Avaliação BYD Dolphin Mini: Novo ano/modelo tem poucas mudanças e o alerta se acende; a concorrência está encostando

Ele é o queridinho dos carros elétricos, afinal, é o mais vendido e com mais de 52 mil unidades vendidas no país.

Assim, o BYD Dolphin Mini 2026 mostra que o hatch subcompacto está se adaptando ao mercado nacional com mudanças pontuais.

Custando R$ 119.990 na versão GS, a versão ideal do produto (a GL é mais limitada e o preço é só R$ 1.000 a menos), o Dolphin Mini 2026 traz alterações na mecânica e também nos detalhes, especialmente em suas características básicas.

Com 75 cavalos, o Dolphin Mini tem uma proposta bem urbana e uma bateria de 39 kWh apta para a cidade, mas com capacidade para ir além.

Melhorou com as mudanças? Vamos ver como o modelo 2026 pode ajudar ou não quem busca seu primeiro carro elétrico.

Design inteligente

O Dolphin Mini 2026 não tem o design do modelo europeu, mantendo o estilo original com foco na praticidade, com faróis de LED pequenos, capô reduzido e boa área envidraçada, com lanternas escurecidas e horizontais.

Com maçanetas embutidas, o Dolphin Mini 2026 mantém seu visual clean, mas agora com novas rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 175/55 R16.

Ainda sem limpador traseiro, como se tornou comum em hatches chineses, o pequeno da BYD segue seu curso.

Na nova cor azul Glacial, o Dolphin Mini 2026 busca ficar mais atraente para o consumidor da faixa de entrada. Já no interior, o pequenino chinês segue o padrão com tons de azul e preto no acabamento.

Com ótimo espaço interno para seu porte, lembrando que ele mede somente 3,78 m de comprimento e 1,71 m de largura, o Dolphin Mini 2026 traz agora somente a opção de banco traseiro com três lugares.

Era uma reivindicação do mercado e, por algum tempo, a BYD manteve ambas as opções de capacidade com 4 ou 5 assentos.

Para quem atua com carro de aplicativo, a medida ajudou muito, mas não apenas os motoristas profissionais.

Tendo cinco lugares, o Dolphin Mini 2026 agora atende a famílias que precisam de um carro pequeno por ter pouco espaço na garagem e possuem um ou dois filhos, com um lugar extra eventual.

Assim, ele se torna mais versátil, mas para por aí.

Com 230 litros no porta-malas, o banco inteiriço não ajuda em nada para ampliar o espaço com três pessoas a bordo. Ainda é um erro que a BYD precisa corrigir, afinal, existem concorrentes…

No mais, o cluster digital compacto tem um visual atualizado com elementos mais simples, focando na autonomia e na carga da bateria.

Já a multimídia Di-Link mantém a tela giratória de sempre, com as funcionalidades que os clientes gostam, como projeção de Android Auto e câmera 360 graus em 3D.

Com visual agradável, o ambiente conta ainda com slot para carregamento indutivo e espaços versáteis para objetos, bem como comandos num grupo cilíndrico, com direito a Auto Hold e modos de condução, no caso, dois.

O volante de design esportivo conta com piloto automático e o acionamento da tela, bem como das câmeras. Com ajuste de profundidade, agora a posição de dirigir do Dolphin Mini ficou melhor.

Mudanças pontuais

O BYD Dolphin Mini 2026 preserva o motor elétrico de 75 cavalos e 13,8 kgfm, suficiente para seu desempenho urbano, foco do produto, com transmissão de velocidade única.

Com bateria de 39 kWh, ele garante 380 km de autonomia no painel ou 280 km no padrão Inmetro.

Ágil, o Dolphin Mini 2026 manda bem na cidade, com saídas espertas mesmo no modo Eco, permitindo assim usar o bom torque para subir aclives bem acentuados ou para desenrolar-se no trânsito rápido de algumas vias.

Mesmo com potência de motor 1.0, o Dolphin Mini anda como se fosse um carro com motor 1.5 ou 1.6, com toda força imediata, como um carro elétrico sempre tem à disposição.

Para o ambiente para o qual foi projetado, ele se torna um carro gostoso de dirigir.

No modo Normal, ele é ainda mais esperto e nem necessita de algo além, considerando sua proposta, garantindo assim o desempenho que se espera de um carro feito para cidade, mas com boa folga.

Já na estrada, o Dolphin Mini sofre em velocidades altas, dado que seus números de potência e torque realmente não ajudam a mover com a mesma destreza da cidade, os 1.239 kg de peso do carrinho.

Indo de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos e com final de 130 km/h, parece um 1.0 aspirado na mesma condição.

No consumo, o pequeno da BYD fez 10,5 km/kWh na cidade, enquanto na estrada, ele fez 9,0 km/kWh a 80 km/h, 8,2 kWh a 100 km/h e 7,3 kWh a 120 km/h, um pouco melhor que na avaliação anterior.

O Dolphin Mini mantém a boa direção elétrica responsiva e os freios mais que suficientes para sua missão, mas a suspensão trouxe algo bom na mudança. Nesse caso, a suspensão traseira ficou mais firme.

Mais “no chão”, o Dolphin Mini 2026 ficou mais gostoso de dirigir, especialmente em vias com piso ondulado e remendos de asfalto, assim como em bloquetes e paralelepípedos.

Com uma plataforma bastante rígida, o Dolphin Mini 2026 filtra e se comporta melhor e assim garante mais conforto a bordo, ainda que parte das vibrações chegue aos ocupantes.

Tendo boa altura livre do solo, não raspa nas lombadas e não tem problemas com as valetas de escoamento de águas pluviais existentes em algumas cidades.

Embora ainda falte um controle de cruzeiro adaptativo no pacote ADAS, o Dolphin Mini 2026 atua bem ao rodar com uma boa dose de segurança e agilidade.

Preço questionado

O Dolphin Mini 2026 parecia inquestionável quanto à proposta relacionada ao preço, que a BYD manteve em R$ 119.990, sendo essa versão GS a ideal para quem busca um carro elétrico de entrada.

Obviamente existem os concorrentes que estão questionando o pequeno da BYD, como o JAC E-JS1, mas este custa agora R$ 119.900 para rivalizar com o BYD, porém, tem muito menos recursos que este chinês, inclusive garantia, embora tenha mostrado robustez.

Há também o Renault Kwid E-Tech Electric, que recebeu atualização visual e de configuração, custando R$ 99.990.

Tem bem menos espaço interno e conforto, embora o porta-malas seja um pouco maior. Não vale muito a pena se o que se busca são estes dois itens, além de conectividade.

Por fim, o Geely EX2 na versão Pro sai por R$ 119.990, sendo que seu único pecado é ter rodas de aço com calotas, porém, tem mais espaço interno, dois porta-malas, bem mais potência e tração traseira.

Diante deles, o Dolphin Mini 2026 se apoia na força da marca e na versatilidade da proposta, mas é bom já ir se preparando para oferecer mais diante da concorrência.

Vale a pena?

Ele, de certa forma, já se tornou um carro popular no Brasil e, com produção (montagem) nacional, fica mais confiável que os demais.

Assim, é uma boa opção para se apostar na casa dos R$ 120 mil.

BYD Dolphin Mini 2026 – Galeria de fotos