
Mesmo representando menos de 5% das vendas globais da Tesla, os modelos Model S e Model X receberam mais uma atualização.
No entanto, quem esperava uma revolução pode se decepcionar.
As mudanças são modestas e focam mais na estética do que na engenharia, com impacto real questionável — especialmente se comparadas às reformulações profundas que os modelos Model 3 e Model Y receberam nos últimos 18 meses.
Externamente, a Tesla mexeu pouco. As versões Plaid do S e do X ganharam para-choques redesenhados, supostamente para melhorar a estabilidade em alta velocidade.
Ambos os modelos também ganharam novos conjuntos de rodas. No Model X, há opções de 20 e 22 polegadas — esta última custando US$ 5.500.
Já o Model S pode ser equipado com rodas de 19 ou 21 polegadas, sendo que as maiores saem por US$ 4.500. Além disso, o S Plaid recebeu uma câmera frontal embutida no para-choque e faróis com nova função adaptativa.
Um dos poucos diferenciais visíveis é a nova cor Frost Blue, disponível por US$ 2.500. Internamente, os veículos continuam praticamente os mesmos, com destaque para a iluminação ambiente configurável e animações específicas ao ligar o carro.
A Tesla também voltou atrás no polêmico volante yoke, que agora é opcional no Model X Plaid por mais US$ 1.000. O tradicional volante redondo é novamente o padrão.
Em termos de mecânica, os dois modelos receberam ajustes na suspensão e novos isolamentos para melhorar o conforto e reduzir ruídos internos. O sistema de cancelamento ativo de ruído também foi aprimorado.
No entanto, o peso aumentou: o Model S Plaid ficou 12 kg mais pesado, enquanto o Model X Plaid engordou quase 83 kg. Curiosamente, o Model X também ficou mais espaçoso, ganhando cerca de 70 litros a mais de volume interno.
E claro, os preços subiram. Agora, o Model S Long Range parte de US$ 84.990, enquanto o Plaid chega a US$ 99.990.
Já o Model X Long Range custa a partir de US$ 89.990, com o Plaid alcançando os US$ 104.990. A Tesla justifica o acréscimo com “melhorias”, mas fica difícil entender onde exatamente está esse valor extra.
Em resumo, Tesla reformula superficialmente seus dois modelos mais antigos, aumentando os preços e reduzindo a velocidade do modelo topo de linha.
No fim, é mais um exercício de marketing do que uma evolução concreta. Para os fãs da marca, talvez isso seja suficiente. Para o público crítico, fica o questionamento: vale pagar mais por menos?
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!