
Quem já teve um carro com alguns anos de estrada certamente conhece o ritual: parar, abrir o capô e puxar a velha e confiável vareta de óleo, para checar se estava na hora de trocar ou completar o lubrificante.
Mas nos carros modernos, essa cena está desaparecendo — e isso está deixando muitos motoristas perplexos.
É isso mesmo: cada vez mais modelos novos estão saindo de fábrica sem nenhuma vareta física para medir o óleo.
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O motivo? Segundo as montadoras, a era digital chegou para simplificar a vida do usuário, eliminando tarefas “complicadas” e substituindo tudo por alertas no painel ou apps conectados ao carro.

A Mercedes-Benz, por exemplo, declarou que seu sistema digital de medição de óleo ajuda a evitar danos ao motor ao informar o condutor assim que o nível está fora do ideal.
Mas a teoria parece melhor que a prática.
Muitos motoristas estão descobrindo que confiar 100% na tecnologia pode ter um custo alto.

Há relatos de sistemas que indicam necessidade de adicionar óleo quando não é preciso, levando ao excesso no reservatório — o que, ironicamente, também pode danificar o motor.
Outros notaram leituras imprecisas que variam antes e depois de completar o óleo, mesmo sem justificativa técnica.
Pior: se a tela do carro estiver com defeito ou o sistema estiver fora do ar, simplesmente não há como checar o nível de óleo sem levar o veículo a uma oficina.
Isso vai na contramão de uma prática que, por décadas, esteve ao alcance de qualquer um com um pano e um minuto de paciência.

A sensação geral entre os entusiastas é que as montadoras não confiam mais nos donos para cuidar do próprio carro.
Em vez de oferecerem as duas opções — manual e digital, estão removendo a capacidade do motorista de verificar algo básico, como o óleo do motor.
Para muitos, isso parece menos uma inovação e mais uma forma de amarrar o consumidor aos serviços da concessionária, que já lucram bastante com manutenções simples.
Seja por segurança, por economia ou simplesmente por autonomia, a ausência da vareta é mais um exemplo de como a indústria automotiva moderna está tornando os carros menos acessíveis ao dono e mais dependentes da eletrônica — nem sempre confiável.
O que era uma verificação fácil e direta agora virou um processo obscuro, controlado por sensores, apps e software.
A pergunta que fica é: isso realmente melhora a experiência do motorista, ou só complica o que nunca foi um problema?
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