
A Citroën está vivendo um momento de recuperação na Europa, impulsionada pela alta inesperada na demanda pelo compacto C3 e seu derivado SUV, o C3 Aircross.
Com a fábrica eslovaca de Trnava operando no limite, a Stellantis decidiu ampliar a produção e anunciou que, a partir do próximo ano, o modelo passará a ser fabricado também em Kragujevac, na Sérvia.
A nova linha adicionará 40 mil unidades por ano, elevando o volume total para cerca de 300 mil veículos anuais entre C3 e C3 Aircross.
Segundo o CEO da marca, Xavier Chardon, o volume de pedidos está superando a capacidade produtiva atual, o que levou à decisão de expandir a montagem para além da planta original.
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A instalação em Trnava já compartilha sua produção com o Opel Frontera, outro modelo popular do grupo, o que limitava ainda mais o espaço para o C3.
O modelo urbano tem se destacado especialmente por sua versão elétrica, que na França parte de €14.990 para quem se enquadra nos critérios do programa de leasing social subsidiado pelo governo.
O veículo, mesmo com preço competitivo, já é considerado lucrativo pela Stellantis, o que demonstra a força da estratégia adotada para o segmento de entrada.
Além do reforço na Sérvia, a Citroën também está contratando 400 novos funcionários para a fábrica de Rennes, no oeste da França, onde já começou a montagem do novo C5 Aircross.

Apesar do bom momento da marca, o cenário europeu continua desafiador para a Stellantis como um todo, com vendas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia e excesso de capacidade instalada em algumas regiões.
Na França, por exemplo, o grupo mantém 12 fábricas e vem desacelerando a operação em parte delas como parte de uma reestruturação liderada pelo novo CEO global da Stellantis, Antonio Filosa.
Filosa busca rever o posicionamento e o portfólio de todas as 14 marcas do grupo, incluindo nomes com desempenho fraco como Lancia e Maserati.
Enquanto isso, a Citroën tem se beneficiado de um foco maior em modelos acessíveis e confiáveis, além da adoção de uma nova política de garantia de oito anos, implementada para reconquistar a confiança dos consumidores após anos de críticas a problemas de qualidade.

A marca também está ampliando sua presença em outras frentes, assumindo a participação da Maserati na Fórmula E e exibindo seu novo visual para a competição elétrica durante um evento em Paris.
Chardon, que assumiu o comando da Citroën em junho após passagem pelo Grupo Volkswagen, afirma que a marca está fora do padrão atual da indústria, mas no bom sentido.
“Estamos um pouco fora da curva no momento — e isso é animador”, disse o executivo em entrevista na capital francesa.
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