Tem certos nomes que não podem nem ser reproduzidos em matérias como essa, já que pertencem a determinado grupo que arrebatou os direitos para usá-los exclusivamente.
Enquanto alguns questionam a liberdade de expressão, se esquecem que mesmo nações podem se apropriar de termos nacionais e isso sob a força da lei. O mais recente exemplo disso não vem daquela famosa marca de carros elétricos, mas da saudosa e famosa Alfa Romeo.
Como já falamos aqui, talvez na empolgação do nome, a Stellantis esqueceu-se de que certos nomes e termos podem não ser permitidos fora de um país ou mesmo porque estão sob propriedade de outros.
O Alfa Romeo Milano é mais um exemplo disso, pois ao ser lançado, num momento tenso entre Stellantis e o governo italiano, Adolfo Urso, Ministro da Indústria, recordou de uma lei de 2003.
Ela estabelece que produtos importados e exportados são ilegais se os referidos produtos apresentarem rotulagem de origem falsa ou enganosa, no caso, o uso do nome Milano seria ilegal, já que o produto não é italiano como sugere.
É o mesmo em relação ao Parmigiano Reggiano, o famoso queijo de Parma e Reggio. Urso disse que o Milano era ilegal por ser feito na Polônia e, embora Carlos Tavares tenha dito que ele ficaria € 10.000 mais caro se fosse feito na Itália, não houve acordo.
Assim, diante da pressão de Roma, pautada em uma lei de 2003, a Stellantis jogou a toalha, mas não os € 10.000 de economia. Em nota, a empresa matou oficialmente o nome Milano e em seu lugar, que poderia ser o MiTo até, escolheu simplesmente Júnior…
Ainda que soe como um carro em final de linha, como o Chevette Júnior em seus derradeiros dias no Brasil, a Alfa Romeo recorreu ao coupé Giulia Sprint GT, que a partir de 1966, passou a ser conhecido como GT 1300 Junior.
Em sua época, o Alfa Romeo GT 1300 Junior vendeu 92 mil unidades, sendo considerado um sucesso. Agora, a marca de Milano quer repetir o mesmo e já pode fazer seu crossover esportivo com os poloneses e sem problemas com Roma, ainda que outros mais graves continuem a existir…
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