Anfavea quer aumento de imposto sobre operações CKD e SKD no país; montadoras desejam que operação parcial recolha alíquota de 35%

audi parana
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A Anfavea, entidade que reúne os maiores e mais antigos fabricantes de veículos instalados no país, não quer apenas a recomposição tributária de 35% para carros elétricos e híbridos antes do prazo já determinado pelo governo federal.

As montadoras querem também que as operações de CKD e SKD sejam também tributadas em 35%, contra os 18% e 16% atualmente vigentes, respectivamente.

Como se sabe, CKD (kits desmontados) e SKD (semi-desmontados) não são operações completas. Elas se utilizam de veículos parcial ou totalmente desmontados e fazem a junção de peças e componentes, incluindo a armação da carroceria localmente.

Trata-se de um processo mais simples que demanda bem menos investimento, assim como área fabril muito menor. No Uruguai, por exemplo, toda a cadeia local usa esses processos há décadas.

Aqui, apenas algumas operações são de CKD e SKD, beneficiadas por uma portaria da Camex, Câmara de Comércio Exterior, de 2022. Com vigência até 2028, ela assegura as alíquotas atuais para essa parte do setor automotivo.

Para a Anfavea “é preciso pensar em uma nova regra respeitando o plano de quem está investindo no Brasil”. O alvo seriam as montadoras chinesas que estão chegando e que podem importar um grande volume de peças e componentes de seu país de origem.

Falando também no Congresso AutoData Perspectivas 2025, Cláudio Sahad, do Sindipeças, pede até um percentual maior que os 35%, o limite estabelecido em convenção da OMC, Organização Mundial do Comércio.

Sahad disse: “Levamos isto ao governo, precisamos de uma recomposição imediata da alíquota de importação para 35%. Isso está em estudo na Camex”.

O presidente do Sindipeças afirmou: “Estados Unidos, Canadá e Índia têm 100% de imposto, a China, 25% e o Brasil ainda está em 18%. Se houver uma antecipação de importação, temos de antecipar a alíquota plena, até para discutirmos depois se esses 35% são suficientes”.

Para o governo, todos os investimentos são bem-vindos, mas também há interesse no aumento da produção, conforme dito por Margarete Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-média Complexidade Tecnológica do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

 

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X