A Aston Martin está preparando silenciosamente sua entrada no mundo dos carros elétricos, mas garante que fará isso à sua maneira — com emoção, autenticidade e, talvez, até sons e marchas simuladas.
Em 2023, a montadora britânica firmou uma parceria estratégica com a Lucid Motors, garantindo acesso a motores e baterias de última geração. Agora, os olhos se voltam para como a marca pretende manter sua identidade quando o ronco do motor deixar de existir.
Enquanto o primeiro elétrico da Aston ainda está a alguns anos de distância, o foco imediato é o lançamento do Valhalla, um hiperesportivo híbrido plug-in de produção limitada.
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Com motor central e proposta mais acessível que os rivais da McLaren e Ferrari, o Valhalla deverá ser o último modelo completamente novo da marca antes da transição para os EVs.
Durante a Monterey Car Week, o chefe de design da Aston Martin, Marek Reichman, falou sobre essa virada elétrica e como a marca pretende manter a experiência ao volante como parte central da proposta.
Quando questionado sobre a possibilidade de adotar sistemas semelhantes ao Hyundai Ioniq 5 N — que simula trocas de marcha e até sons de motor — Reichman não descartou a ideia.
“Se isso trouxer benefícios reais ao desempenho e à emoção de dirigir, sim”, afirmou. “Mas precisa ser algo autêntico, que realmente melhore a experiência. Um Aston Martin é, acima de tudo, verdadeiro.”
Segundo ele, soluções puramente artificiais que não agregam sensação ao volante seriam descartadas, pois não condizem com a filosofia da marca.
Reichman ainda destacou que poucos fabricantes no mundo têm presença ativa na Fórmula 1 e também produzem carros de rua. Para ele, isso dá à Aston Martin uma vantagem única na hora de desenvolver tecnologias de engajamento ao dirigir.
“Imagine o volume de dados e conhecimento que podemos aplicar. Seja com simulação de engrenagens ou uso inteligente do torque vetorial, nosso objetivo é entregar algo que empolgue de verdade”, afirmou.
Ainda não se sabe que formato o primeiro EV da marca irá adotar. Ele pode surgir como um rival direto para o futuro crossover elétrico da Ferrari, o Elettrica, ou até como um esportivo de dois lugares totalmente elétrico — mantendo o DNA tradicional da marca.
O que está claro é que, para a Aston Martin, eletrificação não significa abrir mão da alma.
Seja com sons sintetizados ou inovações de dinâmica herdadas das pistas, o futuro elétrico da Aston Martin promete ser, acima de tudo, emocionante.
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