São Paulo, a maior cidade da América Latina, sofreu um enorme apagão na última sexta (11), após um temporal. A capital paulista viu o número de clientes da empresa Enel X subiu de poucos milhares para mais de 3 milhões sem energia elétrica.
Diante de um blecaute, pouca gente conseguiu obter energia, mas quem tinha um carro elétrico com a tecnologia V2L ou V2X, conseguiu obter luz por algum tempo usando seu próprio automóvel.
Antes vistos com desconfiança, agora os carros elétricos apresentam ao consumidor brasileiro, um novo uso, servir como um enorme power bank para momentos de emergência.
Isso vem bem a calhar em situações como a que ocorreu e ainda acontece em São Paulo, já que pelas últimas informações, pelo menos 100 mil residências continuam sem luz na metrópole brasileira.
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, ouvido pelo site Automotive Business, comentou a oportunidade para o carro elétrico servir como alternativa em momentos de crise.
Bastos disse: “No meio dessa crise, descobrimos oportunidades para que carros elétricos e híbridos devolvessem energia para o cliente”. Nesse caso, a referência é o cabo de descarga V2L (Vehicle-to-Load), que pode ser adquirido em algumas marcas.
Coincidentemente ou não, a Great Wall divulgou nesta quinta (17), a comercialização desse cabo em sua rede de concessionários, por meio de um kit.
Nele estão incluídas uma caixa personalizada, uma bag exclusiva e um cabo de 5 metros de comprimento com uma régua que possui 3 tomadas no padrão brasileiro (3 pinos), além de garantia de fábrica de 1 ano, pelo preço de R$ 899.
Um exemplo da funcionalidade do carro elétrico vem do motorista de aplicativo, Henrique Guimarães do Nascimento, que usa seu BYD Dolphin também para obter créditos de energia, quando a carga volta para a rede em sua casa com painéis solares.
Diante do apagão que enfrentou, Henrique lembrou de seu carro elétrico para abastecer a casa. Nascimento revelou: “Ficamos três dias sem energia na região e a minha casa era a única com luz na vizinhança. Todo mundo estranhava.”
Para repor a carga, ia até eletropostos em funcionamento. Ele explicou: “Gastei R$ 70 ao todo e mantive tudo funcionando em casa. Só não usávamos chuveiro elétrico, micro-ondas e fritadeira”.
Com investimento de R$ 15 mil em painéis solares, o motorista de aplicativo garante que sua conta não passe de R$ 140 por mês, incluindo a recarga de seu Dolphin. Ele contou: “Antes, gastava R$ 3 mil reais com combustível todo mês”.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!