
O Grupo Audi, uma das divisões mais importantes da Volkswagen AG, revisou para baixo suas metas financeiras para 2025, pressionado por uma combinação de fatores econômicos e geopolíticos.
A companhia agora projeta uma margem operacional entre 4% e 6% para o ano, abaixo da estimativa anterior que chegava a 7%.
A queda de desempenho reflete, segundo a empresa, a “concorrência intensa” no setor de luxo, tarifas mais pesadas nos Estados Unidos e dificuldades logísticas — com destaque para a nova crise no fornecimento de semicondutores.
O diretor financeiro do grupo, Jürgen Rittersberger, foi direto: a Audi deve perder cerca de €1,3 bilhão (US$ 1,5 bilhão) apenas em 2025 por conta das tarifas impostas pelo governo norte-americano.
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Além disso, o executivo revelou que planos de veículos elétricos em parceria com a Porsche foram atrasados, o que forçou a Audi a reavaliar seu portfólio futuro e buscar alternativas para manter competitividade no segmento premium.
A instabilidade na cadeia de suprimentos também segue no radar da marca, especialmente após os problemas envolvendo a fornecedora holandesa Nexperia, alvo de tensões comerciais entre Europa e China.
Durante o terceiro trimestre, a Audi registrou margem operacional de apenas 2%, com lucro de €280 milhões, número tímido diante do histórico da marca, que já foi um dos pilares de rentabilidade do Grupo Volkswagen.
Em contraste, no mesmo período do ano passado, a Audi havia registrado resultado negativo, impactado pelo fechamento da fábrica em Bruxelas, na Bélgica.

Na tentativa de conter perdas, a Audi analisa instalar uma linha de produção nos Estados Unidos, buscando escapar das tarifas de importação que atingem duramente os modelos vindos da Europa.
Segundo Rittersberger, uma decisão final será anunciada até o fim deste ano.
Além dos EUA, a queda na participação de mercado na China também preocupa a marca, que vê marcas locais e elétricas ganharem espaço com velocidade e tecnologia competitiva.
O grupo busca enxugar operações e cortar custos, enquanto tenta manter fôlego para uma ofensiva de produtos sem precedentes nos próximos anos.
Com a Porsche freando seus planos elétricos e a Audi ainda sem solução para os projetos adiados, o cenário se complica ainda mais.
Agora, a Audi precisa enfrentar o desafio de recuperar margem, consolidar sua presença global e reestruturar sua estratégia de eletrificação, tudo isso com a concorrência batendo à porta e o tempo cada vez mais curto.
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