Até agora, os combustíveis sintéticos são uma promessa de alternativa para substituir os derivados de petróleo, porém, eles são realmente viáveis se forem obtidos por meio de um processo limpo, livre de emissões de CO² de qualquer tipo.
Como se sabe, o método mais empregado para se obter gasolina, diesel ou querosene de aviação sintéticos é usando a energia eólica, num processo que inclui captação de CO² atmosférico, captação de água e um processo químico de alta pressão para se obter esses combustíveis de baixíssima emissão de carbono.
Esses combustíveis podem ser usados diretamente nos carros, com Audi e Porsche já fazendo isso, especialmente a primeira, que já possui modelos específicos com gasolina sintética mais para promover a tecnologia que diferenciar o produto.
Agora, na Alemanha, uma tecnologia promete ampliar a produção de sintéticos, sendo que no caso, a usina de Jülich usa a energia solar para o processo. Localizada no estado da Renânia, a usina solar é de propriedade da empresa suíça Synhelion.
Com aspecto que lembra a usina Noor I no Marrocos, a planta da Synhelon, uma startup apoiada pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH) de Zurique, utiliza 218 espelhos refratários para direcionar os raios solares para uma torre.
No topo da torre de 20 metros, o captador solar direciona o calor obtido para um “forno solar”, que faz a temperatura interna chegar a 1.500 graus Celsius. Isso é suficiente para converter biogás e água em gás de síntese numa primeira etapa do processo.
Já na segunda etapa do processo, surgem então os combustíveis sintéticos, cuja produção anual será de milhares de litros de combustíveis. Na Alemanha, já foram processados 28,6 milhões de toneladas de gasolina sintética.
A Synhelion disse à comissão ambiental do Bundestag que a tecnologia já está pronta para ser usada, o problema é encontrar na Alemanha, um local propício para grande incidência solar. Bem diferente do Brasil…
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