
A nova geração do Audi Q3 mal foi apresentada na Europa e já vem dando o que falar. Mas, ao contrário do que se esperava, a maior polêmica não está na motorização híbrida plug-in ou no novo visual mais sofisticado.
O que realmente causou estranhamento foi o volante. Ou melhor, o que falta nele: as tradicionais hastes de seta e limpador de para-brisa foram eliminadas.
No lugar dos comandos convencionais que todos conhecem e usam de maneira instintiva há décadas, o Q3 agora traz uma barra eletrônica posicionada atrás do volante.
No lado direito está o seletor de marchas, enquanto o lado esquerdo reúne uma alavanca multifuncional que substitui as setas e os controles dos faróis e limpadores.

Tudo é operado por toques, botões e pequenos seletores giratórios — o tipo de interface que exige reaprendizado até para quem já está familiarizado com carros modernos.
A Audi diz que a mudança visa a otimização ergonômica e o visual minimalista do interior, mas o que se vê entre os primeiros comentários é confusão.
Muitos usuários afirmam que algo tão fundamental quanto sinalizar uma mudança de faixa não deveria ser reinventado.
Especialmente em um carro familiar como o Q3, que historicamente atrai um público conservador, a aposta pode ser arriscada.

Além dessa revolução nos comandos, o novo Q3 traz uma cabine high-tech com painel curvo que une duas telas: uma de 12,8 polegadas para o sistema multimídia (com Android Automotive) e outra de 11,9 polegadas para o painel de instrumentos.
A central é ainda mais integrada com luzes ambiente reativas, sistema de som Sonos e até vidros acústicos, dependendo da versão.
Sob o capô, as opções são variadas: motores a gasolina, diesel e uma inédita versão híbrida plug-in que promete até 120 km de autonomia elétrica no ciclo europeu. Suspensão adaptativa e diversos assistentes de condução completam o pacote tecnológico.
Mas, apesar de todo esse avanço, o que está dando o tom do debate não é a mecânica nem o conforto — e sim a ausência das velhas e boas hastes de seta.
Talvez, no futuro, essa mudança seja vista como inevitável. No momento, ela parece ousada demais para um modelo tão tradicional quanto o Q3.


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