Arranhão em Porsche 911 gera conta de R$ 60.000, e dono prefere não acionar o seguro para que isso não apareça no histórico do carro

porsche risco pintura (1)
porsche risco pintura (1)

Imagine deixar um Porsche novinho na garagem de um amigo do seu filho e, na hora de ir embora, encontrar o carro riscado após um leve toque de um Subaru.

A situação, que parece simples e facilmente resolvível com um polimento e um retoque na pintura , virou um pesadelo de mais de US$ 11 mil — cerca de R$ 60 mil — para o proprietário de um Porsche 911 Targa 4 GTS, modelo 992.2 com apenas dois meses de uso.

O caso veio à tona quando o dono do carro, que vive nos Estados Unidos, compartilhou seu drama em um fórum no Reddit .

Segundo ele, a dianteira do carro foi danificada em um leve incidente, com arranhões no para-choque e capô.

porsche risco pintura (2)
porsche risco pintura (2)

Apesar da possibilidade de acionar o seguro, ele foi aconselhado por um funileiro de Austin, no Texas, a pagar os reparos do próprio bolso.

O motivo? Evitar que o conserto se tornasse um “item” no histórico do veículo, o que desvalorizaria significativamente seu valor de revenda.

O funileiro explicou sua lógica com uma regra prática curiosa: para cada US$ 100 mil que vale o carro, o ideal é arcar com até US$ 10 mil em consertos sem envolver o seguro.

Se o dono tiver dinheiro sobrando, esse valor pode ser ainda maior.

porsche 911 carrera gts (1)
porsche 911 carrera gts (1)

Essa filosofia é baseada na famosa reputação dos carros de luxo, que perdem valor rapidamente quando aparecem em registros de sinistros, mesmo que o dano seja apenas estético.

O impacto no valor de revenda é algo real e bastante sentido por quem investe em carros desse nível.

Muitos donos de veículos premium preferem evitar qualquer vínculo com seguradoras, justamente para preservar a integridade do histórico do carro.

Isso não é exatamente o caso do Brasil, onde se você pede para a seguradora arcar com uma repintura de um parachoque de um carro, pagando apenas uma pequena franquia, isso não vai para um tipo de histórico do carro, onde o desvalorizaria.

porsche 911 carrera gts (2)
porsche 911 carrera gts (2)

Mas, em outros países, esse histórico é bem mais detalhado, por isso o medo dos proprietários.

Por isso, a família do jovem que dirigia o Subaru também optou por não acionar o seguro, mesmo sendo tecnicamente culpada pelo incidente.

O pai do garoto, ciente dos altos custos de seguro para motoristas de 18 anos, preferiu resolver a questão em particular e bancar os custos das peças danificadas.

O curioso é que, tecnicamente, os danos poderiam ter sido reparados com soluções bem mais simples e econômicas, como um trabalho de repintura localizado ou até mesmo técnicas de funilaria sem pintura (PDR).

Repair cost – 992.2 911 Targa 4 GTS.
byu/markthelender inPorsche

Mas, quando se trata de um Porsche, qualquer escolha que não seja a mais conservadora pode ser vista como negligência, ainda mais pensando no mercado futuro.

E é aí que entra o dilema: economizar no presente pode custar caro lá na frente.

A história serve como um lembrete do quanto é caro manter a aparência imaculada de carros de luxo.

Pequenos acidentes podem parecer inofensivos, mas o prejuízo pode ser surpreendentemente alto — especialmente quando se busca preservar o status e o valor de mercado de um carro como o 911 Targa.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.