Recentemente publicamos sobre carros da Porsche impedidos de entrar nos EUA por conta de um chip de fabricação bielorrussa, sendo o mesmo alvo de embargo do governo americano. Agora, a marca alemã, novamente, se junta à Audi e Bentley em mais problemas nos states.
O motivo é que a lei Uyghur Forced Labor Prevention Act (UFLPA) contra o trabalho forçado atingiu os automóveis das três marcas do grupo Volkswagen, que agora está sob acusação de violar tal determinação, promulgada em 2021.
A acusação é a de utilização de trabalho escravo no oeste da China, onde muitas marcas estão sendo acusadas de alavancar o trabalho forçado na região de Xinjiang, onde se diz que o país concentrou à força a minoria étnica Uigur.
O governo chinês é alvo de várias acusações de trabalho forçado na região e isso vem desde 2017, quando os primeiros centros modernos de redução e detenção foram estabelecidos.
Lá não existem fábricas da Audi, Bentley ou Porsche, porém, possui fornecedores de alumínio, aço, cobre, fabricação de pneus, produção de baterias e uma série de peças automotivas.
A China diz que a região de Xinjiang passa por um programa educacional concebido para elevar e modernizar a população uigure, de modo a desenvolver a economia local.
Além da Volkswagen, montadoras como BMW, Mercedes-Benz, Toyota, General Motors e Ford são citadas como envolvidas por meio, muitas vezes, de subsidiárias e fornecedores chineses. A BYD também é outra mencionada.
Todavia, entre os grupos automotivos citados, a Volkswagen toma maior dimensão não pelo tamanho, mas por conta do uso de trabalho escravo durante a Segunda Guerra Mundial, algo que também ocorreu na BMW.
Aliás, isso não é primazia da China, uma vez que em 2018, a BMW foi acusada de comprar couro de uma empresa do Paraguai, acusada de uso de trabalho escravo. Agora o tema chega ao terminal alfandegário americano.
Segundo o Financial Times, a VW emitiu nova dizendo que “leva muito a sério as alegações de violações dos direitos humanos, tanto dentro da empresa como na cadeia de abastecimento”, incluindo “quaisquer alegações de trabalho forçado”. A marca está alertando os clientes para possíveis atrasos nas entregas dos carros.
[Fonte: TTAC]
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!