Desde o dia 2 de abril, a Audi está retendo nos portos americanos seus carros destinados ao mercado dos EUA devido à política tarifária ditada por Washington, o que prejudicará o abastecimento do mercado local.
Com aumento de 2,5% para 25%, a tarifa de importação americana impede que a Audi consiga obter rendimentos de sua operação no país, lembrando que ela produz o Q5 no México.
Só a Volkswagen tem 37 mil carros nos pátios de concessionários americanos, suficientes para dois meses de vendas, porém, depois disso, a marca alemã terá de rever sua metodologia comercial nos states.
Já a Audi não tem muito para onde correr, exceto se seguir a VW e ter uma linha de produção no Tennessee, tal como se cogita para a Porsche.
Segundo um memorando da VW, diz a Reuters, os carros nos pátios aduaneiros continuarão lá até segunda ordem, com os veículos acumulados para eventual situação melhor do mercado ou outra solução, que pode ser até o reenvio para outros destinos.
Como se sabe, a Porsche já teve que remeter carros que seriam vendidos nos EUA por conta de componentes chineses para outros destinos.
De acordo com a fornecedora de serviços automotivos Cox Automotive, as montadoras instaladas nos EUA só possuem estoque para três meses.
Pelo menos para o próximo trimestre, o mercado americano ainda não será totalmente afetado, mas após isso, os sites das marcas começarão a ficar vazios e não espere ver isso somente em marcas estrangeiras…
As Big Three também sofrerão o impacto e alguns modelos devem simplesmente desaparecer do cenário americano devido ao conteúdo de peças importadas, que chega a 50% em alguns modelos.
Para Chattanooga, a Audi terá de optar pelos produtos que sejam mais viáveis e fáceis de serem nacionalizados.
Não se sabe ainda em que pé ficará a produção do Audi Q5 no México, importante para abastecer o mercado americano, mas sua transferência para o Tennessee não seria nada estranho.

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