A descarbonização está na pauta do dia na Anfavea, a associação que reúne as maiores montadoras do país. A entidade entregou ao governo federal um estudo onde aponta como pretende cortar 280 milhões de toneladas de CO² até 2040.
Com o mundo a pressionar os fabricantes de automóveis e caminhões a reduzir as emissões de poluentes, no Brasil não é diferente, mas a entidade prevê que a adoção de novas tecnologias e também de biocombustíveis, ajudará no processo.
Envolvendo mais de 3 mil pessoas, 5 mil horas e 13 meses, o estudo da Anfavea foi executado pela Boston Consulting Group (BCG), que entrevistou em vários países, CEOs, presidentes, executivos, ministérios, técnicos, consumidores e acadêmicos, entre outros.
Em 2023, o Brasil foi responsável pela emissão de 13% das 242 milhões de toneladas de CO² emitidas pelos carros no globo, todavia, o levantamento apontou um aumento de 5 milhões de toneladas anuais em 2030 e 14 milhões adicionais ao volume atual em 2040.
Até lá, a Anfavea espera que o Brasil corte as 280 milhões de toneladas com medidas que focam na sustentabilidade, como o emprego de carros híbridos flex, onde a entidade prevê que em 2040, 90% das vendas serão de carros híbridos e elétricos no Brasil.
Nos biocombustíveis, uma das metas é alcançar o teor de 5% de água no etanol, sendo hoje de 7%, o que aumentaria a eficiência do combustível. Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, comentou sobre o futuro dos combustíveis.
Leite disse ao site Automotive Business: “Precisamos intensificar o uso de novas tecnologias e o uso de biocombustíveis. O Brasil não pode ser uma cópia do que acontece em outras regiões”.
O executivo concluiu: “Trabalhar em um só vetor (biocombustíveis) significa que vai aumentar o volume de importações e continuar tendo a mesma emissões de CO₂”.
Para abastecer essa frota de carros e caminhões híbridos flex e diesel, o estudo prevê serem necessários anualmente 9 bilhões de litros de biodiesel e 15 bilhões de litros de etanol, além de 50 mil GWh para os carros elétricos.
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