O Audi e-tron GT chega para fazer dupla com a versão mais poderosa, a RS e-tron GT, que tem até 646 cavalos no modo Overboost, enquanto a nova opção surge com até 530 cavalos.
Com preço sugerido de R$ 769.990, mas com valor promocional de R$ 699.990, o Audi e-tron GT se posiciona abaixo do RS, mas isso não faz dele um carro que não merece atenção, pelo contrário.
O Audi e-tron GT é uma proposta muito interessante por um custo muito menor que o RS, que sai por R$ 1.069.990, que ainda chega com planos de assinatura de 18 a 36 meses, “com tudo dentro”.
Equipado com dois motores elétricos e 476 cavalos regulares, além de 65 kgfm, o Audi e-tron GT chama atenção por ter câmbio com duas marchas e uma bateria robusta de 93 kWh, que pode ser recarregada em até 80% durante 30 minutos.
Baixo e largo, o e-tron GT aposta na aerodinâmica para ser eficiente, mesmo que dificilmente alguém queira andar devagar com ele, dosando o pé em prol da economia de energia.
Com autonomia de 308 km no PBEV, o Audi e-tron GT pode rodar até 501 km, dependendo das condições e do modo de condução. Sofisticado, o cupê de quatro portas das quatro argolas reforça a proposta da marca de eletrificar-se aceleradamente.
Por aqui, com o Audi e-tron GT, lançado agora no 2ª edição do Festival Interlagos, em São Paulo, a marca alemã passa a ter cinco modelos elétricos em seu portfólio, garantindo boa oferta desse tipo de propulsão no mercado de luxo nacional.
Audi e-tron GT – impressões gerais
Com a mesma cara agressiva do RS, o Audi e-tron GT pode confundir quem não o conhece, afinal, sua forma larga e baixa, com cara de “sapão” e detalhes chamativos, como as belas lanternas full LED, assim como os faróis Matrix LED, o aproximam do irmão mais forte.
Sua frente com elementos envolventes, dá o devido espaço aos radares e sensores do controle de cruzeiro adaptativo, assim como para com as entradas de ar laterais, direcionadas aos freios.
Sinuoso em suas linhas, o Audi e-tron GT destaca ainda suas portas sem batentes dos vidros e uma traseira alongada, cuja tampa do bagageiro sustenta um aerofólio retrátil com duas configurações, útil para manter o bólido elétrico no chão.
As lanternas full LED, tão comunicativas quanto os faróis, reforçam a proposta high tech do e-tron GT, enquanto o difusor de ar central, pronunciado, dá o recado de que esta versão não é apenas “de entrada”.
Com teto panorâmico e rodas aro 20 polegadas aerodinâmicas, o Audi e-tron GT amplia o conforto e a dinâmica de condução, assim como tem em seu interior, acabamento com detalhes em Alcantara e couro, mais metais e revestimentos de alta qualidade.
Opcionalmente, o Audi e-tron GT tem HUD por R$ 16.000, pacote Black Plus por R$ 15.000 e rodas aro 20 exclusivas por mais R$ 5.000.
Os bancos de estilo esportivo não são decorativos, enquanto o painel digitalizado em seus quadros de instrumentos configuráveis e multimídia altamente conectada, presenteia os ocupantes com um belo design.
A atenção do conjunto frontal é focada no motorista em grande parte, mas não chega a ser individualista ao ponto de ignorar o passageiro ao lado, dando-lhe boa visão do infoentretenimento.
O console com botão de marchas estilizado em forma de um botão retangular que desliza, algo bem diferente do e-tron SUV, por exemplo, assim como o botão circular da navegação da multimídia.
Os comandos físicos do ar condicionado de três zonas, ao lado dos difusores de ar convencionais, são um resgate suave do purismo de esportivos antigos da Audi, da época da profusão de botões.
Com pouco espaço atrás, apesar de sua plataforma PPE da Porsche ter lá seus 2,90 m de entre eixos, o Audi e-tron GT não acomoda bem alguém de estatura alta no banco traseiro, que ainda tem um túnel elevado entre os dois assentos principais.
Já o porta-malas tem razoáveis 405 litros, mas se pode usar o compartimento de 85 litros sob o capô, como em outros da família e-tron. A tampa tem acionamento elétrico e o acesso é fácil também por dentro.
Audi e-tron GT – impressões ao dirigir
O Audi e-tron GT é, dentro da família e-tron, o mais clean da gama e naturalmente aquele que quer ser mais jovem, mais purista, vestindo mais o condutor e dando uma proposta menos futurista.
Com 1,41 m de altura, o Audi e-tron GT não tem obriga a exercícios físicos para acessá-lo e quando já se está no banco, sente-se o envolvimento direto com o carro, bem justo e sem espaço exagerados como os de um SUV.
Tendo uma área envidraçada mais que adequada para sua missão, o e-tron GT reforça a busca pelas reações do motorista, com seus retrovisores devidamente em espelhos nas molduras volumosas, sem nada de câmeras, como se o motorista fosse o Darth Vader…
A simplificação da coisa vem no volante de fundo chato e boa empunhadura, assim como no cluster com modos fáceis de interpretar, menos formais que no e-tron SUV.
Aperta-se a partida, desliza-se o botão de marchas e a coisa toda começa a acontecer sob o som digitalizado que evoca a sensação de movimento, mas sem tentar imitar algum motor a combustão da vida.
Com suavidade no deslocar em baixa velocidade no pit lane de Interlagos, logo se inicia a descida de parte do “S do Senna” no modo Efficiency que, mesmo sendo a opção de economia, entrega muita energia em se pisar forte na reta.
Como elétrico, toda a carga de cavalaria nominal surge quase instantânea e o corpo pressiona o assento levemente, grudando mesmo ao se passar para o modo Dynamic, onde o Audi e-tron GT entrega de fato seu poder, chegando ao pico no modo overboost.
Ao se frear forte no final da reta, o e-tron GT se mostra equilibrado, facilitando o trabalho de fazer a curva em alta, com a tração Quattro garantindo que a trajetória seja limpa e emocionante.
Mesmo com a pista já úmida devido à garoa paulistana, o e-tron GT contorna bem as curvas rapidamente e mesmo na aceleração forte, mantém-se bem neutro. Num determinado ponto, chegamos a tocar na zebra e dar uma escorregada leve, facilmente corrigível.
Com direção bem direta, o Audi e-tron GT “entende” nossas intenções nas curvas e garante uma tocada realmente esportiva, não deixando nada a dever nesse aspecto, permitindo que o condutor se sinta mais a vontade para brincar com a máquina.
Claro, desde que respeite seus limites e os do carro também, ainda que este, nas mãos de um piloto profissional, tenha ainda muita “lenha para queimar”.
Tudo isso para ir de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos, chegando a 245 km/h, distante dos nossos 202 km/h na reta dos boxes, sob aquela garoa mais espessa…
Com grande poder de frenagem e, espera-se, de regeneração, o Audi e-tron GT é um carro totalmente na mão e que responde imediatamente, mas sem ser traiçoeiro com quem não o conhece.
Tem uma condução prazerosa e eficiente, assim como altamente esportiva, mostrando equilíbrio dinâmico exemplar e convidando o motorista a ir mais e mais rápido…
E como anda no dia a dia? Bom, só saberemos disso quando fizermos a Avaliação NA do e-tron GT.
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