos 12 meses escolherão um modelo totalmente elétrico.
O dado representa um salto expressivo em relação à última edição do levantamento, realizada em fevereiro, quando apenas 25% dos entrevistados declararam a mesma intenção.
A pesquisa ouviu mil pessoas em novembro e reforça a percepção de que os EVs estão deixando de ser nicho para se tornarem padrão na maior indústria automotiva do planeta.
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Entre os fatores que explicam essa mudança estão a maior variedade de modelos, os preços mais acessíveis, o avanço nas tecnologias de carregamento e o custo de manutenção reduzido em relação aos veículos a combustão.
Mesmo com persistentes preocupações sobre autonomia em climas frios e performance de baterias, a combinação entre tecnologia inteligente e infraestrutura crescente parece ter convencido os novos consumidores.
Entre os donos de carros que já estão no mercado, a tendência também é clara: 52% afirmam que seu próximo veículo será elétrico, contra 34% registrados na pesquisa anterior.
A China já lidera o mercado global de EVs em volume, mas também está se destacando por alcançar a tão falada paridade de preços entre carros elétricos e modelos a gasolina — algo ainda distante na Europa e nos EUA.

O interesse dos consumidores por recursos tecnológicos avançados também favorece marcas locais e gigantes da tecnologia como Huawei e Xiaomi, que vêm expandindo sua atuação no setor automotivo.
Segundo os analistas da Bloomberg, os EVs e híbridos devem, pela primeira vez, representar mais de 50% das vendas de carros novos na China este ano.
Desse total, mais de um quarto será composto por veículos 100% elétricos.
Por outro lado, existe a preocupação de que o fim gradual dos subsídios governamentais possa desacelerar esse avanço — especialmente fora dos grandes centros urbanos.
A boa notícia, segundo a Bloomberg Intelligence, é que a retirada dos incentivos pode liberar recursos para outro ponto crítico: a infraestrutura de recarga.
O governo chinês já traçou a meta de alcançar 28 milhões de pontos de carregamento até 2027, o que representa um aumento de mais de 50% em relação ao número atual.
Os principais fabricantes de baterias estão acompanhando esse movimento com promessas cada vez mais ousadas.
A BYD afirma que seu novo sistema permite recarregar até 400 km de autonomia em apenas cinco minutos, enquanto a CATL garante 520 km no mesmo intervalo com a versão atualizada da bateria Shenxing.
Com esse ritmo de evolução tecnológica, infraestrutura em expansão e aceitação crescente dos consumidores, a China caminha para transformar os elétricos não só em escolha dominante — mas em padrão de entrada para uma nova geração de motoristas.
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