A Anfavea alertou sobre um enorme estoque de carros chineses nos pátios do Brasil, que pode desestabilizar o mercado neste segundo semestre com quase 82 mil unidades. Para entidade, a quantidade de importações em 2024 é preocupante.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, revelou ao site Auto Indústria: “Essas 81,7 mil não constam do levantamento dos estoques das montadoras aqui instaladas. São veículos não emplacados, que estão aguardando o consumidor ir buscar. Não sabemos como vai impactar o mercado”.
A preocupação de Lima Leite é pelo mercado ter absorvido 72.476 carros chineses importados no primeiro semestre e agora a quantidade aumentou muito, o que gera o temor de grandes descontos que podem simplesmente alterar a realidade do mercado.
Este ano, a Anfavea aponta que as vendas de carros chineses subiram 339% e Lima Leite até ironizou, dizendo que as marcas chinesas trouxeram esses carros para cá para “exportar” aos países vizinhos…
Pois é, ele e todo mundo sabe que não é bem assim e que as chinesas não facilitarão a vida das montadoras tradicionais, ainda que nesse estoque possa ter carros de marcas envolvidas com montadoras já estabelecidas aqui.
Seja como for, outras marcas que ainda não estão operando, decidiram antecipar também seus estoques para iniciar as vendas com unidades a pronta-entrega. Por ora, apenas BYD e GWM são as “novas chinesas” que dominam as vendas.
Por conta das alíquotas de importação mais altas a partir de julho, essas e outras marcas chinesas anteciparam seus envios ao Brasil para criar estoques como gordura para enfrentar os primeiros meses até ser necessário pagar a conta.
Aliás, esta será ainda mais alta a partir de julho de 2025 e assim até junho de 2026, quando em seu término, a taxa de importação será de 35% e não se falará mais nisso.
A produção nacional será um dos trunfos das chinesas para manter a regularidades nas travessias bi-oceânicas, atuando com descontos, campanhas e preços bem competitivos.
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